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Cloud Migration é uma etapa essencial da transformação digital: entenda como fazer

Por 04/11/2024 04/11/2024 9 minutos

A migração para a nuvem (Cloud Migration) é uma etapa necessária para as empresas que buscam inovar e se modernizar em meio à transformação digital. 

Afinal, cloud computing é uma realidade, e a migração para esse universo é capaz de trazer otimização de custos, escalabilidade e muitos outros benefícios

A sua organização pode optar por uma migração completa ou de algumas cargas de trabalho. Contudo, mesmo nos níveis mais simples, a transição é um processo desafiador, que envolve uma mudança profunda nas operações da empresa e que, por isso, precisa de supervisão e planejamento.

A seguir, entenda o que é Cloud Migration e como garantir o sucesso nesta etapa importante da transformação digital! 

O que é migração para a nuvem (Cloud Migration)?


O Cloud Migration, ou migração para a nuvem, é o processo de transferir aplicações, dados, serviços, infraestrutura e serviços para a nuvem. 

Envolve diversas etapas sequenciais, como o planejamento, a seleção de um fornecedor, o provisionamento, os testes e a execução:

  1. No planejamento, a empresa deve identificar dependências entre os apps e avaliar requisitos de segurança; 
  2. Na busca do provedor, analisa-se a compatibilidade, as condições, o custo-benefício, etc;
  3. Nos testes, é preciso garantir que tudo funcione conforme o esperado, mesmo com a migração, para não afetar os processos e os clientes. Atente-se a qualquer tipo de bug e falha, como problemas de latência, incompatibilidade de formatos de dados, autenticação, sincronização, entre outros.

Em geral, o objetivo é conseguir reunir o máximo dos benefícios da cloud, como maior flexibilidade, maior escalabilidade e redução nos custos

Mais adiante, explicaremos em detalhes como estruturar a migração.

Tipos de Cloud Migration


Como falamos, a migração de um Data Center inteiramente para a nuvem, como fez a Netflix anos atrás, é um dos tipos de Cloud Migration. Mas existem outros:

  • Nuvem híbrida: esse caso envolve a migração de alguns recursos de um ambiente local, on-premises, para uma nuvem pública;
  • De nuvem para nuvem: esse tipo de migração prevê a adoção de uma estratégia multicloud, em que a empresa migra alguns recursos de um provedor na nuvem para outro;
  • Cargas de trabalho específicas: nesse contexto, há a migração de cargas específicas, como um banco de dados, uma estrutura de armazenamento, etc. 

Para escolher o tipo de migração mais adequado para o seu contexto, avalie fatores como o porte da empresa, a complexidade das operações e os objetivos estratégicos. 

Se o foco é garantir a escalabilidade rápida e a redução de custos com a infraestrutura física, então, a migração completa para a nuvem tende a ser a melhor decisão.

Por outro lado, se a sua organização possui sistemas complexos e lida com dados críticos, geralmente, uma nuvem híbrida ajuda a garantir controle e segurança, especialmente enquanto os times migram outras cargas para a cloud para ter mais flexibilidade e eficiência. 

A alternativa de migração entre nuvens (multicloud), por sua vez, é a escolha de empresas que buscam alterar fornecedores, frequentemente com o objetivo de aumentar o desempenho e gestão de custos.

Cloud-native applications e DevOps na nuvem: boas práticas importantes


As aplicações nativas da nuvem (cloud-native applications) facilitam a migração para a nuvem, uma vez que, com elas, as empresas conseguem criar soluções mais ágeis, modularizadas e escaláveis

Os apps cloud-native são baseados em microsserviços, que são componentes de software pouco acoplados e independentes. Ou seja, são soluções digitais que aproveitam os conceitos e benefícios da nuvem como elasticidade, redundância, segurança, etc. 

Assim, uma das opções viáveis para a migração é refatorar as aplicações legadas para versões nativas da nuvem

Isso significa transformar aplicações inflexíveis e monolíticas em versões baseadas em microsserviços, ágeis e facilmente escaláveis.

Além disso, práticas DevOps na nuvem possibilitam uma integração contínua entre times de desenvolvimento e operações, o que ajuda no processo de lançamento de apps cloud-native com menor time to market

Com essa abordagem, empresas conseguem lançar produtos com mais rapidez, mantendo um ciclo de melhorias contínuas e automatizadas.

Cloud security: desafios e melhores práticas


A segurança deve ser um dos principais requisitos para uma boa migração para a nuvem. 

Alguns conceitos como criptografia, autenticação multifatorial e firewalls de nova geração são úteis como soluções para confidencialidade e monitoramento de dados e aplicações na migração. 

