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Prova de Conceito: o que é, exemplos e diferenças para MVP

Por 25/08/2025 25/08/2025 14 minutos

Você deve testar a viabilidade técnica de qualquer produto digital antes de desenvolvê-lo e, nesse contexto, a prova de conceito é uma grande aliada porque, justamente, valida se a tecnologia idealizada é capaz de resolver o problema proposto.

Com o uso de Inteligência Artificial (IA), inclusive, o processo ganha volume e agilidade porque é possível automatizar tarefas, testar hipóteses técnicas variadas com rapidez e gerar ciclos curtos sem comprometer a segurança ou qualidade do projeto.

Na SoftDesign, acreditamos que a experimentação com IA é o presente e o futuro da viabilidade de uma ideia — com dados concretos, menos custo e controle de risco. 

E o fazemos com maturidade de processo e segurança da informação, sempre com o acompanhamento de especialistas em tecnologia e produtos digitais.

Entenda  para que serve uma prova de conceito em produtos digitais e a importância do tema para seus futuros protótipos.

O que é uma prova de conceito (PoC)?

A prova de conceito (também conhecida como PoC ou proof of concept) é uma prática metodológica utilizada para testar a viabilidade técnica de uma solução antes de seu desenvolvimento completo. 

Ela serve como um experimento controlado que responde a uma pergunta: “Essa ideia pode ser implementada com sucesso usando os recursos e tecnologias propostos?”.

Diferentemente de um protótipo ou de um produto mínimo viável (MVP), a PoC não tem o objetivo de entregar valor de negócio imediato ao usuário final. Seu foco está na validação técnica, especialmente em áreas como engenharia de software, arquitetura de sistemas, integrações complexas e uso de tecnologias como:

Isso influencia fortemente a concepção de um produto digital: com a PoC, suas equipes de produto e tecnologia testam funcionalidades, comprovam o funcionamento de integrações com sistemas legados e verificam a performance do modelo de IA antes de fazer investimentos em desenvolvimento.

Aplicamos exatamente isso na SoftDesign. Temos uma abordagem chamada AI Augmented, que utiliza agentes de IA para acelerar todo o Ciclo de Vida do Desenvolvimento de Software (SDLC), inclusive prototipação e experimentação técnica. 

Isso significa que conseguimos testar diferentes soluções, eliminar gargalos e tomar decisões baseadas em dados concretos em muito menos tempo. 

Gráfico destacando o aumento de produtividade impulsionada por IA, com destaque para o conceito de AI Augmented.

Etapas essenciais da prova de conceito

Esse processo é estruturado em quatro etapas principais:

  1. Planejar: definição da hipótese a ser validada, objetivos técnicos, critérios de sucesso e recursos disponíveis;
  2. Experimentar: desenvolvimento da solução em pequena escala (com apoio de protótipos e agentes de IA), testes controlados e coleta de dados técnicos;
  3. Aprender: análise dos resultados obtidos, comparação com os critérios definidos e identificação de lições aprendidas;
  4. Decidir: com base nas evidências coletadas, decidir se a solução é tecnicamente viável, se precisa de ajustes ou se deve ser descartada.

Benefícios estratégicos da PoC

Com o apoio de agentes de IA, é possível experimentar diferentes caminhos em ciclos curtos e produtivos, com feedbacks quase imediatos.

Além disso, aplicar a prova de conceito com um recorte controlado de usuários permite avaliar se a tecnologia proposta funciona bem em um ambiente real a partir da coleta de dados de uso, performance e estabilidade.

Isso é muito relevante, por exemplo, para soluções complexas ou que tenham integração com sistemas preexistentes.

Vimos, também, que a PoC reduz incertezas porque identifica limitações, problemas de escalabilidade ou falhas de integração — e minimiza, inclusive, os riscos de investimentos prematuros ou escolhas equivocadas de arquitetura e stack tecnológico.

Consequentemente, o time de produto consegue engajar os stakeholders com clareza, o que facilita o alinhamento estratégico, aumenta a transparência e gera confiança entre todas as partes envolvidas.

