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Testes de software: tipos, definição e responsabilidades

Por 24/03/2020 27/08/2024 11 minutos

A importância dos testes de software não deve ser subestimada no desenvolvimento de produtos digitais. Afinal, os variados tipos de verificação ajudam a garantir que os aplicativos, plataformas e softwares funcionem conforme esperado antes de serem lançados.

Isso, consequentemente, minimiza falhas, melhora a qualidade e proporciona uma experiência ao usuário mais fluida e envolvente.

Dessa maneira, realizar testes de software é algo essencial para detectar e corrigir erros antecipadamente, economizando tempo e recursos a longo prazo. Vamos ver, então, como eles podem ser aplicados à rotina da sua empresa? Boa leitura!

Quais são os testes de software?


Os principais testes de software são o funcional, de regressão, de unidade, de carga, de usabilidade, de segurança, de desempenho e de aceitação. 

São categorizados para atingir objetivos específicos e, assim, visam assegurar a qualidade e funcionalidade dos sistemas em desenvolvimento. 

Abaixo, você vai conhecer melhor os principais tipos de testes de software:

  • Teste funcional: verifica se o produto digital atende aos requisitos a partir da validação de suas funcionalidades individualmente;
  • Teste de regressão: garante que alterações ou adições ao código não introduzam defeitos em partes já testadas do software;
  • Teste de unidade: foca em avaliar componentes ou unidades do código de forma isolada, assegurando que funcionem corretamente de maneira independente;
  • Teste de integração: avalia a interação entre diferentes módulos ou unidades do software, verificando se eles funcionam juntos e se integram sem problemas;
  • Teste de carga: verifica como o sistema se comporta quando vários usuários o acessam simultaneamente ou durante picos de uso;
  • Teste de usabilidade: avalia a facilidade de uso do software do ponto de vista do usuário final para que a experiência real seja agradável;
  • Teste de segurança: verifica se o software é protegido contra vulnerabilidades e ameaças de segurança;
  • Teste de desempenho: avalia a resposta e estabilidade do software sob diferentes condições de carga e estresse;
  • Teste de aceitação: validado por clientes ou stakeholders, verifica se o software atende aos critérios de aceitação estabelecidos e se está pronto para ser entregue.

Dessa maneira, os diferentes tipos de testes de software são essenciais para garantir a qualidade, segurança e desempenho dos produtos digitais, proporcionando uma base sólida para a entrega de soluções confiáveis e eficientes.

Leia também: Como a experimentação para produtos digitais reduz riscos

Quais são as 5 fases de teste de software?


As fases do processo de teste podem variar conforme a complexidade e o tipo de desenvolvimento de software. Contudo, no geral, elas se concentram em um fluxo de 5 etapas, conforme vamos abordar abaixo:

  1. Planejamento de testes, que envolve a definição dos objetivos dos testes, a estratégia a ser utilizada, os recursos necessários e o cronograma;
  2. Design de testes, que consiste na criação de casos de teste, cenários e scripts baseados nos requisitos definidos. Assim, é possível cobrir todas as funcionalidades do software de maneira sistemática;
  3. Configuração do ambiente de testes com o hardware, software e dados necessários. Isso tudo, para garantir que o ambiente de testes seja uma réplica precisa do ambiente de produção e obter resultados válidos;
  4. Execução dos testes conforme os casos planejados. Aqui, os testers documentam defeitos ou problemas para serem corrigidos;
  5. Avaliação e relatório de testes a partir da análise dos resultados. Relatórios detalhados são gerados para documentar, destacar bugs encontrados e sugerir melhorias.

Além disso, todos podem (e devem) participar dos testes de software. O que exalta as qualidades de um modelo ágil, por exemplo, expandindo as responsabilidades para membros que não sejam exclusivamente da área de Quality Assurance (QA)

Isso ajuda a evitar desperdícios de energia e a reduzir o tempo de desenvolvimento. 

A diferença está apenas no momento em que cada um realiza os testes. Mas é importante considerar essa abordagem porque ela melhora a qualidade do software — afinal, sua estratégia de produto é avaliada por diferentes perspectivas dentro dessa solução em desenvolvimento.

Quais são os tipos de testes que existem?


Para organizar e entender os tipos de testes no contexto ágil, podemos planejar o processo por meio de quadrantes cuja matriz é dividida em dois eixos: um horizontal que diferencia testes voltados para o negócio e testes voltados para a tecnologia; e um vertical que separa testes que apoiam a equipe de testes que criticam o produto.

A seguir, apresentamos uma visão geral dos quatro quadrantes.

Divisão dos diversos tipos de testes na metodologia ágil em quadrantes

Q1


O quadrante inclui testes que apoiam a equipe de desenvolvimento e são focados na tecnologia, frequentemente automatizados. Os principais testes aqui são:

  • Testes de unidade: avaliam pequenas partes isoladas do código para garantir que cada unidade funcione corretamente;
  • Testes de componentes: verificam a integração e o funcionamento de componentes individuais dentro do sistema.

Q2


Aqui, os testes apoiam a equipe e estão voltados para o negócio, podendo ser tanto automatizados quanto manuais. Os principais tipos incluem:

  • Testes funcionais: validam se as funcionalidades do sistema atendem às expectativas e requisitos do negócio;
  • Exemplos e testes de histórias: avaliam se as histórias e requisitos definidos estão sendo cumpridos.
  • Protótipos e simulações: usados para verificar a funcionalidade e a usabilidade de novas ideias ou recursos antes de sua implementação final.

