Um aplicativo para controle de gastos
Por meio da Eu Doutor, dentistas poderão adquirir produtos, insumos e equipamentos com diversos fornecedores. O aplicativo oferecerá comparação de preços e, a partir do primeiro uso, os dados de compra ficarão centralizados e a informação será disponibilizada para auxiliar em futuras decisões. “Com o histórico de compras, nós conseguimos predizer quais produtos estão mais caros, qual o melhor momento para a compra, quais insumos irão acabar, quais podem ser comprados em grande quantidade sem risco de vencimento, etc. Dessa forma, estamos contribuindo para economizar onde é possível e, assim, permitir que os dentistas possam investir até mesmo em produtos superiores e diretamente relacionados ao bem-estar do paciente”, explicou Renan. O aplicativo torna visível a importância de controlar gastos em uma área que aumenta a cada ano no Brasil. De 2010 a 2018, o número de dentistas ativos no país cresceu 42,27% e, em 2020, somavam 331.502 profissionais (dados do Conselho Federal de Odontologia). Isso demonstra a relevância do produto digital pensado para solucionar a dor de um nicho específico.Como tudo começou
Os profissionais de saúde, de uma forma geral, possuem um conhecimento muito específico na sua área de atuação, relacionada efetivamente ao cuidado com as pessoas; mas não dispõem de expertise em gestão de negócios. No caso dos dentistas, isso significa que a maioria tem uma visão global dos gastos do consultório, porém não consegue se aprofundar no controle de questões administrativas ou contábeis – até porque, a prioridade é dedicar-se ao atendimento dos clientes. Para prestar seu serviço, tais profissionais possuem necessidades de compra diversas: existem equipamentos que serão utilizados por um tempo maior e, por consequência, sua compra será esporádica; e existem produtos de uso frequente, que precisarão ser adquiridos mensalmente. Esses últimos, justamente, possuem uma grande variação de preços, e podem representar maior ou menor gasto para o negócio. De acordo com Renan: “A Eu Doutor surgiu a partir do momento em que eu percebi que fazer a comparação de preços entre diferentes distribuidores resultou em uma importante economia. Acompanhei durante um ano duas clínicas, e os dados nos mostraram a redução de 18% nos gastos totais. Então ali eu percebi que havia uma dor, e uma oportunidade de trazer uma tecnologia mais acessível para deixar esse processo de gestão de compras automático, fluido”.É hora de acelerar
Com a ideia em mãos, a startup Eu Doutor participou de Programas de Aceleração no SEBRAE e no TECNOPUC. Essa experiência possibilitou testes de mercado No-Code para avaliar se a oportunidade realmente existia e se as hipóteses levantadas faziam sentido na prática.“Nós tivemos alguns MVPs de sucesso, testando produtos com o menor esforço possível. Por exemplo: usamos um aplicativo de comunicação por mensagens, por meio do qual nos reuníamos com grupos de dentistas para comprar listas de produtos. Nesse processo, testamos o interesse de profissionais de saúde em adquirir em conjunto um volume maior, para economizar e entregar ao distribuidor uma oferta de faturamento mais alta. A ideia deu certo, só que dessa forma não havia controle de cadastros de profissionais, de meios de pagamento, etc”, comentou Renan.Neste momento, o founder e CEO entendeu que precisava de um parceiro de tecnologia para apoiar o projeto e desenvolver o aplicativo. Ele queria um time de profissionais com competências complementares e esse foi um dos motivos que o fez escolher pela SoftDesign. Além disso, destacou: “O que também chamou a minha atenção foi que é quase um processo seletivo para que o produto seja desenvolvido pelo time da SoftDesign, e isso é muito legal. Antes do Desenvolvimento, há a Concepção, onde a ideia é esmiuçada e tudo fica muito claro por meio de uma metodologia adequada e organizada”.
Por que a Concepção?