A criptografia é fundamental para garantir que dados confidenciais permaneçam protegidos durante a migração para a nuvem e ao serem armazenados, a partir de uma codificação da informação.

Já a autenticação multifatorial (MFA) age como uma camada adicional de proteção para impedir que invasores acessem sistemas críticos. Com o MFA, o acesso a dados e aplicações depende de múltiplos fatores de verificação, como senha e código enviado ao celular.

Por fim, os firewalls de nova geração atuam como guardiões do tráfego de rede, indo além de um simples controle de acesso. 

Eles permitem monitorar e bloquear atividades suspeitas, inspecionando o tráfego em tempo real e identificando ameaças avançadas. 

Durante a Cloud Migration, esses firewalls ajudam a proteger dados sensíveis e aplicações em várias camadas, filtrando e analisando pacotes de dados e prevenindo ataques como o malware e o phishing.

Containerização e serverless architecture


A adoção de containers traz eficiência para o gerenciamento de aplicações na migração para a nuvem. Por isso, essa tecnologia também é uma aliada no processo. 

Com containers, as empresas conseguem isolar aplicações e seus ambientes, a fim de facilitar a migração sem envolver mudanças profundas e conflitos de dependências

Já a arquitetura serverless possibilita escalabilidade automática, eliminando a necessidade de gerenciar e provisionar servidores. 

Com isso, os times conseguem focar no desenvolvimento e na entrega de valor do produto, de modo a otimizar recursos e responder rapidamente a mudanças na demanda. 

Como estruturar a Cloud Migration


Um desafio comum em Cloud Migration é lidar com sistemas legados, complexos, que não foram projetados para esse tipo de transição.

Diante disso, as principais estratégias para estruturar uma migração segura e bem-sucedida das aplicações são:

  • Replatforming: consiste em transferir aplicações, máquinas virtuais e outros recursos a partir de uma reformulação mínima deles para adaptá-los a um novo ambiente, na nuvem. A ideia é fazer o mínimo possível de alterações nas aplicações;
  • Rehosting (lift and shift): por sua vez, a re-hospedagem consiste em transferir as aplicações locais para a nuvem sem alterações. É um processo ainda mais simples do que o replatforming, baseado no apoio de serviços Infraestrutura como um Serviço (IaaS);
  • Refatoração de código: redesenhar aplicações para transformá-las em cloud-native apps com o apoio de uma Plataforma como um serviço (PaaS), a fim de obter o máximo das vantagens dos ambientes cloud. Como mencionamos anteriormente, os containers e os princípios DevOps ajudam aqui.

Para uma migração ainda mais eficaz, certifique-se de criar um roadmap que contemple a análise do estado atual, a escolha de provedores e a definição completa da estratégia de transição. 

Isso te dará clareza e muito mais controle sobre o processo!

Conclusão


Ao longo deste artigo, vimos como a migração para a nuvem contribui para a  inovação, eficiência e competitividade de empresas. 

Para gestores interessados em iniciar esse processo, sugerimos uma abordagem estruturada, considerando uma análise cuidadosa do ambiente legado, definição da estratégia de migração e seleção de provedores confiáveis. 

Para suporte especializado e consultoria em Cloud Migration, entre em contato com a SoftDesign e conte com nossos especialistas!

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Perguntas frequentes


A migração para a nuvem pode gerar dúvidas comuns. A seguir, respondemos algumas das principais perguntas sobre o tema:

Por que migrar para a nuvem?

A nuvem oferece escalabilidade, redução de custos, disponibilidade, segurança e a possibilidade de desenvolver tecnologias inovadoras como Software as a Service (SaaS).

Quais são os desafios de migrar uma aplicação legada para a nuvem?

Compatibilidade de dados, complexidade de sistemas legados e necessidade de modernização são obstáculos frequentes na migração de legados.

Qual a desvantagem de usar a nuvem?

Dependência de conectividade e possíveis custos de migração e manutenção são desvantagens a serem consideradas.

Por fim, veja também:

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Roberto Trevisan

Roberto Trevisan é DevOps/SRE Engineer na SoftDesign, com 30 anos de experiência em Tecnologia da Informação e Internet. Pós-graduado em Desenvolvimento de Software pela UFRGS, ele é especialista em tecnologias Cloud Native, como Kubernetes, CI/CD, IaC e Cloud Computing. Ao longo de sua carreira, atuou no desenvolvimento de soluções para Internet, Streaming Media e aplicativos de transmissão de conteúdo digital.

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