- Inovação
O ano de 2026 será um ponto de inflexão na história da tecnologia corporativa. Segundo relatórios de Gartner, McKinsey, ISG e Avanade, estamos falando de evolução com um toque de ruptura por meio das principais tendências de tecnologia.
A inteligência artificial, por exemplo, já integra o núcleo de várias operações empresariais. Agentes autônomos passam a apoiar equipes humanas e a infraestrutura digital vem sendo reconstruída para suportar volumes inéditos de processamento e dados.
Esses são exemplos de estágios que a transformação digital alcançou em alguns modelos de negócio.
E você vai conhecer as principais tendências tecnológicas para 2026 a partir das análises mais respeitadas do mercado global, como:
O que mostraremos ao longo do conteúdo não é uma lista de previsões, mas uma leitura estratégica para quem toma decisões críticas em tecnologia. E você encontrará, aqui, dados, visões e direcionamentos para entender o que vai mudar e o que precisa ser feito agora.
As tendências de tecnologia são transformações que vão impactar, cada vez mais, a forma como empresas operam, desenham produtos, protegem dados e geram valor a partir da tecnologia.
Relatórios internacionais convergem no ponto central de que, até o fim desta década, a maioria das organizações terá migrado para estruturas operacionais fortemente orientadas por inteligência artificial.
Caso do relatório da Avanade, que aponta que mais de 90% das lideranças acreditam que precisam adotar um modelo AI-first em até 12 meses para manterem-se relevantes.
Nesse cenário, cabe a reflexão: antecipar agora ou correr atrás depois?
Decisões relacionadas a cloud híbrida, edge computing, governança de dados, cibersegurança e arquitetura de IA não podem mais ser tratadas como iniciativas futuras porque cada escolha feita em 2025 impactará sua capacidade de competir desde já.
Empresas como Gartner, McKinsey, ISG e Avanade utilizam metodologias consistentes para identificar e validar as principais tech trends, indo muito além de análises superficiais ou apostas especulativas.
De forma geral, são previsões construídas com base em quatro pilares principais:
Esses critérios permitem separar o que é apenas “hype tecnológico” daquilo que representa uma tendência de inovação tecnológica com efeito prático nos negócios.
Antes de analisar cada tendência, entenda o contexto: não estamos diante de uma lista de inovações isoladas, mas de um novo modus operandi corporativo fortemente baseado em IA. E as 12 tendências abaixo representam esse movimento coordenado entre software, hardware, dados, segurança, governança e modelos comerciais.
Confira, a seguir, quais são as principais tendências de tecnologia para 2026 em um infográfico para que compartilhe nas suas redes, e logo em seguida uma explicação detalhada de cada uma delas!
Agentic AI é uma evolução dos sistemas reativos para sistemas proativos e autônomos. Diferentemente dos atuais assistentes, agentes de IA são capazes de planejar, decidir, executar e se adaptar em fluxos multietapa, operando dentro de sistemas corporativos como verdadeiros copilotos digitais que podem:
Análises do ISG apontam que o papel dos profissionais de tecnologia já começou a mudar: especialistas estão migrando da execução manual para a supervisão, orquestração e validação do trabalho dos agentes de IA, com foco em qualidade, segurança e conformidade.
Enquanto isso, a McKinsey reforça que essa transformação vai além da automação:
“AI agents won’t just automate tasks, they will reshape how work gets done. Organizations that learn to build teams that bring people and agent coworkers together will unlock new levels of speed, scale, and innovation”.
— Lareina Yee, Senior Partner, McKinsey Global Institute
Dados do Gartner indicam que, até 2030, todo trabalho feito na TI envolverá inteligência artificial.
Para líderes, vale pensar que o desafio não é apenas tecnológico, mas organizacional: preparar estruturas, processos e cultura para trabalhar com equipes híbridas de humanos e agentes digitais.
O AI-Native Development redefine completamente o ciclo de desenvolvimento de software. Não se trata apenas de usar IA como ferramenta auxiliar, mas de construir sistemas onde a inteligência artificial assume um papel central. Nesse modelo:
A consequência disso é a ascensão dos Tiny Teams, que são grupos pequenos e especializados, apoiados fortemente em IA, capazes de entregar sistemas complexos com velocidade e eficiência inéditas.
Nesse ponto, o Gartner projeta que, até o fim da década, 40% dos portfólios corporativos de aplicações incluirão agentes de IA especializados.
Para os negócios, isso se traduz em:
Os Domain-Specific Language Models (DSLMs) se portam diferente dos grandes modelos generalistas (LLMs) porque são treinados com dados, processos e vocabulários de setores ou funções específicas, como saúde, jurídico, financeiro, atendimento ao cliente e indústria. Esses modelos oferecem:
O Gartner, por exemplo, estima que, até 2027, as empresas usarão três vezes mais modelos de IA pequenos e específicos para tarefas do que LLMs genéricos.
Com base em pesquisas da Avanade, vê-se que as plataformas de dados se tornaram a prioridade de investimento de empresas que desejam escalar IA. Isso não acontece por acaso: modelos especializados exigem pipelines altamente estruturados, dados consolidados e engenharia de contexto como pré-requisitos para entregar valor real.
