
- Inovação
A cultura de inovação não pode parar: precisa ser um movimento estratégico e constante. Pergunte isso ao CEO de qualquer empresa que já passou por algum tipo de crise e a resposta será muito semelhante.
Portanto, a pergunta não é mais “se” a sua organização deve inovar, mas “como” trabalhar a inovação de forma sistemática, já que essa cultura vai muito além de ter um laboratório de ideias ou adotar a tecnologia da moda: estamos falando da criação de um ecossistema no qual a experimentação, a colaboração e a adaptação rápida se tornem parte do DNA organizacional.
Empresas que ainda veem inovação como um projeto paralelo enfrentam dores crônicas, como processos engessados, medo do fracasso e silos departamentais.
Neste conteúdo, compartilhamos experiências para mostrar os benefícios da cultura de inovação e como desenvolvê-la no seu negócio.
A importância da inovação é comprovada em inúmeros dados: 88% das maiores empresas do Fortune 500 de 60 anos atrás não existem mais.
Pense, então, que a inovação não é só um diferencial, mas pode ser a fronteira para a sobrevivência do seu negócio. Só que é necessário desenvolver um projeto estrutural de transformações e de mudança de pensamento.
É só tomar como exemplo o setor financeiro: enquanto bancos tradicionais lutavam para manter regulamentações, o Nubank usou design thinking e lean startup para criar um modelo centrado no usuário — hoje, é o banco mais valioso da América Latina.
Além disso, existe a barreira erguida pelas próprias pessoas: você sabia que 70% das iniciativas de IA falham não por alguma questão técnica, mas porque sofre de resistência cultural e falta de engajamento dos envolvidos?
Paralelamente, existe o cuidado com a resiliência estratégica, uma vez que será necessário investir, persistir e resistir diante de todas as adversidades se o que você busca é uma forma de inovação, seja ela disruptiva ou não.
Uma cultura de inovação surge a partir de três alicerces:
Como toda transformação relevante, você vai precisar de estratégias intencionais para gerar e nutrir a sua cultura de inovação. Mas como ir além do “faça reuniões criativas”? A dica é simples: mergulhe em métodos comprovados.
Um deles é o workshop de inovação: eles funcionam porque tiram equipes da rotina e as colocam em um modo de descoberta. Não se trata, simplesmente, de um brainstorming, mas de gerar protótipos testáveis em questão de horas ou dias — algo que a SoftDesign já aplica no seu método de Concepção.
Mas e depois do workshop? A inovação não pode acabar quando as luzes se apagam. Então, experimente aplicar um programa de intraempreendedorismo com objetivos e recompensas tangíveis.
Agora, e quando as ideias são boas, mas a empresa não sabe como testá-las rápido? O incentivo à experimentação vai te dar tudo o que você precisa para isso.
Por exemplo: reserve parte do orçamento para testes de alto risco/alto retorno e use abordagens como:
Metodologias não substituem a jornada, mas evitam que você se perca ao longo do caminho. E aqui estão algumas das mais importantes para considerar no seu processo:
Quando a pergunta é “vale a pena investir?”, a resposta não deve demorar seis meses. O ciclo construir-medir-aprender coloca um MVP na rua em semanas, coleta dados reais e derruba suposições de PowerPoint.
O ganho não está em errar menos, mas em errar barato: cada iteração deixa claro onde cortar desperdício e onde dobrar a aposta.
Processo criativo sem engenharia é arte; engenharia sem empatia é ruído. Design Thinking começa em entrevistas, mergulha na dor do usuário e apenas após esse processo, prototipa.
O resultado é um backlog que faz sentido para pessoas e, portanto, para o negócio. Squads multidisciplinares, protótipos de baixa fidelidade e testes rápidos transformam problemas nebulosos em soluções tangíveis.
Nenhuma empresa, por melhor que seja, reúne todo o talento do mercado. Open Innovation conecta corporações a startups, universidades e hubs, acelerando P&D, reduzindo risco tecnológico e destravando novos canais.
O segredo está em processos claros de due-diligence, governança e métricas de cocriação que vão além do press-release.
Dica da SoftDesign: combine essas três engrenagens. Valide com Lean Startup, desenhe com Design Thinking, escale via Inovação Aberta.
Se há um lugar onde a cultura de inovação é não negociável, é no desenvolvimento de produtos digitais.
Mas por quê?
