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Concepção de produto: principais métodos, etapas e como acelerar o ROI com IA

Por 08/05/2018 24/09/2025 11 minutos

A concepção de produto é uma das bases para a inovação e a criação de vantagem competitiva em grandes empresas. Trata-se da fase estratégica que antecede o desenvolvimento, em que ideias são validadas, hipóteses são testadas e o plano de execução é estruturado.

E, na era da Inteligência Artificial, essa etapa é ainda mais relevante, pois permite alinhar negócios, mercado e tecnologia em um ciclo que pode ser muito mais aprofundado e ágil.

Veja, a seguir, como a concepção de produtos digitais pode reduzir riscos, acelerar o ROI e preparar corporações para competir cada vez mais e melhor.

O que é concepção de produto?

A concepção de produto é o processo estruturado de transformar objetivos de negócio em um plano claro e validado para a criação de produtos digitais.

Nessa fase, empresas:

  • Investigam oportunidades de mercado para entender qual problema o produto se propõe a solucionar;
  • Analisam necessidades de usuários; e
  • Definem a melhor estratégia de posicionamento para alcançar valor de negócio, diferenciação e escalabilidade.

E os resultados são visíveis: de acordo com um estudo da McKinsey, organizações que investem fortemente em inovação e discovery de produto alcançam crescimento superior ao de seus concorrentes

Mas não se trata, simplesmente, de desenhar funcionalidades: a concepção garante que cada decisão seja fundamentada em dados e pesquisa. Isso impacta os ciclos de inovação e encurta o caminho até o product-market fit.

Consequentemente, também reduz grandes desperdícios. Isso tudo, sim, é o que separa organizações que simplesmente desenvolvem software daquelas que constroem soluções digitais capazes de gerar valor real, sustentável e escalável.

Por que a concepção de produto é tão importante?

A Concepção de Produto existe para reduzir incertezas e acelerar decisões antes do primeiro commit. Ela serve, de forma prática, para:

  • Criar novos produtos e serviços;
  • Estruturar projetos de inovação;
  • Repensar modelos de negócio; e
  • Planejar produtos com Inteligência Artificial.

Na prática, conduzimos discovery orientado por dados (pesquisas, benchmarking e análises AI-Augmented), traduzimos hipóteses em proposta de valor, personas e jornadas, priorizamos funcionalidades e integrações, avaliamos tecnologias/arquitetura e materializamos tudo em protótipos e roadmap (MVP e releases).

Sempre conectando objetivo de negócio, experiência do usuário e viabilidade técnica, o resultado é o maior foco no que importa, menor time-to-market e menos desperdício.

“O processo nos ajudou a clarear as ideias, objetivos e necessidades. A condução foi excepcional e iluminou iniciativas que se mostraram necessárias durante a concepção.”
Luana Carvalho — Coordenadora de Transformação Digital da Bureau Veritas

Em síntese, a Concepção cria um direcionamento inicial seguro — do problema ao plano executável — para que inovação, IA e entrega de valor caminhem juntas desde o dia zero, envolvendo todos os times na mesma ideia.

“A ideia do produto está mais estruturada e madura agora. A Concepção entregou um plano de trabalho realista e claro, ajudando áreas distintas a decidirem em conjunto.”
João Rockstroh — Head of Customer Experience

Fundamentos estratégicos da Concepção de Produtos Digitais        

Na concepção, há o ponto de convergência entre visão de negócio, mercado e tecnologia para a formação de uma estratégia consistente. É aqui que se define “o que” será desenvolvido, “por que” e “como” ele poderá gerar valor também.

Para isso, é fundamental ter clareza sobre o product positioning — como o produto se diferencia no mercado — e sobre a proposta de valor, que precisa ser simples, objetiva e atrativa para os usuários certos.

Em estágios iniciais, é natural que surjam diversas dúvidas estratégicas. Do ponto de vista de negócio, gestores se questionam:

  • Será que a ideia é realmente boa?
  • Vai funcionar no mercado?
  • Qual modelo de receita devo adotar?
  • Quais serão os custos e que parceiros serão necessários? 
  • Como será o software?
  • Qual será a jornada do usuário?
  • Como devem ser as telas?
  • Quais tecnologias utilizar e quais integrações serão indispensáveis?
  • Quem são os concorrentes e que funcionalidades eles oferecem?

