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Integração de sistemas: entenda como implementar essa peça-chave para a transformação digital

Por 18/10/2024 25/10/2024 9 minutos

A integração de sistemas é considerada, atualmente, uma peça-chave para a otimização de qualquer solução digital.

Isso porque essa conectividade entre plataformas e o diálogo sistematizado de informações digitais agrega uma visão unificada dos processos e dados sob análise, o que facilita a tomada de decisões mais informadas e ágeis. 

Além de contribuir para impulsionar a transformação digital, a integração adequada entre soluções digitais também garante que a sua empresa se adapte rapidamente às exigências de um mercado cada vez mais digital, conectado e data-driven.

Objetivos e vantagens da integração de sistemas


A integração de sistemas visa aumentar a eficiência operacional ao eliminar silos de dados e garantir que diferentes sistemas trabalhem de forma conjunta.

Com Application Programming Interfaces (APIs) e Middleware, por exemplo, empresas podem conectar plataformas distintas, melhorar o fluxo de informações e automatizar processos de negócios.

Essa integração abre portas, definitivamente, para a transformação digital, além do fechamento de novas parcerias e negociações estratégicas. Além disso, expande o convite à inovação — o que também favorece as respostas ágeis às principais mudanças no mercado.

Outro ponto relevante para quem sabe o que é a integração de sistemas, mas não como aplicá-la, é que ela pode reduzir custos ao otimizar o uso dos recursos, diminuir as interrupções na prestação de serviços e promover uma maior satisfação do usuário.

Tipos de integração de sistemas


Há vários métodos para integrar sistemas. Confira, a seguir, se você conhece cada um deles e suas respectivas características:

  • Ponto a ponto: conecta sistemas individualmente, sendo ideal para pequenas redes. No entanto, à medida que mais sistemas são adicionados, a complexidade aumenta, tornando-o difícil de escalar;
  • Hub-and-spoke: utiliza um ponto central, ou “hub”, que gerencia todas as conexões. Esse modelo é eficiente em cenários complexos, mas pode sofrer de pontos únicos de falha;
  • ESB (Enterprise Service Bus): baseado em uma arquitetura de barramento, o modelo facilita a comunicação entre sistemas por meio de um middleware central, permitindo flexibilidade e escalabilidade aos projetos de produtos digitais, sendo especialmente interessante para grandes corporações;
  • Application Programming Interfaces (APIs): são amplamente usadas para integrar sistemas modernos. Elas permitem que diferentes aplicativos “conversem” entre si, facilitando a troca de dados e funcionalidades.

Além desses métodos, algumas tecnologias e conceitos são essenciais para a integração eficiente de sistemas:

  • Middleware: atua como um intermediário na comunicação entre diferentes plataformas, sendo particularmente útil em ambientes que incluem sistemas legados e modernos;
  • Web services: permitem a interação entre sistemas por meio de protocolos padronizados como SOAP e REST, garantindo flexibilidade e interoperabilidade.

Processos de integração


Já ouviu falar no processo de ETL (Extract, Transform, Load)? Ele tem muita importância na integração de dados porque consiste em extrair dados de diversas fontes, transformá-los para se adequarem a um formato comum e, finalmente, carregá-los em um sistema de destino — como um Data Warehouse.

Processo ETL para integração de sistemas: extração, transformação e carregamento de dados.

Isso tudo, de ponta a ponta, garante que os dados sejam consistentes e estejam disponíveis para análise e tomada de decisão. 

Dessa maneira, para integrar sistemas com grandes volumes de informações, como em projetos de Big Data, o ETL é o responsável por garantir precisão a esse trabalho.

Desafios da integração de sistemas


A integração pode ser um fator de sucesso para muitas empresas, mas o processo não está isento de desafios. Entre os principais obstáculos, podemos destacar:

Integração de sistemas legados


Esses sistemas podem ter bases de dados desatualizadas, padrões de comunicação incompatíveis e arquitetura de software rígida, o que torna o processo de integração mais complexo e custoso.

Para superar esse desafio, recursos como Middleware ou APIs “traduzem” as linguagens dos sistemas legados para que se comuniquem com outros sistemas.

Segurança da informação


Dados sensíveis podem ser vulneráveis a interceptações durante o trânsito entre sistemas e, em cenários nos quais múltiplas APIs estão em uso, a falta de governança adequada pode expor essas informações.

Para mitigar esses riscos, implemente soluções como:

  • Criptografia de dados;
  • Autenticação forte;
  • Controle de acesso rigoroso.

A integração também precisa garantir conformidade com regulamentações como a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), no Brasil, e a GDPR na União Europeia.

Escalabilidade


Soluções que funcionam em um ambiente de menor escala podem apresentar problemas de desempenho conforme a demanda aumenta.

