
- Inovação
O pensamento estratégico, independentemente do segmento, vai além de planejar: é antecipar cenários, alinhar inovação a objetivos de negócio e tomar decisões que geram impacto sustentável.
Para líderes de TI e inovação, essa habilidade é a chave para transformar desafios complexos, como a aceleração da transformação digital, em oportunidades.
Como acreditamos que a estratégia não é um documento estático, mas um processo contínuo, vamos compartilhar nosso conhecimento acumulado por muitos anos com você. Confira!
A inovação tecnológica não é mais um luxo, mas o ponto de partida da competitividade sustentável. Empresas que adotam uma cultura de inovação incremental conseguem adaptar-se rapidamente a mudanças, reduzir custos operacionais e entregar produtos digitais com maior valor agregado.
E essa não é uma tendência que faz parte de alguns nichos. Mesmo entre as indústrias, há um indicativo forte: 49,1% delas pretende investir mais em pesquisa e desenvolvimento. Esse movimento não surgiu à toa: as empresas que incorporam a cultura de inovação têm 2,5 vezes mais chances de superar as metas financeiras.
Mas como isso funciona na prática?
Com muito estudo, técnica e expertise.
Vamos usar a própria SoftDesign como exemplo: combinamos pensamento estratégico, design e excelência em desenvolvimento de software para criar soluções de forma ágil e incremental:
Como você deve imaginar, o pensamento estratégico e a transformação digital precisam seguir a mesma direção, paralelamente. Afinal, estamos falando não apenas da adoção de novas tecnologias, mas de uma completa reinvenção cultural, operacional e estratégica das organizações.
Vai focar em liderança digital? Então, você tem que ter o pensamento estratégico adequado para trabalhar como um acelerador de resultados para:
Agora, cabe a pergunta: por que 77% das empresas ainda não possuem uma cultura de inovação, essencial para a transformação digital? Em parte, trata-se de resistência cultural, que é aquele medo de que uma tecnologia emergente pode tornar o trabalho humano obsoleto.
Mas também ocorre pela falta de alinhamento estratégico, como uma tecnologia implementada sem conexão com objetivos de negócio, ou mesmo por falta de maturidade digital: enquanto grandes empresas avançam em Inteligência Artificial, muitas ainda lutam com a digitalização básica dos seus processos.
Que tal mudar o panorama? Criar uma cultura de inovação e pensar em estratégia digital pode ser um processo que passa por alguns elementos. Aqui vão algumas ideias:
Um exemplo prático pode trazer ainda mais perspectiva, concorda? Então, dê uma conferida no episódio do podcast Startup Life:
Até 2016, existiam 54 empresas relacionadas à IA no Brasil. Só nos últimos dois anos, houve um aumento de 857% na área e existem mais de 2 mil organizações focadas em inteligência artificial. Sinal claro de que a IA deixou de ser futurismo para se tornar ferramenta indispensável para o pensamento estratégico, não acha?
Afinal de contas, as aplicações desse tipo de ferramenta — junto ao Machine Learning (ML) — se multiplicam. Alguns exemplos:
A segunda edição do Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr), divulgada recentemente, mostra que a preferência pela IA passou de 10% para 20%, na comparação com o estudo de 2023. Há uma forte demanda em movimento, e o seu planejamento estratégico de TI vai passar por soluções desse tipo, sem dúvidas.
É o que fizemos no trabalho com a Liberum Ratings, empresa líder em classificação de riscos financeiros: eles enfrentavam o desafio crítico de manter a precisão analítica enquanto lidavam com volumes massivos de dados em tempo recorde.
A solução combinou Machine Learning e IA generativa de forma estratégica e os resultados falam por si:
Uma estratégia digital sem governança de TI até pode avançar em suas etapas de desenvolvimento, mas há o risco alto de lentidão, falta de controle do orçamento e retrabalhos.
Governança não precisa ser sinônimo de burocracia. É o mecanismo que sustenta a escala, a segurança e a coerência de tudo o que é desenvolvido. Sem ela, mesmo um produto digital promissor pode fracassar por falta de visibilidade sobre prioridades, orçamento ou riscos operacionais.
Modelos de governança adaptativos, como o COBIT (Control Objectives for Information and Related Technologies), oferecem diretrizes para alinhar TI aos objetivos de negócio com foco em valor, risco e desempenho.
Foi criado com base em quatro fundamentos:
Esse framework é uma base que pode ser ajustada tanto para ambientes corporativos complexos quanto para estruturas mais enxutas em aceleração digital.
Na SoftDesign, enxergamos a governança como parte integrada da arquitetura: ela não aparece para o usuário final, mas é o que permite construir produtos digitais com resiliência, performance e segurança desde o início.
Por isso, antes de seguir para o próximo passo da sua jornada estratégica, vale refletir com o time:
Não é por falta de investimento que a maioria das empresas falha ao tentar inovar. O problema costuma estar na ausência de um pipeline de inovação estruturado, que é um sistema contínuo que organiza ideias, testa hipóteses com agilidade e prioriza apenas aquilo que realmente pode gerar valor para o negócio.
O pipeline funciona como um filtro estratégico. Ele ajuda a diferenciar o que é oportunidade concreta do que é apenas tendência passageira, acelerando a jornada entre ideação e impacto real no mercado.
Um pipeline de inovação é uma sequência organizada de etapas que conecta pensamento estratégico à entrega de soluções. Ele deve estar conectado à estratégia digital da organização e ser desenhado com base no estágio de maturidade da empresa.