Com a concepção de produto, você vai responder a todas essas perguntas de forma estruturada e estratégica. Ao alinhar visão de negócio, análise de mercado e definição tecnológica, é possível reduzir incertezas e criar uma base para a inovação, permitindo que o produto avance com foco, clareza e potencial de retorno.

As 4 etapas da concepção de produtos digitais

Estamos diante de um processo estruturado que transforma ideias em estratégias claras, testáveis e prontas para serem validadas, e que pode ser dividido em quatro etapas principais:

  1. Pesquisa;
  2. Posicionamento;
  3. Prototipação;
  4. Roadmapping.
Fluxo da Concepção de Produto e suas etapas

Ao percorrer essas etapas, grandes empresas conseguem alinhar visão de negócio, tecnologia e experiência do usuário para a criação de produtos digitais que resolvem problemas e são capazes de gerar tendências e novas demandas.

1. Pesquisa

Nesta etapa, planejamos e conduzimos pesquisas de mercado e de consumidor/usuário para embasar decisões desde o começo. Combinamos pesquisa quantitativa, benchmarking e AI-Augmented Research (IA aplicada para detectar padrões e oportunidades com rapidez).

O objetivo é claro: gerar informações confiáveis para as próximas fases da Concepção.

Os principais ganhos incluem conhecer profundamente os usuários e suas necessidades e identificar diferenciais do produto frente à concorrência.

Isso significa que, quanto mais sólida for essa fase, mais assertivas serão as escolhas de posicionamento e de escopo!

2. Posicionamento

Com o mercado e os usuários mapeados, definimos o modelo de negócio, a proposta de valor e o posicionamento no mercado. Discutimos público-alvo e diferenciais competitivos, mapeando onde o produto vence hoje e onde precisa evoluir.

Em seguida, estruturamos:

  • Modelo de receita (assinatura, transacional, recorrência);
  • Meios de pagamento; e
  • Funil de conversão de ponta a ponta — aquisição, ativação, retenção e expansão.

O ganho desta fase é pensar a aderência do produto ao mercado (product-market fit) e entender o negócio como um todo, além do software: clareza sobre quem servimos, por que escolhem o produto e como ele se paga, orientando roadmap e go-to-market com critérios objetivos.

3. Prototipação


Aqui estruturamos a solução end-to-end, mapeando funcionalidades, jornadas e fluxos e transformando hipóteses em protótipos navegáveis — o entregável mais esperado para visualizar e materializar como o produto deve funcionar antes do desenvolvimento.

Com AI Augmented, aceleramos a criação de telas e fluxos inteligentes e iteramos rápido com feedback inicial de usuários e stakeholders.

Em paralelo, definimos tecnologias: linguagens, frameworks, cloud e integrações necessárias para garantir viabilidade técnica.

O resultado combina mapa de funcionalidades e protótipos que reduzem incertezas, alinham expectativas entre negócio, design e engenharia e orientam o próximo passo com segurança.

4. Roadmapping


Nesta etapa, organizamos os próximos passos pós-Concepção, inspirados em Lean Startup e práticas ágeis.

O foco não é só planejar a construção, mas estruturar um plano de evolução que trata riscos e incertezas enquanto valida continuamente o modelo de negócio rumo ao product-market fit.

Definimos fatiamento e priorização, release plan, estimativas de esforço e investimento e o conjunto de experimentos necessários para testar hipóteses críticas.

Vale dizer que, quanto mais inovador o produto, mais empírico o plano (ciclos curtos de experimentação e MVPs). Em contextos menos inéditos, o roadmap pode ser mais prescritivo.

O resultado esperado é um roadmap acionável, com marcos, dependências e critérios de decisão (perseverar/pivotar) que dá visibilidade executiva e orienta o desenvolvimento com segurança.

Veja também:

Metodologias para concepção de produto digital


A Concepção de Produto Digital da SoftDesign é resultado de mais de 10 anos de experiência, combinando práticas consolidadas de inovação com aprendizados adquiridos em centenas de projetos. 

Nosso método foi estruturado a partir do Design Thinking, somando elementos de User Research e Estratégia de Produto, e hoje é capaz de guiar times por um processo estruturado em apenas cinco semanas (da pesquisa ao roadmapping).