Hoje, menos de 50% dos funcionários confiam plenamente nos resultados de IA. Esse dado reforça a importância de garantir uma infraestrutura de dados confiáveis, precisos e relevantes.
Nos setores regulados, o tema ganha ainda mais protagonismo. Em finanças, por exemplo, vai existir mais assertividade em análises de risco; na saúde, mais confiabilidade clínica; no jurídico, menos erros interpretativos; no varejo, mais personalização e previsibilidade de comportamento.
E para os líderes? A pergunta não é mais se adotar modelos especializados, mas: “onde precisamos de IA para reduzir riscos e aumentar vantagem competitiva?”.
O crescimento acelerado da IA generativa e dos modelos específicos de domínio está pressionando limites históricos da infraestrutura corporativa.
O volume de dados processado, a demanda por baixa latência e o consumo energético mudaram completamente a lógica de dimensionamento de ambiente. Como resultado, vamos ver uma tendência de tecnologia focada na ascensão do conceito de AI Supercomputing, em que as empresas combinam:
Isso tudo deve ampliar a necessidade por ambientes preparados para inferência e treinamento contínuo. Por outro lado, sem infraestrutura, dados estruturados e integração operacional, os algoritmos não conseguem sustentar valor em produção.
O que também expande a lista de mudanças para as empresas, como:
Se a inteligência artificial é o novo modus operandi das empresas, os semicondutores são o seu motor. A escalabilidade dos modelos de IA exige uma ruptura completa na arquitetura tradicional de hardware.
CPUs genéricas já não atendem às demandas de performance e eficiência energética necessárias para sustentar treinamento em larga escala e inferência em tempo real.
Isso acelera o surgimento de:
A McKinsey resume esse cenário com clareza:
“The rise of gen AI isn’t just a software revolution; it’s a tectonic shift in hardware demand. As models scale exponentially, breakthroughs in accelerated compute, custom silicon, high-bandwidth interconnects, and power-optimized system design aren’t optional. They are the new foundation of innovation”.
— Diana Tang, Associate Partner, McKinsey
Isso se espalha por toda a cadeia com provedores de nuvem que redesenham data centers, indústrias investindo mais em edge AI, fabricantes adotando mais chips inteligentes embarcados e custos de energia tendo papel mais influente dentro das estratégias de negócios.
Ou seja, não se trata apenas de performance, mas de viabilizar, economicamente, a continuidade da transformação digital baseada em IA.
A expansão da inteligência artificial muda radicalmente o modelo de cloud computing. A partir de 2026, a arquitetura dominante deixa de ser centralizada e passa a ser híbrida e distribuída, combinando cloud pública, ambientes on-premise e edge computing.
Esse movimento é impulsionado por quatro fatores principais:
Governos e grandes corporações passam a exigir controle local sobre dados críticos, inaugurando uma nova lógica de soberania digital. Isso transforma arquitetura de TI em tema estratégico de negócio e não apenas decisão técnica.
Sem arquitetura híbrida e governança de dados, a IA simplesmente não escala de forma segura.
A McKinsey sintetiza esse movimento com clareza:
“Previous investments in cloud are paving the way for AI. The learnings of deploying cloud at scale are lessons to be applied to AI. By having a framework that first supports the developer community, integrating security to ensure it is safe and easy to use, and extending it to users, we will see adoption take off.”.
— Aamer Baig, Senior Partner, McKinsey
Do ponto de vista de negócios, cloud híbrida e soberania de dados impactam a capacidade de expansão internacional, o compliance regulatório, a performance de produtos digitais, a proteção de propriedade intelectual e a confiabilidade dos serviços baseados em IA.
Confidential Computing é a resposta técnica a um novo problema empresarial: como proteger dados enquanto eles estão sendo processados?
Tradicionalmente, dados são criptografados em repouso e em trânsito. No entanto, durante a execução em memória, eles permanecem vulneráveis. E o Confidential Computing resolve esse ponto com:
Com a massificação da IA, colaboram empresas, modelos e dados que não pertencem à mesma organização. Isso aumenta os riscos em ambientes compartilhados e setores como finanças, saúde e jurídico lideram a adoção dessa abordagem porque lidam com dados sensíveis, obrigações regulatórias rigorosas, a necessidade de interoperabilidade segura e riscos reputacionais elevados.
O Gartner aponta que Confidential Computing deixará de ser tecnologia de nicho e passará a ser padrão corporativo para 75% das operações em ambientes que processam informações em infraestruturas inseguras.
Assim, em breve 2026, não será mais suficiente perguntar: onde estão meus dados?
Será obrigatório responder: quem pode acessá-los enquanto estão sendo usados?
Com a IA integrada ao core dos negócios, a superfície de ataque das empresas se expande rapidamente. Surgem vetores inéditos de ameaça, como:
Ferramentas tradicionais de segurança não foram projetadas para lidar com essas ameaças. Por isso, emergem as AI Security Platforms (AISP), soluções desenvolvidas nativamente para proteger ambientes de IA.
