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Terceirização de TI: desenvolver software com time próprio ou externo? 

Por 05/12/2023 26/04/2024 7 minutos

2023 foi um ano marcado pelo renascimento da Inteligência Artificial (AI). Com um cenário global turbulento, repleto de incertezas socioeconômicas, investir em tecnologia tornou-se a estratégia empresarial mais assertiva e eficiente para buscar vantagem competitiva e evoluir produtos digitais. De acordo com um estudo recente da Gartner, até 2026 a IA Generativa irá alterar 70% do design e do esforço de desenvolvimento de novos aplicativos.

Neste contexto, é bem provável que sua empresa esteja se questionando sobre como criar um planejamento adequado para superar os desafios tecnológicos de 2024. Afinal, mais do que nunca, os líderes precisam apostar em investimentos seguros para gerar valor de forma sustentável. Sendo assim, compreender quais são as vantagens da terceirização de TI pode ser um fator crucial para tomar a melhor decisão e impulsionar os negócios.

Software: Fazer ou Terceirizar?

Quando lideranças se questionam se devem desenvolver software com um time interno ou com um parceiro terceirizado, existem questões muito estratégicas que todos os stakeholders envolvidos nesse processo decisório devem ter em consideração. Afinal, a terceirização de TI não é algo simples, pois inclui além de muitas opções, modelos de trabalho, métodos, cultura e os mais variados tipos de negócio.

Para Osmar A. M. Pedrozo, CEO da SoftDesign, devemos desenvolver produtos digitais com uma equipe própria de tecnologia quando estamos criando uma solução digital realmente nova, ou seja, uma inovação radical que irá resultar na criação de mercados e negócios. Por exemplo, quando desenvolvemos novas tecnologias com aplicação de IA, é comum fazer isso internamente, até porque esse é o núcleo do negócio e faz total sentido dominar esse processo de ponta a ponta.

Nesse caso, embora seja possível terceirizar, especialistas da área não consideram que essa seja a melhor opção. Além disso, talvez a empresa de TI parceira sequer exista, pelo simples fato de a tecnologia ser disruptiva e estar em construção. Portanto, esse modelo é centrado nos recursos financeiros e humanos da própria organização, e em fazer e deter todo o conhecimento.

Outra opção é a terceirização de TI, que se resume a buscar um parceiro externo experiente, que ficará encarregado por montar um time de desenvolvimento de software para desenvolver o produto digital em questão. Lembre-se que um time de produto é composto por vários perfis como Product Managers, Desenvolvedores, UX/UI Designers, QAs e DevOps. Ou seja, é uma combinação robusta de áreas distintas que se complementam. 

Por fim, na terceirização de TI ainda existe a opção Outsourcing, que consiste em contratar horas de um Desenvolvedor ou Designer, por exemplo, para que esses profissionais transfiram a sua expertise para o processo de desenvolvimento da solução digital.

Terceirizar ou Não Terceirizar, Eis a Questão

De acordo com Pedrozo, ter uma equipe interna de tecnologia ou terceirizar o time de desenvolvimento de software são as duas melhores opções. Entretanto, em alguns casos, o serviço de Outsourcing também pode entregar valor. “Eu tenho uma opinião muito clara sobre a complexidade que envolve a criação de produtos digitais, e o quanto precisamos trabalhar como times missionários. Ou seja, squads que estão realmente conectadas com o objetivo de negócio e com o produto”.

Os times missionários normalmente possuem uma atuação de longo prazo. Esses profissionais de alta performance atuam como se fossem parte da sua organização. Por isso, fazem entregas mais eficientes ao longo da jornada de inovação, que vai desde a ideação até o lançamento do produto no mercado.

Osmar defende que o desenvolvimento de software é um processo vivo e contínuo. Logo, essa relação entre as empresas parceiras não deveria ser transacional. “Se começamos um projeto apenas para efetuar uma transação, é importante compreender que depois que a tarefa for cumprida, a colaboração se encerrará sem maiores envolvimentos. No entanto, dessa forma, não é possível se conectar com as reais necessidades de operação de um determinado produto, pois não há tempo suficiente para entender o usuário e suas dores”.