Primeiro, porque a velocidade de transformações tecnológicas é impressionante, e toda empresa deve estar ao menos alinhada com esse ritmo. Para isso, experimente sprints de inovação (ciclos curtos — de duas a quatro semanas — para testar funcionalidades) e tenha também equipes autônomas (times pequenos com poder de decisão).
Além disso, o processo de experimentação deve ser composto por dois elementos muito importantes: capacidade de monitoramento e de ajuste.
A/B testing é um bom exemplo, pois permite testar versões diferentes com usuários reais, enquanto feature flags ajudam a ligar ou desligar funcionalidades sem precisar fazer um novo deploy.
Quer ver como a cultura de inovação não é um conceito abstrato? Existem múltiplos exemplos de empresas que já colhem resultados tangíveis ao adotá-la como parte de suas respectivas estratégias.
Desde fintechs disruptivas até gigantes tradicionais que se reinventaram, os exemplos mostram que inovar vai além da tecnologia: envolve mindset, processos ágeis e uma liderança aberta à experimentação.
Confira, a seguir, alguns cases dos setores financeiro, saúde, agro e indústria.
Cases emblemáticos como o Nubank, que transformou o mercado de crédito na América Latina, evidenciam a cultura de inovação no mercado financeiro.
Outro exemplo global é o BBVA, banco espanhol que adotou o design thinking e open innovation para criar soluções como o BBVA Open Platform, que permite que terceiros integrem serviços bancários em seus apps — iniciativa que acelerou a digitalização do grupo.
No Brasil, o Itaú Unibanco destaca-se com o Cubo Itaú, maior hub de fintechs da América Latina, que já acelerou centenas de startups.
Há também outro exemplo bem próximo: a SoftDesign ajudou a digitalizar a gestão de terceiros do Sicredi, substituindo planilhas e e-mails pelos produtos MGPT e Timesheet.
O MGPT centraliza o recrutamento de parceiros de outsourcing, garantindo seleção estruturada e assertiva; o Timesheet integra apontamento de horas, aprovações e geração de ordens de compra.
Atualmente, mais de 900 profissionais e 20 fornecedores usam a plataforma, que movimenta R$ 200 milhões ao ano. Os ganhos incluem 80% menos esforço operacional na prestação de contas, eliminação de contratos manuais, rastreabilidade completa e KPIs para decisões estratégicas.
Um exemplo que vale a menção é a Teladoc Health, líder global em telemedicina, que atende mais de 75 milhões de pessoas em dezenas de países.
Durante a pandemia, sua plataforma integrada (com IA para triagem e diagnóstico remoto) registrou crescimento expressivo na demanda e provou que a saúde digital veio para ficar (fonte: Teladoc Health Annual Report 2023).
No Brasil, o Hospital Sírio-Libanês se tornou referência em inovação com seu Núcleo de Inovação e Pesquisa, que desenvolve projetos como robótica cirúrgica e prontuários eletrônicos com blockchain. Em parceria com startups, criou até um “hospital digital” para monitorar pacientes crônicos à distância.
Outro case global tem a ver com o desenvolvimento de vacinas com o auxílio da Inteligência Artificial e a colaboração aberta de dados entre laboratórios — a multinacional chinesa Baidu produziu um imunizante mais estável contra a COVID-19 recentemente.
O agronegócio vive sua revolução 4.0, combinando produtividade com sustentabilidade. No Brasil, por exemplo, 95% dos negócios do segmento afirmam usar ao menos um tipo de solução digital.
No setor de bioinsumos, a Bayer inovou com a Climate FieldView, plataforma que cruza dados climáticos com histórico da fazenda para prever pragas e otimizar irrigação. Em testes no país, inclusive, os produtores de soja podem atestar benefícios como a redução no uso de recursos.
E há muitas outras possibilidades. Por exemplo: a SoftDesign concebeu e desenvolveu um app offline para a Premium Tabacos do Brasil, digitalizando o relacionamento com mais de 4 mil produtores rurais.
Integrado à AWS e aos sistemas fabris, o aplicativo substituiu planilhas e papeis, permitindo cadastro de lavouras, liberação de pedidos e crédito em uma única visita.
O resultado: eliminação completa de processos manuais, 75% menos tempo para aprovação de crédito, contratos assinados digitalmente e ganho de previsibilidade sobre áreas plantadas e volume de safra.
A indústria global está passando por mais uma grande revolução. A Siemens, por exemplo, criou fábricas “fantasmas” em Amberg (Alemanha) há alguns anos, e surpreendeu o mundo ao afirmar que 75% da produção é automatizada.