No primeiro contato conosco, Renan estava decidido a iniciar naquele momento o Desenvolvimento do Software. Entretanto, conversando com o time da SoftDesign, o dentista percebeu que era preciso definir e detalhar características do produto antes de construí-lo. Questões como, por exemplo, como seria a segurança do aplicativo, quais bancos de dados seriam utilizados e quais as tecnologias mais adequadas para o produto precisavam ser respondidas. “Foi muito importante realizar a Concepção para que o time de desenvolvimento pudesse entender o meu produto; para que a nossa comunicação ficasse clara; e, principalmente, para simplificar e evitar retrabalho na fase de Desenvolvimento. Por meio desse trabalho, me senti mais seguro para tomar as melhores decisões e apresentar meu projeto de uma forma mais clara para os stakeholders” explicou Renan.Pesquisa, Valor e Tecnologia
O time de Concepção da SoftDesign é composto por Product Managers, Product Owners e Designers com grande experiência de mercado e em desenvolvimento de produtos digitais. Durante o trabalho com a Eu Doutor, que durou cinco semanas, foram realizadas as etapas de Ideação, Pesquisa, Proposição de Valor, Jornadas e Protótipos, Definição de Tecnologias e Planejamento do MVP. Dentre essas, duas ganharam destaque: a Pesquisa e a Proposição de Valor. A primeira porque promoveu segurança na tomada de decisão sobre o que desenvolver e como desenvolver; e a segunda porque, por meio da abordagem Árvore de Oportunidades, permitiu a criação de um Modelo de Negócios viável, focado no propósito da startup. Renan ressaltou: “No início do projeto, a gente quer entregar para o cliente uma infinidade de soluções. A oportunidade de desenvolver pesquisas com profissionais que já tem essa expertise simplificou o nosso produto, pois estávamos tentando resolver dores que não eram a dor principal do nosso usuário. Além disso, o estudo sobre a Proposição de Valor nos mostrou as soluções possíveis, os pontos positivos e negativos de cada oportunidade, e nos deu segurança para tomar as decisões necessárias com base em dados”. Já nas etapas finais da Concepção, de Definição de Tecnologias e Planejamento do MVP, foram escolhidas as stacks adequadas para o projeto, e houve a definição sobre as prioridades de Desenvolvimento: o backlog do produto foi estruturado e as sprints foram programadas.O futuro da Eu Doutor
Com a Concepção finalizada, a startup é outra. Houve um crescimento corporativo devido às metodologias aprendidas, de Design Thinking e Lean Startup, que continuarão sendo utilizadas. Ainda, o aplicativo será desenvolvido focando-se em comparação de preços e informações que auxiliem os dentistas na tomada de decisão.“Estamos realizando testes de mercado e trabalhando na maturidade da empresa para, em seguida, buscar investimento. Agora que já sabemos o que precisamos desenvolver, como faremos isso e quanto irá custar, é mais fácil atrair sócios-investidores para o projeto. Eu acredito que o produto entre no mercado no final deste ano, início de 2022” salientou Renan.
Conselho para todos
Ao final da nossa conversa, Renan fez questão de pontuar que na criação de um novo negócio, é essencial buscar conhecimento com parceiros que já tenham passado por esse processo e que possam trazer métodos de avaliação. A curva de aprendizado no universo de produtos digitais é muito grande e tentar resolver tudo sozinho é subestimar a importância de áreas como a tecnologia. O founder e CEO da Eu Doutor completou: “Quero incentivar a todos que busquem melhorar suas dores, que não fiquem achando que as coisas serão sempre do mesmo jeito. Se não tomarmos o protagonismo, como iremos fazer um Brasil melhor, nossa vida melhor? Quem vai resolver? Sempre outras pessoas? Quero motivar todos a acreditarem em suas ideias”.Quer ajuda para tirar a sua ideia do papel? Preencha o formulário abaixo que entraremos em contato! Ah, e se você ainda tem dúvida se a Concepção é ideal para o seu negócio, leia o artigo do nosso CEO Osmar A. M. Pedrozo.
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