- Inovação
No final da década de 1990, uma nova expressão começou a ganhar destaque no mundo dos negócios norte-americanos. Atrelada a uma mudança na forma de pensar a produção de bens e serviços, ela abriu caminho para a Indústria 4.0 que surgiria a seguir, no início dos anos 2000. Naquela época, ninguém poderia imaginar que o Lean Thinking originaria dezenas de outros métodos e poderia ser aplicado em tantas áreas de mercado.
Focado na criação de valor com poucos recursos e sem desperdícios, o Lean Thinking (ou Pensamento Enxuto) coloca o consumidor no centro do processo produtivo. Afinal, quem melhor do que ele para dizer como aumentar a sua própria satisfação com um produto ou serviço? Por isso, o segredo da abordagem está na experimentação constante, que não só garante o melhor investimento (de tempo e dinheiro) como torna o negócio altamente adaptativo a mudanças.
Mas, como aplicar o Pensamento Enxuto na prática? E como usá-lo para tornar o negócio mais inovador e competitivo? É sobre isso que falaremos no artigo a seguir.
Se você digitar a palavra ‘lean’ no seu buscador preferido, irá reparar que a ferramenta completa o restante da expressão com os termos mais procurados pelos usuários. Isso dá uma dimensão da amplitude dessa forma de pensar, que hoje está presente desde as indústrias mais tradicionais até as inovadoras empresas de base digital.
Portanto, independente do core business do seu negócio e da área de mercado ao qual ele pertence, o Lean Thinking pode ser adotado. Entretanto, é preciso compreender que a abordagem vai além de processos: ela está relacionada a transformações na mentalidade das pessoas e na cultura das organizações, sempre com foco no desempenho.
Não é à toa que os 4 Ps do Lean Thinking são: Propósito, Processos, Pessoas e Performance. Além deles, dois pilares da abordagem devem ser absorvidos por negócios que querem adotar o pensamento lean. São eles:
Dessa forma, abre-se espaço para a inovação, visto que todos podem ter ideias, propor iniciativas e aprimorar o negócio. Pense comigo: é mais fácil para um Diretor de Marketing ponderar sobre formas de aumentar a conversão de tráfego pago, ou para o Analista de Mídia e Performance que está diariamente trabalhando nas ferramentas de Ads?
Diversos detalhes do dia a dia são distantes de pessoas gestoras e em cargos C-Level, que possuem ampla atuação. Portanto, em empresas lean, todas as pessoas trabalham colaborativamente, com liberdade para experimentar, aprender continuamente, e trazer resultados positivos ao negócio.
No livro Lean Thinking: Banish Waste and Create Wealth in Your Corporation, os precursores da abordagem, James Womack e Dan Jones, elencam os 5 Princípios Enxutos. Eles têm como origem um estudo detalhado sobre o sistema de produção criado na Toyota em 1950.
Quem é o seu cliente, qual o seu contexto e o que ele considera valioso em relação ao seu produto ou serviço é a chave para o começo da adoção do Lean Thinking. Esse primeiro passo pode se beneficiar do método Design Thinking, que propõe o entendimento da perspectiva do cliente para pensar em soluções e testá-las. Algumas de suas técnicas são personas, jornadas e protótipos.
Uma vez que o valor está descoberto, é preciso definir como o seu negócio irá atingir esse valor. Ou seja: quais são os passos ou processos necessários, ideias, produtos ou serviços que irão contribuir para que seja possível proporcionar ao cliente tal valor. A dica é utilizar o framework Business Model Canvas para identificar hipóteses e o Testing Business Ideais para testá-las.
De nada adiantam ideias e processos se eles encontram obstáculos, têm sua velocidade de execução diminuída ou até são descontinuados. Esse talvez seja o Princípio mais complexo, porque exige que mudanças sejam implementadas no dia a dia do negócio. Mas o resultado compensa: a melhoria contínua começa a acontecer naturalmente, impulsionada por um objetivo comum. O Strategic Change Canvas é um dos métodos que podem auxiliar nesse passo.
É provável que o Fluxo Contínuo desacelere o time-to-market dos produtos ou serviços oferecidos pelo negócio, mas isso não é ruim. O que acontece é que, com os três Princípios anteriores alinhados, você para de produzir o que acha que deve ser produzido para trabalhar no que o cliente efetivamente enxerga como valoroso. Portanto, o consumidor “puxa” a produção conforme a sua necessidade, e no momento mais adequado, reduzindo desperdícios. Para garantir a execução desse princípio, Designers devem estar presentes no negócio.
Por fim, para chegar ao último Princípio é essencial que os quatro anteriores estejam sendo executados continuamente. A perfeição não é um fim, mas sim uma jornada que comprova que o seu negócio passou efetivamente por uma transformação enxuta. O que é perfeição? No Lean Thinking, é a satisfação de pessoas fornecedoras, colaboradoras e clientes, e o consequente sucesso do negócio.
Ficou com alguma dúvida? Vale assistir ao vídeo que Jim Womack, também fundador do Lean Enterprize Institute, gravou para oferecer conselhos aos negócios que querem começar a praticar o Lean Thinking.
A SoftDesign pode apoiar o seu negócio na adoção do Lean Thinking. Nossos serviços de Concepção, Experimentação, Desenvolvimento e Consultorias têm como base diversos dos métodos aqui citados. Preencha o formulário abaixo para que um de nossos especialistas entre em contato.
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