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DevOps: conheça os seus benefícios e práticas

Por 09/02/2021 02/01/2023 5 minutos

Quem trabalha  com desenvolvimento de serviços e produtos digitais já deve estar habituado a ouvir o termo DevOps. Mas você sabe o que ele significa e o motivo de ser tão relevante? Quais são os benefícios de adotar essa filosofia ao criar uma solução digital? Nesse artigo, vamos conhecer um pouco sobre essa cultura e de que forma ela pode contribuir para o seu negócio.

Na TI, é difícil conciliar duas áreas tão distintas como operação e desenvolvimento. Enquanto a primeira tem como objetivo garantir a estabilidade do ambiente – ou infraestrutura –  a segunda visa entregar valor com novas funcionalidades e melhorias no sistema. A massificação dos métodos ágeis, que promove um formato iterativo e incremental de desenvolvimento, evidenciou essa separação e demandou uma nova forma de comunicação.

O que é DevOps?

Podemos dizer que DevOps é um conjunto de práticas que visa estreitar as relações entre desenvolvedores (Dev) e operação (Ops), permitindo que trabalhem de maneira unificada, colaborativa e entregando valor para o usuário. Embora a necessidade de integração entre as equipes seja discutida há muito tempo, o termo surgiu apenas em 2009 durante a conferência Velocity da O’Reilly. Inclusive, Patrick Debois – um dos participantes dessa conferência – é o criador do evento DevOpsDay.

Podemos dizer que o embrião do DevOps é chamado de infraestrutura ágil. Para adotar essa cultura, é possível contar com ferramentas que irão permitir essa integração constante entre as equipes. Nesse sentido, é importante destacar que nada disso será efetivo caso os colaboradores não estiverem dispostos a criar esse ambiente de colaboração. Por isso, é necessário mudar a mentalidade da equipe para uma cultura ágil, contribuindo ao máximo para o trabalho em conjunto.

Práticas de DevOps

Para que os benefícios de implementar uma cultura DevOps possam ser percebidos pela equipe, é importante que as práticas dessa filosofia sejam utilizadas de forma consistente entre os envolvidos. A orientação principal é a que comentamos acima: comunicação e colaboração, dois dos quatro pilares do DevOps. Além desses, temos ainda medição (avaliação) e a automação.

O primeiro refere-se a medir e analisar o máximo de itens, desde a performance até os processos, pois é a partir desta análise que poderemos propor melhorias. Já o último tem o objetivo de automatizar todos os processos possíveis, diminuindo o desperdício de tempo e o risco de falhas humanas. Na automação temos algumas práticas bem difundidas, como:

Infraestrutura como código: para gerenciar e provisionar recursos de forma automática, no lugar de disponibilizar um recurso – ambiente – de forma manual. Essa prática aumenta a velocidade e confiabilidade ao instalar o software em um novo ambiente, por exemplo.

Isso ocorre, pois temos a garantia que todos os itens foram feitos da mesma forma. Além disso, a manutenção desse sistema também se torna eficaz.  Aqui, podemos utilizar algumas tecnologias, como por exemplo: Ansible, Chef, Puppet, Vagrant, Docker, Kubernertes.

Integração contínua: nessa prática utilizamos um sistema de controle de versão como o Git, por exemplo. O código-fonte deve ser integrado mais rápido possível, diversas vezes ao dia, em uma ramificação (branch) compartilhada entre os desenvolvedores do projeto.

Esse processo possibilita que eles tenham o código atualizado, evitando possíveis conflitos tanto de código, como regras de negócio. Na integração continua, para cada código enviado ao repositório são realizadas uma compilação e a execução de testes automatizados/unitários. Isso garante que ele esteja pronto para a implantação (deploy).

Entrega contínua:  é disponibilizada de forma automatizada, rápida e segura a implantação do sistema. Quando usamos entrega contínua devemos garantir que a ramificação principal do repositório esteja em um estado estável, para podermos fazer a implantação do software em qualquer momento. Normalmente são utilizados pipelines automatizados que fazem a compilação, testes e implantação.

Benefícios em adotar DevOps

A partir da definição que vimos anteriormente, é possível perceber uma série de benefícios que a adoção dessa prática promove. Uma delas é a confiabilidade do que está sendo entregue, seja novas funcionalidades ou mudanças na infraestrutura. A segurança da operação também é beneficiada a partir da automatização de políticas de conformidade e outras técnicas para gerenciamento.

A velocidade e a capacidade de se adaptar às mudanças também aumenta. Com a filosofia de DevOps é possível corrigir bugs e lançar novas features com mais agilidade e menor risco de downtimes – quedas do sistema – por exemplo. Além disso, a escalabilidade do sistema se torna mais fluída e segura a partir dos processos automatizados e da responsabilidade compartilhada. Dessa forma, com as áreas atuando de maneira integrada, é possível realizar entregas ainda melhores.

Foto do autor

Cecilia Ribeiro

Product Manager, formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Com sólida experiência na Gestão de Marketing de Produto e Estratégia.

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