Nos últimos anos, desde que começamos a trabalhar na concepção de produtos e serviços digitais, pudemos auxiliar diversos clientes – tanto startups quanto empresas consolidadas – na criação de seus sistemas, plataformas e aplicativos. Pelos feedbacks pessoais que recebi, percebi a satisfação desses parceiros em criar produtos e serviços digitais melhor adequados aos usuários, e de participar de um processo que serve também para alinhar expectativas entre os envolvidos.
Posso afirmar, depois de termos realizado mais de 250 concepções nos últimos quatro anos, que realizar essa etapa antes de começar o Desenvolvimento do Software reduz bastante a incerteza e pode aumentar tanto as suas possibilidades de sucesso, como as do produto. Pensando nisso, resolvi compartilhar neste artigo a minha visão sobre a importância de se realizar a Concepção.
Esclareça as suas dúvidas
Primeiramente, vale destacar que o processo de Concepção, como seu próprio nome diz, tem por objetivo auxiliar no desenvolvimento da ideia de produto ou serviço digital, a partir da compreensão de qual problema ele se propõe a solucionar, quem serão os seus usuários e como ele irá gerar valor para o negócio.
Já atendemos clientes que, ao identificar a necessidade de um sistema interno para automatizar processos, nos procuraram para desenvolvê-lo sem ter clareza sobre como a solução se adequaria ao dia a dia dos colaboradores, ou do potencial da mesma para mudar a relação entre a empresa e seus clientes – criando novos canais e melhorando o atendimento. A discussão aberta sobre objetivos, dores, personas, tendências e viabilidade técnicas das ideias, faz com que o grupo de trabalho consiga chegar a soluções muito mais valorosas.
Também já recebemos novos empreendedores que identificaram um espaço de mercado para atuação, tiveram uma boa ideia de produto digital, mas não realizaram nenhuma pesquisa, nenhum benchmarking, não pensaram em como seria o modelo de negócio, ou avaliaram de algum modo se os usuários estariam dispostos a pagar para utilizar o produto. Nesses casos, nada é mais valioso do que a discussão sobre como lidar com o risco e a incerteza das soluções inovadoras. Durante a Concepção, evoluímos a ideia através de pesquisa, para depois ajudarmos no planejamento de experimentos que gerem aprendizado cedo.
Para criar o espaço para a discussão destes assuntos e muitos outros que exigem respostas fundamentais à validação de uma ideia ou o desenvolvimento de um software, criamos a Concepção. Ela envolve etapas de Ideação, Estruturação e Planejamento que, juntas, buscam proporcionar menor incerteza e trazer maior segurança ao investimento posterior.
1. Ideação
Na Ideação, etapa inicial do processo de Concepção, a nossa equipe multidisciplinar ajuda a expandir a ideia do que se quer desenvolver com uma série de técnicas criativas, que auxiliam na formação do produto idealizado. Esse processo criativo, que envolve a abordagem Design Thinking, é desenvolvido em conjunto com nossos Product Managers e Designers, que devido as suas diferentes skills, entendem não somente de tecnologia, mas também possuem conhecimentos sobre modelos de negócio e estratégias digitais, que apoiarão o conceito da solução.
Esse trabalho envolve também pesquisas, que ajudam na criação da empatia com possíveis usuários, no entendimento do mercado de atuação, e no aprendizado a partir do estudo de outras soluções existentes. A análise dos dados coletados nessas pesquisas gera discussões ricas do grupo de trabalho da Concepção. – discussões que ajudam a ampliar a ideia inicial, resolver dúvidas, ou até a identificar novas dúvidas e hipóteses que precisam ser tratadas nas próximas fases.
2. Estruturação
Após a Ideação, passamos a Estruturação, uma etapa mais voltada para materializar a(s) solução(ões) que foram propostas na etapa anterior. Nela, nossa equipe, junto do cliente, começa a trabalhar no estudo das jornadas que o usuário teria com o produto, desde a descoberta do mesmo até o atingimento do seu objetivo.
O estudo e discussão das jornadas leva a mais alguns ciclos de amadurecimento da ideia, e para apoiar mais ainda esse amadurecimento, materializamos as ideias com protótipos de baixa fidelidade, facilitando o entendimento e a troca de ideias. Essa discussão origina uma primeira definição de funcionalidades do produto. Neste momento, também são abordados os requisitos não funcionais, que estão relacionados a qualidades específicas e restrições que o software deve atender, como portabilidade, desempenho, e e segurança. Esses requisitos podem trazer limitações ou exigências para a solução, e por isso é importante conhecê-los antes de partir para as etapas seguintes.
3. Planejamento
A última etapa da Concepção, de Planejamento, se preocupa então em pensar nas estratégias para o Desenvolvimento do Software. Nossa equipe utiliza os resultados das etapas anteriores para elaborar um roadmap, ou seja, um plano inicial que prevê o caminho a ser trilhado.
Quanto mais inovador for o produto, mais esse plano vai usar de métodos empíricos. Já se o produto for menos inovador, o plano pode ser mais prescritivo. Isso significa que para produtos inovadores, nossa equipe vai ajudar a planejar experimentos e MVPs, que são formas de testar hipóteses e amadurecer a ideia antes de partir para o desenvolvimento de uma solução mais completa.
Para dar visibilidade e noção de investimento, a equipe da Concepção elabora estimativas iniciais de tempo para as versões planejadas no roadmap. Tais estimativas são úteis para ajudar no planejamento financeiro relativo a criação, validação e escala do produto.
Foco para bons resultados
O resultado final dessas três etapas (Ideação, Estruturação e Planejamento) é uma visão mais clara do produto ou serviço digital e de como ele será construído, o que permite começar o desenvolvimento do software com muito mais foco e menos desperdício.
Cabe destacar que, além de ajudarmos a estruturar o como fazer, nosso time apoia com visões de como não fazer! Com a experiência da nossa equipe na construção de centenas de produtos digitais, orientamos nossos clientes em relação a evitar problemas como a incorreta priorização de funcionalidades, a demora no lançamento, o uso de tecnologias obsoletas, etc.
Por essas e outras razões, investir na Concepção é pensar de forma estratégica e inteligente. Preste atenção à parceiros que minimizam a importância dessa etapa e oferecem diretamente o desenvolvimento do software, pois o que parece mais rápido no presente, pode representar o fracasso no futuro. Nada é mais caro do que ter um aplicativo, sistema ou plataforma que não atende às necessidades dos usuários.
Para saber mais leia o artigo Concepção de Produto Digital: por que a SoftDesign?
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