Por fim, a prova de conceito permite antecipar falhas técnicas que poderiam comprometer a entrega final. Isso inclui:

  • Bugs em funcionalidades críticas;
  • Gargalos de desempenho;
  • Ausência ou desorganização de dados necessários;
  • Falhas de segurança;
  • Problemas na escolha de frameworks e serviços de terceiros.

Aplicações de prova de conceito

O principal papel da prova de conceito é reduzir incertezas técnicas em projetos que envolvem inovação, novas tecnologias ou integrações complexas. Por isso, atua como uma etapa de experimentação estratégica, que permite validar ideias em ambientes controlados antes de seguir para etapas de investimento ou escala.

Conheça alguns exemplos de uso comum:

  • Incorporação de novas tecnologias: por exemplo, testar o uso de machine learning para prever demanda ou comportamento de usuários;
  • Validação de integrações complexas: como a interoperabilidade entre sistemas legados e APIs modernas;
  • Testes de escalabilidade e performance: especialmente relevante em produtos que exigem alta carga de processamento ou acesso simultâneo;
  • Provas de conceito em software com foco em segurança cibernética ou conformidade regulatória, como em fintechs ou healthtechs.

Cases de sucesso

Fizemos um trabalho para dar escala à seleção de profissionais terceiros do Sicredi, com algoritmos que indicam os melhores perfis para vagas e LLMs que fazem descrições e triagens automaticamente.

Aqui, as PoCs validaram a capacidade do modelo de IA de operar com os dados existentes, além de confirmar o ganho de produtividade. Resultado: 

  • Redução do esforço na abertura e triagem de vagas; 
  • Melhor aderência entre o perfil dos contratados e as necessidades da vaga; 
  • Expectativa de redução do turnover e dos custos com substituições; 
  • Mais transparência e agilidade na tomada de decisão, com base em dados.

Após a validação das soluções com as provas de conceito, os agentes de IA foram para produção em escala, acelerando os processos de contratação de profissionais terceiros na cooperativa.

Com a Miotec, cocriamos o Mioflux, equipamento conectado ao sensor de eletromiografia da empresa para medir tempo até a primeira gota, volume e fluxo urinário e apoiar fisioterapeutas pélvicos. 

Atuamos da Concepção ao software: 

  • Pesquisa com profissionais de saúde; 
  • Definição de personas e jornadas;
  • Priorização de requisitos e planejamento do MVP; 
  • Protótipos de interface e estratégia de releases. 

Enquanto a Miotec desenvolvia o hardware, implementamos o software multiplataforma com Electron, React e D3.js, banco NeDB e um protocolo de comunicação para alta performance entre dispositivo e sistema. 

Resultado: um produto clínico que apresenta dados claros e biofeedback visual para orientar contração/relaxamento do assoalho pélvico, já utilizado por centenas de fisioterapeutas e em evolução contínua, com a próxima etapa voltada a uso domiciliar via aplicativo.

Fatores de sucesso em uma PoC

Agora, faça um teste e avalie alguns sinais para certificar-se de que uma PoC é necessária no seu projeto:

  • Dependência de tecnologias ainda pouco utilizadas pela equipe;
  • Necessidade de validação de desempenho ou escalabilidade;
  • Riscos técnicos elevados ou desconhecidos;
  • Pressão para justificar investimentos com dados concretos.

Na SoftDesign, aprendemos mais sobre o produto a cada ciclo. E, com PoCs criadas por IA, você poderá testar com velocidade e baixo investimento. Mas é importante analisar a situação de maneira ampla e, para isso, recomendamos que o projeto seja conduzido com auxílio de especialistas. Isso por que é necessário:

  1. Alinhamento estratégico: a PoC deve estar conectada a objetivos claros do negócio. Sem propósito estratégico, ela vira um exercício técnico sem valor;
  2. Dados disponíveis e adequados: para que a validação técnica seja confiável, os dados utilizados precisam representar com fidelidade a realidade do produto;
  3. Time preparado e multidisciplinar: além de desenvolvedores, uma PoC eficiente exige participação de designers, analistas de dados, especialistas em negócio e, cada vez mais, profissionais de segurança;
  4. Ciclos rápidos de aprendizagem com IA: com agentes de IA, é possível acelerar a experimentação e testar diversas hipóteses com meor investimento inicial.