Essas plataformas integram:
O relatório da Avanade mostra um ponto crítico: apesar de 95% dos colaboradores acreditarem no potencial da IA, menos da metade das organizações implementou políticas completas de IA responsável.
No Brasil, 8 em cada 10 empresas não possuem políticas de governança para IA. Esse descompasso entre adoção e proteção cria um risco estrutural que precisa ser rapidamente mitigado.
À medida que sistemas digitais se tornam mais complexos, cresce a necessidade de rastreabilidade total de seus componentes. Surge, então, o conceito de Digital Provenance, que concentra a capacidade de rastrear a origem, evolução e dependências de tudo o que compõe um sistema digital. Assim:
Em ambientes de IA, vai ser necessário saber:
O Gartner aponta que organizações que não adotarem rastreabilidade digital enfrentarão barreiras regulatórias e contratuais crescentes.
A Physical AI é a convergência entre robótica, sensores, visão computacional e modelos inteligentes para criar sistemas que percebem o ambiente físico, tomam decisões e agem em tempo real. Isso permite:
A McKinsey projeta que a automação baseada em IA física aumentará a produtividade em setores operacionais até o fim da década. Já o ISG aponta que a integração entre IA e automação é cada vez maior.
Com a IA integrada ao core dos negócios, a governança vira uma demanda operacional e estratégica. A governança adaptativa se diferencia porque adota:
Além disso, empresas devem passar a adotar o conceito de Data by Design. Isso significa que os dados já nascem governáveis, o que inclui:
Contudo, o relatório da Avanade revela um alerta importante: apenas 48% das organizações globais possuem diretrizes responsáveis de IA. Então, vale alertar que, sem governança adaptativa, IA em escala pode se tornar um passivo oculto.
A monetização da IA também passa por disrupção, pois o modelo tradicional de cobrança por usuário, licença ou volume de dados está sendo substituído por um novo conceito: o de Autonomy-Level Pricing (ALP). Nesse formato:
Isso redefine completamente:
Como resultado, empresas que não se adaptarem a essa lógica podem enfrentar contratos mal dimensionados, custos imprevisíveis e baixa previsibilidade financeira.
Veja também:
Além das 12 principais tendências de tecnologia, alguns movimentos estruturais continuarão ganhando força e devem atravessar todos os setores:

Em 2026, a tecnologia ganha ainda mais destaque e deve operar como vetor primário de competitividade.
Roadmaps de produtos passam a ser definidos por capacidade de aprendizado contínuo, personalização em escala e uso estratégico de agentes inteligentes. Por sua vez:
Por fim, a liderança precisa aprender a gerir times em que humanos e agentes autônomos trabalham juntos, compartilhando decisões operacionais e estratégicas.
O ponto de partida é a maturidade real. Não a percebida, nem a prometida por fornecedores. Entender claramente seus gaps em dados, cultura digital e uso de IA é o que separa projetos experimentais de estratégias bem-sucedidas.
Avaliações estruturadas, como o serviço de AI Discovery da SoftDesign, ajudam organizações a enxergar onde estão, onde querem chegar e o que está faltando para atravessar esse caminho com segurança e retorno mensurável.

Na sequência, a prioridade passa a ser reorganizar a base. Governança, segurança e desenvolvimento precisam evoluir juntos.
O ano de 2026 será um ponto de ruptura: as organizações que entrarem nesse ciclo sem disposição para experimentar, aprender e ajustar enfrentarão um delta competitivo difícil de recuperar.
A inovação que não passa pelo laboratório vira risco em produção. Por isso, a SoftDesign pode ser sua grande parceira estratégica no uso das principais (e melhores) tendências de tecnologia: somos uma empresa que atua há mais de 28 anos apoiando empresas na transição tecnológica com engenharia, visão de negócio e execução real.
Fomos reconhecidos por ISG, Paragon e Grupo Amanhã porque aplicamos IA em ambientes corporativos complexos com governança e resultado. Se sua organização quer destravar o potencial da inteligência artificial com parceiros que entregam, o momento é agora.

Preencha o formulário e converse com especialistas que sabem transformar tecnologia em vantagem competitiva:
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Tire, abaixo, suas dúvidas sobre as tendências de tecnologia para 2026.
IA generativa em escala, agentes autônomos, cloud híbrido, segurança para IA, chips especializados, governança adaptativa e automação inteligente lideram a transformação.
Produtos deixarão de ser estáticos e passarão a aprender com o usuário, personalizar experiências e tomar decisões em tempo real com apoio de agentes inteligentes.
São sistemas de IA capazes de executar tarefas, tomar decisões e aprender continuamente com baixa ou nenhuma intervenção humana.
Criando produtos já pensados para IA desde a arquitetura, dados e segurança, em vez de tentar “acoplar” IA depois.
A defesa passa a ser tão inteligente quanto o ataque. Segurança se torna proativa, comportamental e automatizada.
Investindo em maturidade digital real, experimentação, capacitação de times e parceiros com expertise comprovada em IA aplicada ao negócio.