No setor automotivo, a Tesla reescreveu as regras com sua Gigafactory em Nevada. Ao integrar robótica, IA e energia renovável, a fábrica produz baterias mais baratas que a concorrência, e essa é uma peça-chave para veículos elétricos acessíveis.
Um outro case interessante é o da Spring Point, de Portland (EUA), que precisava levar seu verificador de qualidade QM Wizard para o campo, onde nem sempre há internet.
Em três meses, um squad dedicado da SoftDesign concebeu e entregou o QM Wizard App offline-first: dados são salvos em SQLite no dispositivo e sincronizados via API quando a conexão retorna.
O aplicativo, já usado nos EUA, Canadá, México e Caribe, tornou as inspeções mais rápidas e intuitivas. Para o CEO Troy Locke, a parceria elevou a qualidade além do escopo e prepara novos produtos para escalar o portfólio ERP global da companhia.
Mesmo nas empresas mais visionárias, é comum encontrar resistências que podem paralisar mudanças antes mesmo de começarem. Entenda quais são os quatro principais desafios que os líderes enfrentam nessa jornada.
O maior desafio (e a maior oportunidade) está nas pessoas. Quando propostas inovadoras surgem, é comum ouvir frases como “aqui sempre fizemos assim” ou “isso não se aplica ao nosso negócio”. Só que esse comportamento surge — principalmente — do medo do desconhecido e da zona de conforto criada por processos estabelecidos.
O exemplo a seguir, inclusive, é recorrente: a resistência inicial à automação de relatórios vai aos poucos sendo diluída quando o tempo economizado e a eficiência se mostram evidentes.
A lição é clara: para vencer resistências, mostre resultados concretos em pequena escala antes de escalar.
Muitas empresas cometem o erro de tratar inovação como um projeto secundário — algo a ser feito “quando sobrar tempo”. O resultado? Ideias promissoras morrem antes mesmo de serem testadas, sufocadas por demandas operacionais.
Imagine uma equipe que tenta desenvolver um novo produto digital enquanto precisa cumprir metas rotineiras de vendas. Sem tempo, orçamento ou métricas específicas para inovação, o projeto avança a passos lentos até ser abandonado.
A solução? Criar um ambiente protegido, com recursos exclusivos e metas adaptadas ao ritmo da experimentação.
Leia também:
Processos complexos e hierarquias rígidas são inimigos da agilidade. Em algumas organizações, uma simples alteração no fluxo de trabalho pode exigir meses de aprovações, enquanto o mercado evolui rapidamente.
Um caso clássico: quase um ano para validar um novo sistema de atendimento ao cliente, enquanto os concorrentes implementam soluções similares em semanas.
O que fazer, então? Reduzir a burocracia é o primeiro passo, enquanto a criação de um comitê ágil com poder de decisão é a abordagem seguinte.
Vale a reflexão: se o processo é mais lento do que o mercado, ele precisa ser repensado.
Em culturas que punem os erros, a inovação se torna um desejo muito distante da realidade. Colaboradores aprendem rapidamente que “quem não arrisca não sai prejudicado” e as ideias mais ousadas ficam engavetadas.
Só quando a liderança começar a valorizar os aprendizados extraídos das falhas — e não apenas os sucessos — que um time irá experimentar “sem medo”. Afinal, inovar exige segurança para errar e capacidade de transformar tropeços em melhorias.
Transformar sua organização em um ecossistema de inovação requer:
E o que você pode fazer, agora, para semear a cultura de inovação na sua empresa? A jornada é complexa, mas não precisa ser solitária. A SoftDesign tem a solução personalizada para as suas necessidades e objetivos. Preencha o formulário e entenda como podemos inovar juntos.
Faça um diagnóstico aprofundado e conte com a gente para ajudar a implementar as melhorias que vão te levar para um próximo nível.
Busca mais respostas para implementar a cultura de inovação na sua empresa? Confira as questões mais comuns sobre o assunto!
É um ambiente organizacional que valoriza criatividade, experimentação e aprendizado contínuo, onde colaboradores são incentivados a desafiar o status quo e propor soluções disruptivas.
Liderança deve dar o exemplo, destinar recursos específicos e criar espaços seguros para teste de ideias, celebrando tanto sucessos quanto aprendizados com falhas.
Incremental (melhorias contínuas), Radical (mudanças disruptivas), de Processo (otimização interna) e de Modelo de Negócios (nova forma de gerar valor).
Comece com pequenos pilotos, estabeleça métricas claras, reduza a burocracia e integre inovação ao DNA da empresa por meio de treinamentos e reconhecimento