O diferencial está na forma como integramos essas metodologias de maneira prática e colaborativa, criando um ambiente no qual negócio, tecnologia e experiência do usuário se encontram. 

Mais do que entregar protótipos ou relatórios, buscamos evidências claras que orientam a tomada de decisão e aumentam a confiança em cada etapa.

Nos últimos anos, incorporamos também recursos de AI Augmented, que ampliam a capacidade de análise e aceleram a geração de insights. 

Essa camada de inteligência artificial está presente desde a pesquisa — para mapear dados de mercado e comportamento de usuários — até a prototipação e a definição de roadmaps, permitindo cenários mais completos e estratégias mais precisas.

Esse conjunto de práticas torna a Concepção um método que alia profundidade analítica e velocidade de execução, e que encurta o caminho até a inovação.

Concepção de produto e Inteligência Artificial        


A Inteligência Artificial é nossa aliada para acelerar etapas críticas da concepção. Ela identifica padrões de comportamento, gera hipóteses mais consistentes e alimenta o backlog com evidências.

Na prática, decisões que levavam semanas ou meses passam a ser validadas em muito menos tempo, com rigor técnico e foco no impacto de negócio.

Na SoftDesign, trabalhamos com o conceito de times AI Augmented, em que a inteligência artificial atua como um catalisador de produtividade e inovação, sem substituir a expertise humana. 

O resultado é uma abordagem híbrida: enquanto a tecnologia amplia a capacidade de análise e execução, os especialistas asseguram o alinhamento estratégico, a viabilidade técnica e a relevância de mercado.

Um exemplo claro está na aplicação de IA ao ciclo de vida de desenvolvimento de software (SDLC). Partindo de um processo maduro e bem estruturado, inserimos a IA de forma estratégica para acelerar pesquisas, gerar protótipos inteligentes e antecipar riscos em roadmaps. 

Foque na Concepção de Produtos que geram ROI!

Investir na concepção de produtos digitais é investir em retorno sobre inovação. No conteúdo, você viu como as etapas de pesquisa, posicionamento, prototipação e roadmapping ajudam a reduzir riscos, validar hipóteses e criar soluções com maior aderência ao mercado.

Mas o impacto vai além: quando bem conduzido, o processo de concepção encurta o time-to-market e aumenta as chances de retorno financeiro.

Para líderes e gestores, a mensagem é clara: não basta dominar tecnologia, é preciso liderar também a estratégia de produto. 

Se a sua organização quer criar negócios digitais, repensar modelos ou explorar soluções com Inteligência Artificial, nosso time está pronto para apoiar nessa jornada.

Preencha o formulário abaixo e descubra como a Concepção de Produto da SoftDesign pode transformar suas ideias em resultados concretos.

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Perguntas frequentes sobre concepção de produto


Vamos responder às principais questões sobre o tema a seguir.

O que é o conceito de produto?

É a ideia central ou proposta de valor que um produto oferece aos consumidores, incluindo suas características e benefícios.

O que é a etapa da concepção?

Concepção é o processo criativo que visa estabelecer os objetivos do projeto, planejar o desenvolvimento e definir o investimento necessário.

O que é necessário para desenvolver um produto?

Necessita-se de pesquisa de mercado, uma ideia clara, recursos financeiros, equipe qualificada e um plano de desenvolvimento estruturado.

Por que a concepção de produto é crítica em grandes empresas?

Porque reduz incertezas, alinha stakeholders e prioriza funcionalidades com impacto, o que acelera o time-to-market e evita desperdícios em escala.

Quais são as etapas da concepção de produto?

Pesquisa (dados e mercado), Posicionamento (proposta de valor e modelo de receita), Prototipação (fluxos, jornadas e tech stack) e Roadmapping.

Como a IA (AI Augmented) potencializa a concepção de produto?

Acelera discovery, gera insights preditivos, prioriza backlog com dados e eleva a velocidade e qualidade das decisões.

Quais entregáveis esperar?

Canvas de produto, protótipos navegáveis, mapa de funcionalidades, stack recomendada e roadmap com estimativas para MVP.

Foto do autor

Osmar A. M. Pedrozo

CEO da SoftDesign, empreendedor e professor. Mestre em Administração pela UFRGS, PMP e CSM. Desde 1992 trabalhando com Tecnologia da Informação. Entusiasta de inovação, produtos digitais e transformação digital.

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