
- Transformação Digital
Quem vive no dilema de escolhas para a infraestrutura de TI deve, invariavelmente, se questionar onde manter os sistemas, entre as opções on premise vs cloud. E a verdade é que a decisão passa diretamente pela capacidade de inovação, a escalabilidade dos negócios e até mesmo a competitividade da organização em seu nicho.
Ou seja: não é só uma avaliação técnica. Para líderes de TI, a escolha entre on premise e cloud é estratégica e envolve avaliar riscos, custos de longo prazo (CAPEX vs OPEX), requisitos regulatórios, necessidades de latência e, principalmente, a visão de futuro da empresa.
Neste artigo, exploraremos as diferenças fundamentais entre os dois modelos.
No modelo on premise, servidores, sistemas e bancos de dados ficam fisicamente hospedados e gerenciados dentro da própria organização.
Nesse formato, a empresa é responsável pela aquisição de hardware, licenciamento de software, segurança física e lógica, além da manutenção contínua da infraestrutura.
Entre as suas vantagens:
Por outro lado, o modelo on premise costuma ter um alto investimento inicial (CAPEX) porque envolve a aquisição de hardware, licenças e infraestrutura física. Além disso, é necessário manter uma equipe interna para monitorar, atualizar e reparar sistemas.
E com o avanço e inovação contínua da transformação digital, servidores e softwares podem se tornar defasados, exigindo novos investimentos e atualizações periódicas.
O modelo cloud computing é a infraestrutura de TI em que servidores, sistemas e dados ficam hospedados em provedores externos, acessados pela internet.
Nesse formato, a empresa não precisa investir em hardware próprio, pois contrata recursos sob demanda, pagando apenas pelo uso (modelo OPEX), e o provedor de nuvem é responsável pela manutenção, atualizações de segurança, disponibilidade e escalabilidade do ambiente.
Parece interessante? A movimentação global nesse tipo de solução aponta que sim.
Especula-se que, até 2027, 90% das empresas tenham soluções de nuvem ao menos para alguma necessidade. Para 2025, os valores em torno do cloud computing giram em torno de US$ 723,4 bilhões e, a seguir, você conhece alguns motivos para isso:
Por outro lado, a dependência do provedor pode trazer riscos. Sem governança adequada, os custos variáveis podem escalar rapidamente, comprometendo o orçamento de TI.
Vale mencionar, também, a latência em aplicações sensíveis, que podem sofrer com a distância dos data centers, apesar das otimizações possíveis com CDNs e redes distribuídas.
Ainda está complicado decidir entre um ou outro formato?
A decisão entre on premise e cloud computing demanda uma análise multidimensional que envolve critérios como custos, segurança, latência, controle e escalabilidade.
Gestores de TI vão entender que essa comparação se faz necessária, porque cada escolha impacta a performance do negócio, a conformidade regulatória e a capacidade de inovação. Com a tabela abaixo, você verá um resumo com as principais diferenças entre on premise vs cloud:
Critério | On Premise | Cloud Computing |
Custos | Alto CAPEX inicial com compra de hardware, licenças e infraestrutura; manutenção contínua de equipe e sistemas. | Modelo OPEX (pay-as-you-go), sem grandes investimentos iniciais. Possibilidade de reduzir custos ao migrar workloads não críticos. |
Segurança | Controle total sobre dados e infraestrutura, mas com responsabilidade integral por proteção, auditorias e atualizações. | Segurança delegada ao provedor, com criptografia, monitoramento 24/7 e certificações, mas envolve risco de terceiros. |
Latência | Baixa latência em aplicações locais, ideal para workloads críticos e fabris. | Pode sofrer impacto da distância física dos data centers, mas mitigado por CDNs e redes globais. |
Controle de Dados | Soberania e controle absoluto sobre armazenamento e processamento. | Dependência do contrato e da região de hospedagem escolhida junto ao provedor. |
Escalabilidade | Limitada ao hardware adquirido; exige novos investimentos para expansão. | Expansão ou redução de recursos em minutos, com elasticidade sob demanda. |
Apesar do crescimento do cloud computing, alguns cenários podem tornar o modelo on premise mais adequado, como em ambientes altamente regulados ou com requisitos críticos de latência e personalização.
Por exemplo: organizações de setores como governo, saúde e financeiro frequentemente precisam armazenar e processar dados sensíveis em sua própria infraestrutura para atender a normas rigorosas de compliance e auditoria.
Outro cenário comum envolve workloads de missão crítica, como ERPs locais ou sistemas fabris, que não podem sofrer interrupções nem depender de variáveis externas de rede, exigindo a baixa latência proporcionada pelo on premise.
