Uma das principais maneiras de evoluir em seu negócio ou desenvolver melhores produtos é olhar para a concorrência. Mais do que uma comparação, essa estratégia tem nome e é bem documentada no ramo da Administração: benchmarking.
O benchmarking parte da ideia de que não se deve criar algo totalmente do zero ou partir de ideias que não existem. “Reinventar a roda” custa muito tempo e muita energia.
Por outro lado, escolher o caminho de analisar o mercado e suas necessidades é a melhor maneira de entender como melhorar produtos, otimizar processos e utilizar novas tecnologias.
Na etapa de Concepção de Produtos Digitais, esse tipo de estratégia é extremamente valiosa e poderosa. Quer saber como? Continue com a leitura!
Existem duas grandes categorias de benchmarking, o interno e o externo. O interno consiste em olhar o que as outras áreas da empresa estão fazendo e tentar comparar. Já em relação ao benchmarking externo temos três tipos: competitivo, funcional e genérico.
Vamos nos aprofundar em cada um deles abaixo.
O benchmarking competitivo se baseia em comparar produtos, serviços, posicionamento e estratégias de negócio com concorrentes diretos (mesmo segmento).
Ou seja, ir ao mercado e olhar o que outros estão fazendo para tentar fazer melhor, superar a concorrência e trazer mais usuários. Claro, essa competição deve ser saudável e estratégica.
Se o produto digital da concorrência foi feito com uma determinada tecnologia de programação ou um framework específico, por exemplo, vale entender se é vantajoso aplicar no seu produto. Ou, se a proposta foi diferente e deu certo, é uma boa ideia avaliar quais aprendizados pode aplicar para o seu caso.
O funcional refere-se a uma comparação com players de outros segmentos.
Exemplo: empresas tech que se aprofundam em cases de empresas de outros mercados, apenas para entender como executam os processos que são comuns a ambos e como resultados são alcançados (levando em consideração as diferenças de segmento, claro).
Na prática, podemos aplicar essas análises em etapas como a validação dos produtos, as fases de testes ou a própria Concepção.
No genérico, não importa se a empresa analisada é concorrente direta ou não. O importante é buscar insights para alimentar uma estratégia e tentar partir de algo que está sendo feito.
Pode envolver, por exemplo, uma pesquisa para entender como as empresas estão desenvolvendo apps ultimamente. Independentemente de quem seja. Os estudos podem ser levados para uma reunião de brainstorming com o time para discutir tecnologias que valem a pena experimentar.
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Vejamos, então, as principais recomendações para fazer benchmarking, em uma sequência de três passos!
Comece sempre olhando para os dados. Primeiramente, identifique as métricas internas que são mais relevantes para o seu produto (ex.: KPIs de engajamento, taxa de churn, tempo de resposta do sistema).
Utilize ferramentas como Google Analytics para capturar e analisar esses dados. Elas devem oferecer uma visão padrão e tendências para observar e acompanhar, que irão determinar o que pode ser testado e o que deve ser feito primeiro.
Complementarmente, colete dados externos de concorrentes e do mercado. Aqui, plataformas como SimilarWeb e SEMrush podem ajudar a entender mais detalhes sobre o posicionamento de mercado e marketing de produto.
Trabalhar com estatísticas e gráficos pode ser uma boa ideia nesse sentido. Por exemplo, caso você queira verificar quantas empresas estão aplicando determinada linguagem de programação em seus projetos.
Para isso, você pode usar relatórios de plataformas como Stack Overflow Insights ou GitHub Trends.
Posteriormente, entender como os processos se desenrolam, como os produtos digitais são desenvolvidos, quais metodologias e ferramentas são aplicadas pela concorrência pode trazer ideias que vão te ajudar em seu próprio processo.
Nesse sentido, vale também fazer a comparação de funcionalidades dos produtos. Essa análise pode ser útil em qualquer etapa do ciclo de vida do produto digital e em qualquer fase do desenvolvimento também.
A aplicação de insights pode se dar antes mesmo do start do projeto — ou seja, na etapa de Concepção do Produto, que falaremos mais adiante — ou até como uma forma de solucionar problemas e questões crônicas que estão travando o processo.