A escolha da solução — como um ESB ou arquitetura orientada a eventos — pode garantir que o sistema seja capaz de escalar conforme a empresa evolui.

Manutenção e gerenciamento de APIs


Quando várias APIs estão envolvidas no processo de integração, gerenciar versões, cibersegurança e compatibilidade entre elas pode se tornar um grande desafio.

Lembre-se, então, de que as APIs precisam ser bem documentadas e constantemente monitoradas para evitar falhas na comunicação entre os sistemas.

Sincronização de dados


A falta ou atrasos de sincronização podem resultar em dados duplicados, incorretos ou desatualizados. Para isso, o uso de práticas de integração contínua e de processos de ETL conferem precisão em tempo real, em vez de batch processing.

Também vale investir em soluções como:

  • Automatização da integração com CI/CD: isso significa configurar pipelines de CI/CD para sincronização automática e em tempo real;
  • Triggers e eventos em tempo real: use gatilhos específicos e eventos para atualizar automaticamente as informações;
  • Master Data Management (MDM): também sugerimos centralizar os dados mestres em um repositório único, garantindo que todas as integrações se baseiem nele.

Integração contínua e transformação digital


A integração contínua é uma prática associada ao DevOps que permite atualizações frequentes e ágeis nos sistemas integrados. Isso acelera a transformação digital, permitindo que as empresas se adaptem às novas tecnologias e façam parcerias estratégicas. 

A SoftDesign ajuda as empresas a implementarem integração contínua a partir de um trabalho especializado, que segue as melhores práticas e acompanha o ciclo de forma personalizada — o que garante a conectividade adequada entre sistemas, mesmo que haja um alto nível de complexidade.

Esse é um dos grandes diferenciais do nosso serviço de Concepção para Transformação Digital. Com ele, trabalhamos juntos em cocriação para gerar resultados, além de tornar o seu negócio mais inovador, eficiente e produtivo.

Melhores práticas para implementar integração de sistemas


Para uma integração bem-sucedida, é importante seguir boas práticas, como:

  • Planejamento adequado: compreenda os objetivos de negócio, os desafios de mercado, limitações e oportunidades das tecnologias envolvidas;
  • Documentação: mantenha uma documentação clara e atualizada para evitar problemas durante o processo de integração, além de garantir o alinhamento entre todo o time envolvido;
  • Escolha das ferramentas certas: avalie as necessidades específicas de cada contexto e escolha ferramentas de integração como APIs, Middleware ou ETL que melhor atendam essas demandas.

Além desses aspectos, vale destacar que, tecnologias de Big Data ajudam as empresas a processar e analisar esses dados, unindo diferentes fontes em um repositório central. 

Para isso, vale considerar a compatibilidade entre sistemas e a escalabilidade no armazenamento de dados, como em Data Lakes e Data Warehouses.

Exemplo de integração de sistemas para se inspirar


O case do Sicredi mostra como fizemos um trabalho dedicado de integração muito bem-sucedido.

Nele, ajudamos o Sicredi a digitalizar os processos de gestão de fornecedores e terceiros, substituindo tarefas manuais por plataformas digitais como MGPT e Timesheet.

Essa transformação trouxe transparência e escalabilidade aos processos, e também reduziu em 80% o esforço operacional, além de melhorar a gestão de contratos.

Conclusão


E então, deu para perceber um pouco mais a relevância da integração de sistemas e como ela contribui para a inovação e competitividade das empresas?

Ao conectar diferentes plataformas e tecnologias, sua empresa consegue otimizar processos, reduzir custos e promover a transformação digital. 

E temos certeza de que podemos te ajudar nesse processo: se você busca implementar uma solução de integração eficiente, preencha este rápido formulário de contato para que nossos consultores consigam alinhar a melhor solução para as suas necessidades:

Perguntas frequentes


Confira, a seguir, as respostas para as dúvidas mais comuns sobre a integração de sistemas.

O que é integração entre sistemas?

A integração de sistemas é o processo de conectar diferentes sistemas e plataformas para que funcionem como uma única unidade coesa.

Quais os 4 tipos de sistemas de integração que existem?

Ponto a ponto, Hub-and-spoke, ESB (Enterprise Service Bus) e API.

Como fazer a integração de sistemas?

A integração de sistemas envolve planejamento, escolha de ferramentas adequadas como APIs ou Middleware e execução do processo de ETL para a integração de dados.

Por fim, veja também:

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Pâmela Seyffert

Content Marketing Analyst na SoftDesign. Jornalista (UCPEL) com MBA em Gestão Empresarial (UNISINOS) e mestrado em Comunicação Estratégica (Universidade Nova de Lisboa). Especialista em comunicação e criação de conteúdo.

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