
- Transformação Digital
A evolução tecnológica é constante e exige adaptação. No entanto, adotar inovação não significa, necessariamente, substituir sistemas existentes. No contexto da modernização de aplicações, trata-se de aprimorar e atualizar sistemas legados, conferindo-lhes maior eficiência, escalabilidade e segurança.
Os sistemas de informação tornam-se obsoletos naturalmente. O que era inovador em 2019 pode não atender às demandas de 2024. Para manter a competitividade, as empresas devem reavaliar continuamente sua infraestrutura, buscando otimização de processos, redução de custos e melhoria da experiência do usuário.
Líderes frequentemente encontram desafios nessa jornada, pois a imersão operacional pode dificultar a identificação de oportunidades de modernização. No entanto, superar essas barreiras é essencial para acelerar a transformação digital.
A modernização de aplicações consiste em atualizar e/ou migrar para a nuvem os sistemas legados da empresa, a fim de atender a novos critérios de experiência do usuário, eficiência de recursos, manutenção, escalabilidade, entre outros.
Essa evolução resulta de um novo paradigma no mercado. Cada vez mais, as empresas têm priorizado migrar para sistemas compostos por partes independentes, como microsserviços, em vez de sistemas monolíticos, que utilizam uma única base de código para executar várias funções.
São vários fatores que motivam essa mudança. Um deles é a manutenção de software.
Fazer manutenção em código legado é muito complexo, pois uma vez que o código foi desenvolvido sem pensar em encapsulamento, abstração, modularidade e outros princípios, uma alteração em uma parte pode comprometer outra.
Por exemplo, considere um sistema de e-commerce. Ao alterar uma parte do login de uma aplicação monolítica antiga, você pode ter problemas na parte do catálogo de produtos.
Por outro lado, uma aplicação moderna é composta por partes interdependentes. Cada funcionalidade é gerenciada de forma separada, segundo as boas práticas do desenvolvimento ágil de software. Assim, cada profissional consegue alterar cada parte sem ter grandes problemas.
Outra questão é que a modernização de aplicações favorece a colaboração e a produtividade do time todo. Pessoas diferentes conseguem trabalhar juntas em um mesmo sistema, com cada um cuidando de uma parte. Isso também representa mais segurança para a empresa.
Entre os principais desafios estão: escalabilidade, dificuldade de integração, custos de manutenção e segurança.
Tenha em mente que as aplicações legadas representam um cenário recorrente em empresas de diversos portes.
Essas soluções, embora tenham sido úteis e fundamentais em algum momento, se tornaram obsoletas. Atualmente, empresas enfrentam desafios que comprometem a competitividade e a agilidade dos negócios. A seguir, traremos mais detalhes sobre os principais obstáculos.
Em primeiro lugar, há a evidente falta de escalabilidade. Muitos sistemas foram concebidos para demandas menores e não acompanham o crescimento exponencial dos dados e usuários.
A limitação da capacidade operacional pode resultar em lentidão, falhas e indisponibilidade, comprometendo a experiência do usuário e a continuidade dos negócios.
Além disso, a dificuldade de integração entre sistemas legados e novas ferramentas é outro desafio que preocupa gestores e equipes de TI.
Cada aplicação trata de uma linguagem diferente, o que exige esforços extras para que as informações sejam compartilhadas de forma eficiente.
Esse cenário fragmentado atrasa processos e dificulta a implementação de soluções inovadoras.
Outro ponto importante diz respeito aos custos de manutenção. Manter sistemas que foram desenvolvidos há décadas, com tecnologias que se tornaram obsoletas, pode pesar bastante no orçamento.
Os profissionais que dominam essas linguagens específicas são raros, e a dependência desses especialistas torna a manutenção um processo cada vez mais caro e complicado.
A segurança cibernética também fica em risco, já que muitos desses sistemas não atendem aos padrões modernos de proteção de dados, o que expõe a empresa a possíveis ataques cibernéticos.
Como sempre surgem novas leis e normas, é preciso atualizar os sistemas pensando em adaptá-los para o compliance.
Existem sete estratégias conhecidas como os 7 R’s da transformação que se apresentam como um roteiro bastante útil para a modernização de aplicações. São elas: Rehost, Refactor, Revise, Rebuild, Replace, Retire e Retain.
Quando o assunto é modernização no contexto da transformação digital, não se trata apenas de uma atualização superficial.
É preciso encarar a transformação como um desenvolvimento completo, que envolve mudanças na estrutura, na cultura e nos processos da empresa. Vamos explicar como funcionam cada uma delas:
Cada uma dessas abordagens oferece uma alternativa específica para os desafios que enfrentamos.
Por exemplo, a estratégia Rehost é indicada quando o sistema atual necessita apenas de um novo ambiente de execução, sem grandes alterações em seu código.
Já a Refatoração possibilita que façamos ajustes pontuais, de modo a melhorar o desempenho sem precisar reescrever tudo.
Para que a modernização aconteça de forma eficiente, é preciso contar com tecnologias que ajudem a tornar a transformação menos disruptiva e mais fluida. Entre essas, a arquitetura de microsserviços vem se destacando.
Diferentemente de um sistema monolítico, que funciona como uma engrenagem única, os microsserviços dividem a aplicação em partes menores e independentes.