Além disso, empresas que necessitam de altos níveis de customização de software e de hardware se beneficiam desse modelo. A possibilidade de configurar servidores de forma adaptada ao negócio oferece performance e aderência a operações muito específicas, algo mais difícil de replicar na nuvem pública.
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O modelo de cloud computing se encaixa com empresas em rápida evolução digital, que buscam flexibilidade e acesso a tecnologias emergentes, pois elimina barreiras relacionadas a investimentos iniciais e permite inovação contínua em ritmo acelerado.
Com isso, é possível lançar novos serviços e produtos digitais sem depender de ciclos longos de aquisição e instalação de hardware. Além disso, a nuvem facilita o uso de soluções como IA, que são disponibilizadas de forma escalável pelos provedores.
Outro diferencial é o suporte a equipes distribuídas globalmente. Com a infraestrutura em nuvem, colaboradores em diferentes regiões conseguem acessar sistemas e dados de forma segura e ágil, viabilizando modelos de trabalho remoto e operações globais.
Está entre on premise e cloud pública? A decisão não precisa ser excludente, já que muitos negócios optam por modelos intermediários e que podem combinar os benefícios da nuvem com o controle da infraestrutura própria. E isso permite a criação de soluções mais flexíveis e seguras.
É o caso da cloud híbrida, que integra recursos de infraestrutura local (on premise) com serviços de nuvem pública. Com isso, dados e aplicações críticas permanecem sob controle direto da empresa, enquanto workloads menos sensíveis ou que exigem escalabilidade rápida são alocados na nuvem.
Assim, a organização equilibra flexibilidade, performance e compliance.
Por sua vez, a cloud privada (infraestrutura em nuvem dedicada a uma única organização) hospedada em data centers próprios ou por provedores especializados oferece mais segurança e isolamento do que a nuvem pública, mas ainda mantém elasticidade e gestão simplificada de recursos.
É uma alternativa comum para empresas que precisam atender normas regulatórias rígidas, mas não querem lidar com todos os custos e complexidades do on premise.
Isso pode acontecer, por exemplo, no setor bancário, onde muitas instituições mantêm dados críticos e sistemas core em infraestrutura local para estar em conformidade e baixa latência, ao mesmo tempo em que utilizam a nuvem para aplicações digitais voltadas ao cliente, como apps móveis e chatbots.
A migração para a nuvem (cloud migration) é um processo que pode envolver a transição completa de data centers para ambientes cloud ou a migração de workloads específicos, como bancos de dados e sistemas críticos.
Independentemente da estratégia, trata-se de uma mudança complexa, que exige planejamento, supervisão técnica e alinhamento com os objetivos do negócio.
Entre os principais desafios estão:
Para mitigar riscos e garantir que a cloud migration gere valor real, algumas práticas são recomendadas:
Comece por analisar o impacto de cada modelo em três dimensões principais:
Tenha em mente, então, que a sua escolha deve alinhar maturidade digital, setor de atuação e visão de crescimento da empresa. Seu papel, como gestor, é equilibrar risco e oportunidade, garantindo que a infraestrutura de TI seja não apenas um suporte, mas um motor de diferenciação competitiva.
Não existe uma resposta única para a escolha entre on premise e cloud. O que define o modelo ideal é o nível de maturidade digital da organização, o setor de atuação e os objetivos estratégicos do negócio.
Enquanto o on premise ainda é relevante para setores regulados e workloads críticos, a nuvem acelera inovação, flexibilidade e redução de custos.
Na SoftDesign, unimos experiência em Arquitetura e Cloud para apoiar empresas na avaliação e execução da melhor estratégia tecnológica. Com isso, ajudamos organizações a equilibrar governança, custo e inovação, garantindo que a infraestrutura de TI seja um pilar de crescimento sustentável.
Quer descobrir qual modelo é mais vantajoso para sua empresa? Fale com os nossos consultores e conte com um time especialista em Arquitetura e Cloud para desenhar a solução ideal.
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Tire suas dúvidas sobre como avaliar os modelos e tomar a melhor decisão para sua organização.
No on premise, o custo concentra-se em CAPEX (hardware, licenças e manutenção). Já na cloud, o modelo OPEX traz flexibilidade, mas exige análise de consumo em médio prazo para evitar surpresas financeiras.
A nuvem conta com certificações e camadas avançadas de proteção, mas exige governança compartilhada. Em setores críticos, o on premise pode oferecer mais controle direto sobre dados sensíveis.
A nuvem híbrida ou privada é indicada para empresas que precisam manter workloads críticos e sensíveis on premise, mas querem aproveitar a nuvem para IA, automação e escalabilidade de serviços digitais.