No fim das contas, esse é um dos lembretes mais importantes: o benchmarking só é útil se ele servir para ajudar na criação de novas soluções ou resolver problemas. Então, nada de deixar a análise engavetada, hein?
A Concepção e o benchmarking caminham lado a lado para alavancar seu produto. Neste tópico, você vai entender tudo sobre como esses conceitos se conectam!
Na Concepção, o benchmarking é uma tática para analisar a concorrência e buscar traçar diferenciais do seu produto com relação ao que está em vigor no mercado. Assim, dá para ter uma visão melhor do objetivo que o time deve ter em mente nas etapas seguintes.
É o momento de tentar encontrar uma forma de resolver o problema do usuário que ninguém ainda explorou.
Nesse sentido, a user research (pesquisa com o usuário) também pode fazer parte do benchmarking antes da criação do produto, já que possibilita saber diretamente de quem irá usar o produto, revelando questões cruciais sobre usabilidade e experiência.
Os aprendizados coletados aqui podem otimizar muito os esforços empenhados durante o processo de desenvolvimento!
Assim, é possível caminhar para um processo centrado no usuário desde o primeiro momento e que realmente traga um bom índice de satisfação.
Como dissemos antes, a noção sobre o que é inovação depende da clareza sobre o que já está no mercado. Por isso, a vantagem competitiva e a inovação só são conquistadas caso você faça boas análises prévias.
E elas dependem, portanto, da aplicação das melhores práticas de benchmarking que estamos apresentando ao longo de todo o texto!
Se as metodologias ágeis reforçam o uso de ciclos de desenvolvimento para, aos poucos, incrementar um produto, o benchmarking ajuda a acelerar esses ciclos, a fim de melhorar as entregas cada vez mais rápido e com mais qualidade.
É possível alinhar rapidamente o produto a expectativas de usuários e à expectativa de inovação, a partir do conhecimento consolidado sobre como inovar e como se diferenciar.
Os dois conceitos, trabalhados juntos, podem impulsionar a performance do seu time e os resultados do seu produto digital de muitas formas:
Quando pensamos em aprimorar a experiência do usuário (UX), o benchmarking também é uma ferramenta valiosa. Ao analisar práticas de concorrentes que se destacam em UX, as empresas conseguem identificar, adaptar e implementar soluções que já funcionam em seus próprios produtos.
Isso inclui avaliar aspectos como:
Além de incorporar boas práticas e tendências, o benchmarking também ajuda a encontrar pontos de melhoria ao comparar produtos semelhantes.
Essa abordagem dá uma visão clara de como otimizar o produto. O foco é sempre elevar a satisfação do usuário ao oferecer uma experiência mais agradável e intuitiva.
Como vimos, o benchmarking oferece diversos benefícios para produtos digitais e inovação. Ele facilita a identificação de boas práticas e tendências de mercado, de modo a aprimorar a experiência do usuário e a desenvolver soluções mais competitivas.
Aplicá-lo no contexto da Concepção de Produtos Digitais é ainda mais estratégico, porque, sem essa análise, há riscos de investir em funcionalidades que não se alinham às expectativas dos usuários ou que já estão obsoletas frente à concorrência.
O benchmarking traz um direcionamento prático. Assim, ele ajuda a mapear oportunidades reais e a ajustar estratégias com precisão desde o início.
Quer transformar ideias em produtos digitais de impacto? Na SoftDesign, aplicamos metodologias de benchmarking na concepção de produtos para garantir que cada solução entregue esteja à frente do mercado. Vamos inovar juntos?
Veja, a seguir, as respostas para as principais perguntas sobre benchmarking.
O benchmarking ajuda a identificar tendências, melhores práticas e oportunidades de melhoria, garantindo que produtos digitais estejam alinhados com o mercado e sejam competitivos.
Os tipos mais comuns incluem benchmarking competitivo, funcional e genérico, cada um com seu foco específico, desde comparação com concorrentes até análise de processos de diferentes setores.
O processo começa com a coleta de dados internos e externos, seguido pela análise da concorrência e aplicação prática dos insights para otimizar produtos e processos.
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