Q3


O quadrante se concentra na crítica do produto com foco no negócio e geralmente envolve testes manuais. Inclui:

  • Testes exploratórios, que permitem a investigação informal e dinâmica do sistema para descobrir problemas inesperados;
  • Cenários e testes de usabilidade para avaliar a experiência do usuário e a usabilidade do produto;
  • Testes de Aceitação do Usuário (UAT), que validam se o produto atende às expectativas e necessidades dos usuários finais;
  • Testes Alpha/Beta, que são realizados com usuários selecionados para identificar problemas antes do lançamento geral.

Saiba mais: UX e UI: transforme a experiência do usuário em vantagem competitiva

Q4


O quadrante final foca na crítica do produto com ênfase na tecnologia, geralmente utilizando ferramentas específicas. Os principais são:

  • Testes de desempenho e carga: avaliam a capacidade do sistema de lidar com condições de alta carga e desempenho;
  • Testes de segurança: garantem que o sistema seja seguro contra vulnerabilidades e ameaças;
  • Testes “ility”: verificam aspectos técnicos como qualidade, escalabilidade e outros critérios importantes.

A estratégia por trás da escolha do tipo de teste de software


No modelo ágil, a escolha dos tipos de testes de software deve ser estrategicamente planejada para agregar valor ao projeto de forma eficiente.

A abordagem mais eficaz é a pirâmide de testes, que prioriza os diferentes níveis de teste com base no valor que eles proporcionam e nos recursos necessários. Isso porque, o modelo sugere que a maior parte dos esforços deve ser direcionada para testes de unidade.

Não é à toa: afinal, esses testes são rápidos e econômicos de automatizar, proporcionando uma ampla cobertura com baixo custo e alta eficiência.

Pirâmide que orienta a escolha dos tipos de testes de software

Em seguida, os testes de integração podem garantir que os diferentes componentes do sistema funcionem bem juntos. Por outro lado, os testes de Interface de Usuário (UI) devem receber um menor esforço, pois são mais custosos e demorados, especialmente quando realizados manualmente. 

Por isso, consideramos que os testes unitários são particularmente valiosos: eles permitem uma rápida detecção de falhas e uma regressão eficiente, o que é crucial para a integração contínua no pipeline de desenvolvimento.

Além disso, como já apontamos, todos os integrantes da equipe, e não apenas o Quality Assurance (QA), têm um papel na realização de testes de software.

É um conjunto de abordagens, então, que combina o planejamento de testes com a colaboração (e expertise) de toda a equipe, o que promove uma abordagem mais eficiente e adaptável para garantir a qualidade do software.

O que são testes em programação?


Testes em programação se concentram em práticas para garantir que o código-fonte de um software funcione conforme esperado e atenda aos requisitos.

Para isso, eles envolvem a verificação e validação do comportamento do software para identificar e corrigir erros, falhas e inconsistências. Com isso, a abordagem busca assegurar que a lógica implementada no código esteja correta e que o sistema se comporte de maneira adequada em diferentes cenários. 

Existem vários tipos de testes que podem ser realizados durante o desenvolvimento de software, vamos lembrar de alguns exemplos já citados anteriormente:

  • Testes unitários;
  • Testes de integração;
  • Testes de sistema;
  • Testes de aceitação;
  • Testes de regressão.

Com uma ação integrada, os testes em programação contribuem com a qualidade do software, permitindo que os desenvolvedores identifiquem e corrijam problemas antes que o produto digital seja lançado para os usuários finais.

O que faz um tester de software?


A principal responsabilidade de um tester de software é identificar falhas e problemas no software antes que ele seja lançado. Para isso, o especialista verifica a funcionalidade, a integração e a usabilidade do sistema, bem como a documentação e comunicação de quaisquer problemas encontrados.

E embora o Analista de Qualidade (QA) seja responsável por planejar o que será testado e definir os critérios de aceitação, essa função não deve ser atribuída apenas a ele. 

Para manter a eficiência do projeto e evitar atrasos, o QA pode colaborar com o Product Owner (PO) na definição dos comportamentos da aplicação e dos critérios mínimos necessários para seu funcionamento, por exemplo.

Essa colaboração permite que os desenvolvedores realizem seus próprios testes durante o ciclo de desenvolvimento, reduzindo o tempo de espera entre os ciclos de desenvolvimento e testes.

Conclusão


Vimos, neste post, como os testes de software fazem parte essencial  do desenvolvimento de produtos digitais, garantindo que os aplicativos funcionem conforme esperado e ofereçam uma experiência positiva ao usuário. 

Afinal, a realização desses testes minimiza falhas, melhora a qualidade e economiza tempo e recursos a longo prazo. Por isso, conhecer os diferentes tipos de testes, como testes funcionais, de regressão, unitários, de integração e de segurança, é crucial para assegurar que o software atenda aos requisitos programados.

Com essas práticas, sua empresa pode implementar uma rotina de testes eficaz que contribui para o sucesso dos produtos digitais. E se quiser aprofundar os seus conhecimentos nas melhores práticas em desenvolvimento de softwares, aproveite para conferir as principais estratégias de testes de APIs!

Perguntas frequentes


Para ajudar você a entender melhor os testes de software, respondemos abaixo às perguntas mais frequentes sobre o assunto.

Quais são os testes de software?

Os testes de software verificam se o código e o comportamento do software estão corretos e atendem aos requisitos. Eles incluem testes unitários, de integração, de sistema, de aceitação e de regressão.

Quais são as 5 fases de teste de software?

As cinco fases de um teste de software são: planejamento de testes, design de testes, configuração do ambiente de testes, execução dos testes e avaliação e relatório dos testes.

Quais são os tipos de testes que existem?

Os principais tipos são: testes funcionais, de regressão, de unidade, de integração, de performance, de usabilidade, de segurança e de aceitação.

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Foto do autor

Cecilia Ribeiro

Product Manager, formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Com sólida experiência na Gestão de Marketing de Produto e Estratégia.

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