Essa abordagem faz com que cada componente possa ser trabalhado separadamente, sem comprometer o funcionamento do todo. Assim, é possível corrigir problemas e implementar melhorias com muito mais agilidade. Veja o esquema de CRM criado com base nesse tipo de arquitetura:
Em paralelo, a computação em nuvem revolucionou a forma como pensamos em infraestrutura. Hoje, você pode contar com recursos escaláveis, elásticos e adaptáveis que se ajustam conforme a demanda.
Quando a necessidade de processamento aumenta, a nuvem responde sem que haja um impacto significativo na performance do sistema.
Essa capacidade de se adaptar de forma automática reduz os custos com hardware e oferece um bônus: abre espaço para inovações que, antes, eram inviáveis.
Outra tecnologia que merece destaque é a utilização de contêineres. Esses componentes garantem que, independentemente do ambiente onde a aplicação esteja rodando, o comportamento se mantenha consistente.
A portabilidade que os contêineres oferecem é uma solução prática para evitar incompatibilidades e tornar a migração entre diferentes plataformas algo seguro e simples.
Além de tecnologias e estratégias, a modernização passa pela mudança cultural. Aqui, as práticas ágeis e a cultura DevOps se mostram essenciais.
O tempo é precioso e, mais do que nunca, a velocidade de resposta pode fazer toda a diferença.
Logo, a Integração Contínua (CI) e a Entrega Contínua (CD) são processos que aproximam os times de desenvolvimento e operações, garantindo que o software seja atualizado rapidamente, de forma frequente e segura.
Com essa abordagem, é possível automatizar o deploy de novas funcionalidades de forma ágil para facilitar a escalabilidade e a reação a mudanças.
É fácil perceber que quando os times trabalham de forma colaborativa, os obstáculos se transformam em oportunidades para aprendizado e melhoria.
A identificação precoce de erros e a agilidade na entrega de novas funcionalidades são diferenciais que trazem ganhos significativos para a empresa.
Essa mentalidade, que valoriza a experimentação e o feedback constante, nos permite ajustar o curso da modernização sem que grandes problemas se acumulem.
Modernizar aplicações vai muito além de simplesmente atualizar softwares. Trata-se de transformar processos complexos em fluxos mais enxutos, rápidos e eficientes.
A automação é peça-chave nesse processo. Sistemas automatizados simplificam operações repetitivas e liberam equipes para funções estratégicas, com foco em otimizar resultados e aumentar a produtividade real.
Em vez de perder tempo com tarefas manuais repetitivas, as equipes passam a concentrar esforços em inovação e aprimoramento dos serviços oferecidos.
Além disso, uma automação bem implementada elimina erros humanos comuns em processos manuais, como o deploy, elevando a qualidade e a segurança das operações.
Contudo, o sucesso não depende apenas da automação em si, mas da capacidade da empresa em compreender e adaptar seus processos com inteligência e estratégia.
No Brasil, várias empresas já demonstraram os benefícios concretos da modernização de suas aplicações. Selecionamos alguns cases interessantes.
Um exemplo relevante é o da Magazine Luiza, que revolucionou o varejo digitalizando sua operação.
A empresa investiu em APIs abertas, migrou seus sistemas legados para plataformas mais ágeis e, como resultado, aumentou consideravelmente o desempenho para conseguir atender a picos de acesso como a Black Friday.
O time deixou de trabalhar com um sistema monolítico de 150 mil linhas de código para lidar com um sistema que separava bem front-end e back-end.
Outro exemplo é o Banco Inter, instituição financeira que apostou forte em tecnologia para modernizar seus processos bancários.
Ao substituir sistemas tradicionais por soluções cloud e adotar arquitetura baseada em microsserviços, o banco conseguiu melhorar a experiência do cliente e reduzir custos operacionais.
Além disso, o Inter se tornou referência em inovação financeira, principalmente ao trocar um processo de abertura de conta lento e burocrático por um mais ágil.
Em suma, iniciar uma jornada de modernização das aplicações pode parecer complexo à primeira vista. Porém, com o parceiro certo, esse processo é simplificado e se torna muito mais eficiente.
A SoftDesign compreende que uma modernização bem-sucedida está diretamente ligada ao nível de maturidade digital da empresa. Isso significa ter clareza sobre o estágio atual da transformação digital e definir estratégias precisas para avançar com segurança e eficiência.
Por isso, o primeiro passo é realizar um diagnóstico detalhado para identificar claramente em que estágio você está hoje e qual será o percurso mais adequado.
A partir dessa análise inicial, definimos juntos quais são os caminhos ideais para sua realidade, desde pequenas otimizações até mudanças estruturais completas, garantindo resultados palpáveis rapidamente.
Nesse sentido, a estratégia pode incluir migração para cloud, desenvolvimento de APIs, utilização de microsserviços e adoção de metodologias ágeis.
Entre em contato e descubra como levar sua empresa ao próximo nível da transformação digital!
Faça um diagnóstico aprofundado e conte com a gente para ajudar a implementar as melhorias que vão te levar para um próximo nível.
Vejamos respostas rápidas para as principais questões sobre modernização de aplicações.
É o processo de atualizar tecnologias e práticas utilizadas em softwares antigos para melhorar desempenho, segurança e eficiência operacional.
Uma aplicação legada é um sistema antigo que ainda está em uso, geralmente desatualizado, pouco flexível e difícil de manter ou integrar com novas tecnologias.
Se o sistema gera problemas frequentes, custos altos, apresenta lentidão, dificuldades de integração ou não atende mais às expectativas atuais dos usuários e do mercado, chegou o momento de modernizar.
Por fim, continue se aprofundando: