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Desvendando o Design Sprint: entenda o que é e como aplicar

Por 11/10/2024 30/10/2024 7 minutos

Como validar ideias mais rápido? Como testar e chegar a conclusões com maior agilidade antes de começar o desenvolvimento ou a reestruturação de um produto? O Design Sprint é uma abordagem disruptiva, que tenta solucionar essas e outras questões.

Sabemos que essas perguntas podem tirar o sono de muitos gestores em empresas, que precisam de soluções de software cada vez mais rápidas. Com essa metodologia, é possível ultrapassar os principais desafios relacionados à velocidade com que os produtos digitais são lançados. 

O Design Sprint busca gerar respostas claras, de modo a enfrentar uma das maiores dores de negócio: a demora para chegar a um MVP.

Quer saber exatamente como esse processo funciona na prática? Então, siga a leitura!

O que é Design Sprint?


O Design Sprint é uma metodologia do Google que busca conceber, prototipar, testar e validar ideias em apenas cinco dias. É uma estratégia de guerrilha, de tentar chegar a resultados rapidamente, a partir da organização do time com uma sprint mais curta.

Ou seja, é uma adaptação de conceitos das metodologias ágeis, como o de sprint e de ciclos curtos, mas com foco total em acelerar as etapas. 

A metodologia Design Sprint busca a resolução de problemas com fases bem definidas, em cada um dos dias úteis de uma semana. O ideal é que a sprint envolva várias pessoas diferentes, capazes de trazer insights e perspectivas que podem agregar mais ao desenvolvimento.

Geralmente, contam com um Product Manager, Desenvolvedores, Designers, stakeholders etc.

Nesse sentido, pode ser muito útil quando uma startup tem uma ideia e precisa validar ou quando a empresa tem algum projeto maior e deseja criar uma versão enxuta antes de investir mais recursos. 

A pesquisa State of Software Quality de 2023, inclusive, apurou que 40% dos times de QA colocam como prioridade principal o equilíbrio entre velocidade, qualidade e custos. Ou seja, desejam entregar produtos com maior rapidez, só que sem perder qualidade e sem exceder nos gastos. 

Estratégias como o Design Sprint ajudam a lidar com o desafio de balancear cada um desses aspectos do desenvolvimento de software

Design Sprint vs Concepção: diferenças e aplicações


Apesar de similares, existe uma diferença entre Concepção de Produtos Digitais e Design Sprint. 

A Concepção diz respeito a um processo de organização do processo de desenvolvimento, com quatro etapas: Pesquisa, Proposta de Valor, Desenho da Solução e Roadmap. 

Além disso, é também uma forma de mapear bem o que será feito, se é isso o que o usuário deseja e como atingir melhor o público com uma versão MVP

Contudo, a chave para diferenciar os dois conceitos é o tempo. Enquanto uma Concepção é mais detalhada e bem elaborada, com flexibilidade de tempo, a sprint de validação de ideias envolve apenas (e não deve passar de) uma semana, ou 40 horas de trabalho.

Outra diferença é com relação ao contexto em que cada um é utilizado. O Design Sprint é muito útil para startups emergentes, ao passo que a Concepção é útil para qualquer empresa que precisa desenvolver produtos e acelerar a transformação digital.

Etapas do Design Sprint: da ideação ao teste


Veja, em detalhes, como aplicar cada uma das etapas da metodologia Design Sprint com seu time:

Compreender 


O primeiro dia é o de colocar as ideias na mesa, reunindo insights de cada um dos envolvidos na dinâmica. É preciso pensar em como aquele produto afetará a vida do usuário, quais são as tendências do mercado, quais são as funcionalidades que não podem faltar, etc.

É uma fase de discutir mais sobre o problema, encontrando algumas ideias úteis para se aprofundar nos próximos dias. 