Do contrário, se a sua equipe iniciar uma prova de conceito sem clareza sobre seus objetivos, sem patrocínio executivo ou sem o parceiro tecnológico certo, você construirá PoCs que não estão prontas para escalar, gerando consequências como:

  • Desperdício de recursos;
  • Expectativas desalinhadas;
  • Resultados inconclusivos;
  • Tomada de decisão baseada em dados frágeis.

Elimine os riscos dos seus projetos. Para isso, tenha um parceiro confiável como a SoftDesign, cujo serviço completo de Experimentação com IA tem processos maduros e acompanhamento especializado, garantindo que sua PoC tenha propósito, governança e impacto real.

Guia prático para implementar provas de conceito

Embora seja uma etapa ágil, a PoC não pode ser improvisada. Especialmente, quando integrada a uma estratégia maior de desenvolvimento de produtos digitais.

Quer fazer o seu próprio teste? Conheça um passo a passo estruturado para entender como fazer uma prova de conceito.

  1. Defina a hipótese técnica a ser validada

    Toda PoC parte de uma pergunta clara. Por exemplo: “Nosso sistema atual suporta integração via API com o ERP escolhido?”, ou “Este modelo de IA consegue gerar recomendações com acurácia superior a 80%?”.
    Evite começar com perguntas vagas. O escopo da PoC precisa ser específico, mensurável e viável em curto prazo.

  2. Planeje o experimento

    Estabeleça:
    Quais tecnologias serão testadas;
    Quais recursos serão utilizados;
    Quais critérios definirão o sucesso da PoC (ex: tempo de resposta, acurácia, estabilidade);
    Quais stakeholders serão envolvidos.

  3. Construa o artefato mínimo necessário

    Aqui entra o desenvolvimento técnico da PoC. Pode ser:
    > Um serviço backend funcional com lógica parcial;
    > Um modelo de IA treinado com base de dados limitada;
    > Um protótipo interativo validando funcionalidades críticas.

  4. Execute os testes e colete dados

    A PoC deve ser testada em ambiente controlado, preferencialmente próximo da realidade de uso. Colete dados de forma recorrente e, se possível, em tempo real, para que a análise posterior seja confiável.

  5. Aprenda e documente

    Analise os resultados, compare com os critérios definidos e documente os aprendizados, mesmo que a PoC indique inviabilidade. Esse conhecimento é valioso para futuras decisões.

  6. Decida os próximos passos

    Com base nas evidências, você poderá:
    > Avançar para MVP ou desenvolvimento completo;
    > Fazer ajustes técnicos e repetir a PoC;
    > Encerrar a iniciativa por inviabilidade da solução testada.

Como validar uma PoC: critérios de sucesso

Uma PoC bem-sucedida responde “sim” a critérios como:

  • A tecnologia funcionou conforme esperado?
  • Os testes indicaram desempenho suficiente?
  • A solução é escalável?
  • O custo estimado está dentro do orçamento?
  • Há riscos de segurança ou de manutenção?

Esses critérios devem estar alinhados com os objetivos estratégicos definidos no início.

Prova de valor: medindo o impacto da PoC

Além da validação técnica, é possível conduzir uma prova de valor, que busca medir o benefício potencial da tecnologia para o negócio. Isso pode incluir:

  • Redução de custos operacionais;
  • Otimização de tempo de equipe;
  • Melhora na experiência do usuário;
  • Redução de falhas e retrabalho.

Na SoftDesign, combinamos provas de conceito com provas de valor, sempre com foco em resultados mensuráveis e aprendizado contínuo. Afinal, validar é mais do que testar: é aprender, decidir e evoluir.

O papel do protótipo na PoC

Um protótipo funcional pode ser usado como ferramenta dentro da prova de conceito para tangibilizar a solução. 

No entanto, diferentemente de protótipos puramente visuais ou de baixa fidelidade, a PoC exige funcionalidade real, mesmo que limitada, pois seu objetivo é verificar o comportamento da tecnologia em condições reais de operação.

