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Metodologia Lean Startup: como validar um produto digital

Por 26/01/2024 07/05/2024 7 minutos

No universo dinâmico dos negócios, a metodologia Lean Startup tornou-se um guia estratégico essencial para lançar produtos digitais de sucesso. Afinal, ela norteia a fase de validação de aplicativos, plataformas e sistemas, garantindo a sua viabilidade e aceitação no mercado, por meio de experimentos que reduzem riscos e geram aprendizados.

Neste artigo, compartilhamos como essa abordagem pode ser adaptada e aplicada em empresas que possuem processos estabelecidos e uma estrutura organizacional mais complexa. Um conteúdo imprescindível para empreendedores e lideranças que buscam investir de forma segura no desenvolvimento de software de suas soluções.

Como os princípios da Lean Startup impulsionam grandes empresas


Ao longo da jornada de descoberta e validação, explorar e compreender os fundamentos da Lean Startup é vital para construir produtos digitais que não apenas sobrevivam, mas prosperem em um mercado altamente competitivo e em constante transformação. O seu ciclo incremental é baseado no processo construir, medir e aprender. Seu ciclo incremental se baseia no processo construir, medir e aprender. Ele permite que a empresa se adapte rapidamente às mudanças, corrigindo falhas e aprimorando o produto de acordo com as necessidades e preferências dos usuários.

A metodologia Lean Startup, criada e difundida por Eric Ries, propõe um modelo de trabalho baseado em ciclos curtos. Nesse processo, o time constrói um MVP para avaliar a receptividade do mercado e captar feedback dos usuários. Em seguida, é feita a medição dos resultados para compreender a interação dos clientes com o produto. Com base nesses dados, o aprendizado é extraído dessa experiência, permitindo a adaptação da solução digital. Esses ajustes são realizados de forma ágil e permitem a evolução contínua por meio de novos ciclos iterativos.

Entretanto, não se deixe enganar pelo nome, já que essa metodologia tem grande impacto em empresas já consolidadas, a fim de impulsionar a inovação e reduzir o desperdício de recursos.

No entanto, de acordo com os seus conceitos, construir não significa criar um produto funcional, visto que em muitos casos o ideal é desenvolver um protótipo estático, por exemplo. Ou seja, o importante é que em cada ciclo se construa algo mais barato e rápido possível para gerar novos aprendizados, medindo resultados e definindo métricas confiáveis que indiquem o caminho: persistir ou pivotar.

Por que investir na fase de validação e experimentação de produtos digitais?


Redução de riscos financeiros, processos mais ágeis e econômicos, aprendizado contínuo, maior aceitação no mercado e desenvolvimento de produtos mais atraentes são apenas alguns dos benefícios que a validação de produtos digitais oferece às empresas. Mas, afinal, como esse processo funciona na prática? Quanto tempo as organizações devem investir na validação de suas soluções?

Os principais objetivos dessa fase são aprender sobre o produto digital e reduzir incertezas. Nesse sentido, o tempo de duração e a profundidade de cada validação depende do grau de inovação e do contexto empresarial. Ou seja, quanto mais inovador for o seu aplicativo, plataforma ou sistema mais tempo será necessário para mitigar os riscos do investimento.

Sendo assim, a fase de validação pode ser rápida para produtos com pouca incerteza, levando em média quatro semanas. Por outro lado, pode durar mais de um ano para uma empresa em busca do product-market fit de uma solução digital inovadora. Geralmente, consideramos que três meses são suficientes para aprender sobre o produto, o mercado, o público-alvo e o modelo de negócio em questão.

Porém, lembre-se que quem guia esse processo são as ideias e hipóteses formuladas na fase anterior, de ideação do produto digital, em que o principal objetivo é encontrar o problem-solution fit. Já durante a fase de validação, pesquisas são aprofundadas e experimentos são colocados em prática para validar essas suposições. Dessa forma, o primeiro passo deve ser definir um mapa priorizado dessas ações, conforme a imagem abaixo:

Experimentar para validar


Se você está seguindo a lógica da metodologia Lean Startup, é preciso escolher o que construir a cada iteração. Para tal, existe uma literatura ampla sobre técnicas de experimentação que podemos utilizar nesta etapa. A base de tudo é o pensamento científico, ou seja, identificamos uma hipótese, desenhamos um experimento e medimos os seus resultados. Abaixo estão algumas técnicas que você pode usar na fase de validação do seu produto:

O processo de experimentação deve ser incremental. Isso significa que, a cada ciclo, devemos optar por um tipo de experimento mais complexo e realista. Nesse sentido, essa experiência será mais longa e terá um investimento financeiro maior quando comparada a anterior, afinal, irá envolver mais pessoas e recursos. Esses experimentos irão trazer conhecimentos mais aprofundados e confiáveis para fundamentar a sua tomada de decisão. Como resultado, você terá dados mais objetivos e estratégicos.

Nesse momento, é natural que você esteja se questionando sobre como escolher o que construir, e como considerar o feedback das pessoas usuárias no seu processo de validação de produtos digitais. Pois saiba que essa escolha está relacionada ao estágio em que o produto se encontra, aos objetivos que a empresa deseja alcançar e, claro, depende das hipóteses que queremos validar.

Por exemplo, ao criar protótipos ou MVPs Low-Code é possível testar conceitos e funcionalidades com os usuários antes de investir recursos significativos no desenvolvimento completo do produto. As entrevistas e pesquisas também possuem um papel crucial, já que são a chave para compreender as dores e as reais necessidades dos clientes. É essa combinação de diferentes experimentos ao longo do ciclo de vida do produto digital que torna possível o fornecimento de insights estratégicos para iterar e melhorar a performance e a user experience da solução.

Como validamos soluções digitais na SoftDesign


Acreditamos que a experimentação incremental é a melhor forma de aprender rápido sobre a viabilidade de uma ideia. Além disso, esse processo de validação nos permite economizar tempo e garantir segurança de investimento. Por isso, na SoftDesign, conduzimos ciclos ágeis que priorizam uma hipótese ou risco, planejamos experimentos que geram novos aprendizados e coletamos dados da execução para decidir com você o que é melhor para o seu produto.

Se a sua empresa possui serviços de entrega digital e grandes negócios em mente, mas não possui capacidade de absorver essa demanda de experimentação com o time interno, entre em contato conosco. No vídeo abaixo, compartilhamos detalhes de como testamos ideias e validamos soluções digitais. Assista!

Foto do autor

Karina Hartmann

Karina é especialista em Inovação e Produtos Digitais, dedicando-se à concepção de novos negócios e soluções tanto para startups quanto para grandes empresas. Na SoftDesign, atua ainda como Líder em Product Management. Com mais de 15 anos atuando na área de Tecnologia, já desempenhou papéis variados, incluindo gerência de projetos, análise de sistemas, programação Java e melhoria de processos. É Mestre em Administração pela UFRGS, onde estudou métodos de desenvolvimento de produtos digitais inovadores. É Bacharel em Matemática Aplicada e possui pós-graduação em Governança de TI e Digital Business. Além disso, detém certificações CSM, PMP e CFPS.

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