Divergir 


O segundo dia é o de traçar rascunhos sobre as ideias e funcionalidades. É o dia de pensar na estrutura do aplicativo, no caso de desenvolvimento de um, com uma visão geral de seu design, usabilidade e interface.

O objetivo principal é reunir diferentes visões e depois discutir para escolher as melhores opções. 

Decidir 


Nesse dia, o time deve chegar a um consenso sobre o que será prototipado, a partir de uma filtragem das ideias que foram trabalhadas anteriormente

Prototipar


O quarto dia é o da prototipagem rápida. É o momento de montar uma versão inicial do produto, em baixa ou alta fidelidade. A criação de protótipos no Design Sprint é uma abordagem de “fazer para aprender”, fundamentada em uma adaptação mais rápida às necessidades do mercado.

Testar


Finalmente, o último dia é o de testar e verificar as potências e falhas do protótipo e das ideias. Essa fase deve envolver também os usuários, a fim de reunir feedback qualificado. 

A ideia é chegar aqui afunilando possibilidades para, depois da sprint, saber exatamente o que fazer e como fazer. 

Como aplicar o Design Sprint na sua empresa


Gestores que adotam essa metodologia colaborativa conseguem validar ideias rapidamente, reduzir o tempo de desenvolvimento e o time to market e tomar decisões estratégicas de forma mais assertiva. 

Siga estas recomendações práticas para maximizar o potencial da metodologia:

  • Reúna as pessoas certas: lembre-se de que precisará de um time multidisciplinar para garantir que todos os pontos de vista essenciais sejam cobertos;
  • Defina metas claras: todos devem saber quais são os objetivos do Design Sprint antes de começar, assim, será possível avaliar o sucesso da iniciativa;
  • Estabeleça prazos rigorosos: o método é extremamente baseado no tempo, então siga à risca o cronograma de cinco dias, dividindo claramente cada fase;
  • Use ferramentas de colaboração: ferramentas como Miro e Figma são excelentes escolhas para garantir que todos conseguem visualizar ideias de forma organizada.

Ao contar com o apoio de uma parceira experiente, como a SoftDesign, você pode implementar práticas de Design Sprint de forma estruturada e orientada, para criar produtos com alto poder de engajamento!

Dica bônus: facilitação no Design Sprint


Além dos membros já citados para compor o time de Produto, é ideal que cada Sprint tenha um facilitador. Eles conduzem os times multidisciplinares ao longo das cinco etapas, cuidando sempre para que o foco seja mantido em cada fase. 

Os facilitadores atuam como guias, promovendo a colaboração e a cocriação, além de assegurar que os objetivos sejam claros e que todos os participantes contribuam de forma produtiva. 

Assim, o grupo consegue realmente avançar rapidamente e com confiança, alinhado com as metas estabelecidas no início do processo.

Conclusão


Em resumo, aplicar o Design Sprint na sua empresa pode transformar a forma como você valida ideias e acelera projetos. 

Ao reunir times multidisciplinares e focar na cocriação, a abordagem permite alcançar resultados rápidos e soluções inovadoras em apenas cinco dias, reduzindo o tempo para o desenvolvimento de MVPs e otimizando processos decisórios. 

Perguntas frequentes


Veja as respostas para as principais dúvidas sobre Design Sprint!

O que é Design Sprint?

O Design Sprint é uma metodologia do Google para validar ideias e desenvolver protótipos em cinco dias.

Qual a diferença entre Design Sprint e Concepção?

Design Sprint é mais rápido, focado em uma semana, enquanto a Concepção é um processo detalhado e flexível.

Por que usar Design Sprint para inovação?

Ele permite validação rápida, reduz tempo para lançamento e facilita decisões estratégicas com mais agilidade.

Por fim, veja também:

Foto do autor

Ângela Rosa

Brand Communications and Strategy na SoftDesign. Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo (PUCRS), com MBA em Marketing Digital e Novas Mídias (ESPM-RS). Fala sobre Branding, Estratégia de Conteúdo e Marketing B2B.

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