Ter um planejamento estruturado para gestão de mudanças em TI coloca a sua empresa em um bom grau de competitividade. Afinal, com a transformação digital acelerada em toda a sociedade, o gerenciamento de mudanças se tornou uma necessidade — e, paralelamente, um dos principais desafios organizacionais.
Como solucionar os potenciais obstáculos e impulsionar os benefícios desse trabalho, então?
Ao longo deste artigo, exploraremos como a gestão de mudanças impacta diretamente o sucesso de iniciativas voltadas para tecnologia e apresentaremos diferentes frameworks, com destaque para o Lean Change Management (LCM). Confira!
A gestão de mudanças é o processo de garantir que as transformações dentro de uma organização sejam realizadas de forma estruturada, com mínimo impacto negativo e máximo aproveitamento das oportunidades.
Nesse sentido, aqui estão algumas situações em que esse trabalho estratégico é bem relevante:
No contexto de TI, a gestão de mudanças se refere ao controle e à implementação de alterações em infraestruturas, sistemas e processos sem comprometer a estabilidade e a qualidade dos serviços prestados.
Isso vai passar, direta ou indiretamente, por um planejamento detalhado tanto em gestão de pessoas quanto na gestão de mudanças organizacionais, além do alinhamento às novas soluções tecnológicas.
Para tanto, o gerenciamento de mudanças deve ser conduzido com um olhar atento aos seus objetivos, mas também aos principais desafios existentes, como:
Dessa maneira, é possível planejar a gestão de mudanças de maneira que os imprevistos não sejam frequentes e, tampouco, agravantes para a conquista dos objetivos da sua empresa.
Jason Little, no livro Lean Change Management: Innovative Practices for Managing Organizational Change, apresenta cinco dimensões universais que auxiliam as organizações a navegarem pelas mudanças de maneira eficaz.
Essas dimensões são aplicáveis em diversos contextos e setores, especialmente no ambiente ágil e tecnológico. Mas, antes de explorá-las, é importante entender que cada mudança deve ser abordada com flexibilidade, respeitando a singularidade do contexto organizacional.
Conheça as 5 dimensões universais da mudança apresentadas no livro:
Para uma mudança ser bem-sucedida, todos precisam entender e compartilhar o propósito por trás dela. Afinal, quando os objetivos são claros, a colaboração é facilitada.
Comunicação aberta é essencial em momentos de mudança. Sendo assim, crie um ambiente que promova conversas transparentes, para garantir que todos os envolvidos se sintam ouvidos.
A resistência é natural, mas precisa ser gerenciada com sensibilidade. Ou seja, ouvir preocupações e envolver as pessoas colaboradoras desde o início ajuda a superar barreiras.
Incluir todos no processo de mudança gera maior aceitação. A cocriação de soluções garante que os participantes se sintam parte do resultado final.
Em vez de seguir um plano rígido, adote uma mentalidade de experimentação, testando diferentes abordagens e ajustando conforme os resultados.
A gestão de mudanças organizacionais em TI e DevOps auxilia as empresas a se adaptar a novos cenários para, assim, permanecerem competitivas.
Mas como implementar mudanças efetivamente, na prática?
Existem vários modelos de gestão de mudanças que ajudam a estruturar e guiar o processo, dependendo do contexto e das necessidades da organização.
A seguir, vamos discutir os dois frameworks mais utilizados e suas respectivas características.
Lean Change Management é uma abordagem focada em tornar o processo de mudança mais colaborativo.
Criado por Jason Little, ele se baseia nos princípios Lean e Ágeis, que valorizam ciclos curtos de feedback e a experimentação contínua.
E, ao contrário de modelos tradicionais, onde as mudanças são pré-planejadas e executadas linearmente, o Lean Change Management adapta-se às incertezas e ao dinamismo das organizações modernas.
Essa abordagem é eficaz, por exemplo, em ambientes complexos e dinâmicos, como o de TI e desenvolvimento de software — áreas em que as mudanças são constantes e rápidas.
Nessa época, em 2011, surgiu a abordagem Lean Startup, criada por Eric Ries, que transformou a forma como produtos digitais são desenvolvidos. Influenciado por esse livro, Little começou a indagar se seria viável aplicar o mesmo conceito para repensar a validação do processo de mudança. Com o intuito de facilitar essa adaptação e interação, em 2014, desenvolveu a abordagem Lean Change Management.
Dado o desejo comum de promover mudanças que nem todos estão prontos para aceitar, era crucial que o modelo fosse flexível o suficiente para se adaptar a uma variedade de contextos, reconhecendo a singularidade de cada mudança.
Para auxiliar na definição da visão estratégica, a abordagem propõe o uso do Strategic Change Canvas. Esse recurso permite indicar a importância da mudança que deve ser feita, além de métricas de sucesso e progresso – e, claro, os impactos que a alteração irá causar nas pessoas, departamentos e processos:
A principal diferença entre essas abordagens é que, enquanto a gestão tradicional busca controlar todos os aspectos de uma mudança, o Lean Change Management abraça a incerteza e a experimentação.
Karina Hartmann, Head of Innovation da SoftDesign, destaca que, ao aplicar o Lean Change Management, as mudanças se tornam mais realistas, proporcionando resultados mais duradouros.
“Nosso serviço de Consultoria é inspirado pelo LCM. Nele, adotamos uma abordagem iterativa por meio de ciclos de experimentação, aprendizado e evolução. Isso nos permite evitar projetos gigantescos e mostrar resultados rapidamente (Quick Wins), já que cada ciclo contribui para uma pequena mudança”, destaca Karina.
O ITIL Change Management (ou gestão de mudanças ITIL) é um framework específico para ambientes de TI, criado para garantir que mudanças em infraestrutura, sistemas e softwares sejam estruturadas e seguras.
Seu foco consiste em minimizar riscos, interrupções de serviços e falhas durante a implementação de mudanças tecnológicas. Para aplicá-lo:
Quando pensamos que o processo de mudança tem um ponto de partida e de chegada, muitas vezes negligenciamos o potencial transformador da jornada em si, mesmo que isso signifique não atingir um resultado pré-determinado.
Por outro lado, reconhecemos que o medo de falhar também é um desafio importante a ser enfrentado.
Se a sua equipe se sente perdido em um ambiente repleto de caos e incertezas, que resultam da necessidade de inovar em aplicativos, plataformas e sistemas, conte com o apoio do nosso time multidisciplinar.
Juntos, exploramos ideias e experimentamos de maneira segura e eficaz, utilizando o Lean Change Management e os Métodos Ágeis para criar produtos digitais de impacto.
Quer entender como isso vai funcionar na prática e dentro das particularidades da sua empresa? Converse com um de nossos especialistas!
Veja as respostas para as principais perguntas sobre a gestão de mudanças em TI!
São as modificações feitas em um sistema ou aplicação, visando melhorar a performance ou corrigir problemas, ao mesmo tempo em se garante o controle das alterações e não impactem negativamente as operações.
Inclui o planejamento e implementação de alterações com o mínimo de interrupção, utilizando métodos estruturados para garantir a adesão do time e a maximização dos benefícios das mudanças.
CAB, Change Advisory Board ou Comitê de Autorização de Mudanças, é um grupo em TI responsável por avaliar, autorizar e supervisionar as mudanças propostas nos sistemas de tecnologia.
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