Com o uso de ferramentas de IA e vibe coding, conseguimos acelerar a prototipação, inclusive com geração assistida de código, testes automatizados e criação de simulações.

Leia também:

PoC vs. MVP: qual é a diferença?

Embora ambos os conceitos estejam relacionados à validação de ideias, prova de conceito e MVP têm objetivos distintos:

AspectoProva de Conceito (PoC)MVP (Produto Mínimo Viável)
Foco principalViabilidade técnicaViabilidade de mercado
Público-alvoEquipe técnica e stakeholders internosUsuários finais reais
EntregávelFuncionalidade limitada, com foco em tecnologiaProduto funcional enxuto com valor para o usuário
ObjetivoTestar se é possível construirTestar se o produto resolve um problema real
DuraçãoCurta (dias a semanas)Média (semanas a meses)
Tomada de decisãoTécnica (seguir ou pivotar a solução)Estratégica (investir ou ajustar proposta de valor)

Enquanto a PoC busca responder “isso é tecnicamente possível?”, o MVP responde “isso gera valor para o usuário?”.

Em muitos casos, a PoC é uma etapa prévia ao MVP e, com o uso de IA, ela pode ser concluída em questão de horas, o que acelera o roadmap de desenvolvimento.

Prova de conceito reduz riscos e acelera decisões

A prova de conceito faz parte de um processo de desenvolvimento de produtos digitais com foco em inovação, solidez técnica e diferenciação competitiva.

Ao validar uma ideia de forma rápida e controlada, a PoC permite que equipes tomem decisões com base em evidências. Isso reduz riscos, evita desperdícios e gera confiança entre stakeholders.

Com o apoio de Inteligência Artificial, é possível testar hipóteses rapidamente, detectar falhas precocemente e ajustar rotas com segurança. Em vez de apostar em planos incertos, você aprende rápido e evolui com base em dados concretos.

Na SoftDesign, oferecemos uma abordagem completa de experimentação com IA aplicada, com processos maduros, segurança da informação e especialistas dedicados a viabilizar ideias com assertividade e controle.

Se a sua empresa busca inovação com base sólida e visão estratégica, fale com nossos especialistas e descubra como podemos construir juntos a prova de conceito do seu próximo produto digital.

Conte com nossos especialistas!

Faça um diagnóstico aprofundado e conte com a gente para ajudar a implementar as melhorias que vão te levar para um próximo nível.

Perguntas frequentes sobre prova de conceito

Tire todas as suas dúvidas sobre a prova de conceito a seguir.

O que é uma prova de conceito (PoC) e qual sua função em produtos digitais?

A prova de conceito é um experimento técnico conduzido em ambiente controlado para validar a viabilidade de uma ideia tecnológica. Em produtos digitais, ela permite verificar se determinada funcionalidade, integração ou arquitetura pode ser implementada com sucesso, antes de avançar para o desenvolvimento completo.

Qual a diferença entre PoC e MVP no desenvolvimento de software?

A PoC foca na viabilidade técnica, enquanto o MVP testa a viabilidade de mercado. A prova de conceito responde se a tecnologia funciona; o MVP responde se o produto resolve um problema real para o usuário. 

Quais são os principais benefícios estratégicos de realizar uma PoC com apoio de IA?

Com IA aplicada, a prova de conceito ganha agilidade, profundidade e eficiência. É possível criar vários protótipos em horas, gerando aprendizados com menor investimento. Além disso, a IA ajuda a detectar padrões, prever falhas e eliminar ideias inviáveis mais cedo no processo.

Quando é o momento certo para fazer uma PoC e o que garante seu sucesso?

O momento ideal é quando existe uma ideia promissora, mas ainda incerta em termos técnicos — como uso de novas tecnologias, integrações complexas ou modelos de IA. Para garantir o sucesso, é essencial definir uma hipótese clara, contar com dados confiáveis, envolver um time multidisciplinar e ter apoio de stakeholders.

Foto do autor

Ângela Rosa

Brand Communications and Strategy na SoftDesign. Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo (PUCRS), com MBA em Marketing Digital e Novas Mídias (ESPM-RS). Fala sobre Branding, Estratégia de Conteúdo e Marketing B2B.

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