Em síntese, raramente as empresas criam tecnologia. Na maioria dos casos, você irá contratar um parceiro de TI para fazer recombinação tecnológica, ou seja, reunir linguagem e regras de negócio para criar um produto. Logo, questione-se: sua tecnologia é nova ou é uma recombinação tecnológica de uma linguagem já existente? A resposta para essa pergunta irá nortear a sua estratégia de desenvolvimento de software.

Desafios e Oportunidades na Terceirização de TI

Sabemos que a tecnologia não pode ser o maior risco do seu negócio. Isso significa que desenvolver ou aprimorar um produto digital, seja um aplicativo, plataforma ou sistema, está associado ao modelo de negócios e à adesão do público-alvo ao produto que será lançado.

Desta forma, um dos principais benefícios de optar pela terceirização de TI é justamente trabalhar com parceiros experientes e preparados para liderar o desenvolvimento de software. “É claro que o talento individual somando ao coletivo é importante, mas se ao criar uma empresa contratamos profissionais que nunca jogaram juntos, levará mais tempo para fazer um bom produto digital. Esse é um detalhe crucial que, às vezes, os empresários não consideram na hora de tomar decisões”, ressalta o CEO da SoftDesign. 

Além disso, a gestão de empresas envolve Pessoas, Processos e Produtos, e fazer isso com o apoio de um parceiro é muito mais rápido. Lembre-se que tempo é um fator crucial no lançamento de novos produtos. Afinal, ainda precisamos ir ao mercado para capturar valor por meio de MVPs.  

Na SoftDesign, já passamos por diversas ondas de diferentes tecnologias e sabemos o que fazer e o que não fazer, visto que também já aprendemos com inúmeros projetos ao longo dessa jornada. É justamente por isso que acreditamos que a terceirização de TI, em muitos casos, torna-se um atalho para o cliente final, que pode investir mais tempo na estratégia do negócio, enquanto nós cuidamos da gestão do time e do produto.  

Terceirização Sem Fronteiras 

Desenvolvimento de software é sobre confiança e maturidade, seja na construção de parcerias nacionais ou internacionais. Inclusive, atualmente, é cada vez mais notório o reconhecimento que clientes estrangeiros depositam em empresas de TI brasileiras. “As organizações internacionais reconhecem que a nossa maturidade é altíssima. Logo, falamos a mesma língua. Eu diria que, globalmente, muitos desafios são parecidos e já há uma parcela significativa do mercado que percebe que o serviço prestado no Brasil faz diferença, quando comparado a outros offshores”, destaca Pedrozo.

Para fortalecer essa relação, investir em educação e gestão de conhecimento dos times de tecnologia é uma estratégia imprescindível. Além disso, na Era Digital tudo muda o tempo todo. Portanto, a formação de pessoas e a busca por conhecimento contínuo são ações prioritárias. Na SoftDesign, por exemplo, temos uma série de ações internas para promover o compartilhamento de conhecimento técnico entre nossas pessoas colaboradoras. 

Sabemos que o senso crítico e a atuação em times missionários são vantagens das squads brasileiras. Além disso, nosso custo operacional e entrega também são vantajosos para o mercado americano, por exemplo. “Percebo que sempre buscamos argumentar com os clientes internacionais sobre a entrega de valor, e eles não se sentem confrontados. Afinal, esse é um público que está mais habituado com um parceiro de terceirização de TI. Ou seja, são empresas mais práticas, que decidem sem dificuldades o que é melhor para o seu negócio: desenvolver software interna ou externamente”, conclui Osmar A. M. Pedrozo. 

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Pâmela Seyffert

Marketing & Communication na SoftDesign, Jornalista (UCPEL) com especialização em Gestão Empresarial (UNISINOS) e mestrado em Comunicação Estratégica (UNL). Especialista em comunicação e criação de conteúdo.

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