As fases típicas incluem:
Sem indicadores claros, inovação vira aposta. Para que o pipeline funcione como motor estratégico da organização, ele precisa ser monitorado com KPIs que conectam esforço a resultado. Veja alguns exemplos:
KPI | Meta | Como medir |
---|---|---|
Time-to-Market | -50% | Tempo médio entre ideação e lançamento |
ROI por projeto | ≥ 3x | Receita gerada vs. custo de desenvolvimento após X meses de lançamento |
Esses indicadores ajudam a responder: o que estamos entregando? Com que velocidade? Com qual retorno?
A gestão do pipeline depende de ferramentas que ofereçam clareza, alinhamento e rastreabilidade. Não existe framework universal, mas sim ferramentas que funcionam melhor para diferentes contextos:
Criar produtos digitais inovadores exige que você tome decisões estratégicas em cada fase do ciclo de vida. Isso começa com a definição de objetivos claros e se estende até a forma como os times são estruturados, como as entregas são priorizadas e como o valor gerado é mensurado.
Na SoftDesign, esse processo é conduzido por times multidisciplinares formados por especialistas em design, engenharia e produto, organizados em torno de OKRs específicos e mensuráveis por produto. Isso garante que cada funcionalidade desenvolvida esteja conectada a um impacto estratégico concreto, como aumentar a retenção, reduzir churn ou acelerar time-to-market.
A integração do pensamento estratégico acontece desde o início. Durante o discovery, utilizamos métodos como jobs to be done e pesquisas qualitativas para entender as necessidades reais do usuário e definir hipóteses de valor.
A partir daí, avançamos com desenvolvimento incremental, coleta contínua de dados e decisões baseadas em evidências, não em opiniões.
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Ao longo do ciclo de vida do produto, o alinhamento entre estratégia e operação é mantido por rituais de acompanhamento e avaliação de desempenho. Decisões de pivotagem, evolução de arquitetura e priorização de backlog são orientadas por dados reais de uso e pelos KPIs definidos desde o início da jornada.
Pensamento estratégico não é um talento isolado. É uma competência organizacional que precisa ser cultivada de forma intencional, por meio de rituais, frameworks e indicadores.
E esse desenvolvimento não é trivial: empresas ainda perdem até 30% da produtividade por falta de uma gestão estruturada de projetos.
A seguir, destacamos práticas fundamentais para incorporar o pensamento estratégico à rotina de times e lideranças:
Iniciativas como hackathons internos e sprints estratégicos expõem os times a problemas reais do negócio, acelerando a curva de maturidade.
Treinamentos orientados por líderes que compreendem tanto a linguagem técnica quanto os objetivos da organização garantem alinhamento e aplicabilidade.
Técnicas como war gaming promovem o pensamento antecipativo, ajudando líderes a testar decisões estratégicas em ambientes controlados.
Ferramentas como a Matriz de Eisenhower (impacto vs. esforço tecnológico) facilitam decisões mais racionais sobre onde alocar tempo e recursos.
O foco vai além da UX: envolve entender os pontos de decisão do cliente e onde a empresa pode influenciar sua escolha com mais eficiência.
Use KPIs como:
Índice de Alinhamento Estratégico (% de projetos vinculados a metas do board);
Velocidade de Pivotagem (tempo médio para revisar decisões com base em novos dados);
Taxa de Conversão de Ideias em Protótipos (meta ≥60% em estruturas ágeis), que
permitem avaliar não só o desempenho das iniciativas, mas também a capacidade da empresa de pensar estrategicamente em escala.
A próxima onda da inovação tecnológica já está se formando e ela será liderada por quem dominar a intersecção entre IA generativa, computação quântica e estratégia adaptativa.
Por exemplo: o Gartner prevê que 40% das soluções de IA Generativa serão multimodais (texto, imagem, áudio e vídeo) até o ano de 2027. Isso significa que, cada vez mais, as máquinas fornecerão insights, enquanto os líderes humanos definirão o “porquê” e o “para quem”.
Esse é o cerne do pensamento estratégico do futuro: capacidade de interpretar tecnologias emergentes por meio das lentes do negócio, não da tecnologia pela tecnologia.
Adicionalmente, os líderes que conseguirem transformar suas equipes em ecossistemas estratégicos ganharão grande vantagem competitiva. Isso pode ser alcançado ao:
O momento de agir é agora: a janela para construir essa maturidade estratégica está se fechando rapidamente. E para fazer parte deste momento de transformação disruptiva, preencha o formulário abaixo para entendermos a melhor abordagem estratégica para a sua organização e objetivos:
Faça um diagnóstico aprofundado e conte com a gente para ajudar a implementar as melhorias que vão te levar para um próximo nível.
Tem alguma dúvida sobre o assunto? Confira, a seguir, as respostas para as perguntas mais comuns!
É o alinhamento entre tecnologia e objetivos de negócio, definindo como recursos digitais serão usados para gerar vantagem competitiva.
Podemos dividi-las em visão sistêmica, antecipação de cenários, alocação inteligente de recursos e adaptação contínua.
Documento que traduz metas corporativas em iniciativas tecnológicas, com prazos, investimentos e KPIs mensuráveis.
Evita desperdícios, antecipa riscos e garante que cada projeto tecnológico gere valor tangível para o negócio.