PT | EN
Publicado dia 3 de setembro de 2020

Dicionário de Produtos Digitais: apps, plataformas e sistemas

| Tempo de leitura 5 minutos Tempo de leitura 5 minutos
Dicionário de Produtos Digitais: apps, plataformas e sistemas

Produtos digitais são materiais produzidos em formato digital e distribuídos online. Seu principal objetivo é agregar conteúdo de valor ao usuário que o consome, seja esse composto por conhecimento, entretenimento, ou até seja, em si, a solução para algum problema.

Isso significa que e-books, vídeos, podcasts, sites e cursos online, por exemplo, são produtos digitais; assim como aplicativos, plataformas e sistemas – apesar da diferença de estrutura e complexidade entre eles. Na SoftDesign, trabalhamos com desenvolvimento de software, que é a base dos últimos três que citamos aqui e, por isso, vamos esclarecer seus conceitos neste SoftDictionary.

Mas antes, vale lembrar que negócio digital não é sinônimo de produto digital. Um negócio digital é aquele que funciona principalmente no ambiente online – muitas vezes, sendo exclusivo desse espaço. Assim, um negócio digital precisa de produtos digitais para existir, pois esses últimos vão substituir as experiências físicas. O Nubank, por exemplo, é um negócio digital, pois foi criado totalmente para o ambiente online – ele não possui agências físicas como outros bancos.

Aplicativos

Um app é um programa de computador concebido para processar dados eletronicamente, com o intuito de resolver problemas e facilitar a execução de tarefas pelos usuários. Ele é construído com linguagens de programação e específico para celulares, podendo ser utilizado nos sistemas operacionais Android (Google) e/ou iOS (Apple).

A linguagem de programação que será utilizada para desenvolver o aplicativo definirá com quais aparelhos ele será compatível. Java e Kotlin são tecnologias para Android, por exemplo; Objective C e Swift são específicas de iOS; e React Native, Flutter e Ionic são tecnologias híbridas, que possibilitam o uso do app em ambos os sistemas operacionais.

A escolha da linguagem ideal considera o problema que o app resolve, quem serão seus usuários, qual sua previsão de crescimento (escalabilidade), se é preciso que seja compatível com outras linguagens, etc. É interessante também compreender que a maior parte dos aplicativos não funciona sozinho. Ele precisa ser acompanhado de um Sistema Servidor (também chamado de back-end), que é responsável pelas regras de negócio e armazenamento de dados.

Um exemplo de aplicativo é o WhatsApp. Nele, as mensagens enviadas entre um usuário e outro não navegam diretamente do celular do remetente para o do destinatário, elas são enviadas para um servidor que então entrega a mensagem para os usuários. Ou seja, os dados que você tem nos aplicativos do seu celular, provavelmente estão armazenados também no cloud, onde fica o back-end dos aplicativos que você usa.

aplicativos

Sistemas

Um sistema é um conjunto de elementos que interagem entre si. É uma rede de componentes interdependentes que trabalham juntos para alcançar um objetivo comum.

No contexto dos produtos digitais, um sistema é um programa que realiza a comunicação entre computadores e usuários. É normal chamarmos de sistemas softwares de CRM, ERP e outros tipos de softwares que apoiam a execução de atividades de gestão ou fluxos de processo organizacionais.

Para a construção de sistemas, muitas tecnologias podem ser utilizadas, além de diferentes tipos de arquiteturas. Por exemplo, hoje há uma grande distinção entre arquiteturas monolíticas (mais rápidas de construir, mas pouco escaláveis) e arquiteturas de microsserviços, onde as partes do software são desacopladas para melhor gestão, escalabilidade e independência. Em uma arquitetura de microsserviços é possível, inclusive, que várias tecnologias convivam, cada uma atuando onde é mais necessário.

sistema

Plataformas

Uma plataforma digital é um ambiente online com variadas funcionalidades e que conecta diversos usuários, promovendo interações de valor. Normalmente ela é a concretização de um modelo de negócio que existe exclusivamente naquele espaço.

A plataforma pode ser considerada um tipo especial de sistema, que recebe esse nome porque o valor maior não está na plataforma, mas nas interações que ela possibilita. O Uber é um exemplo de plataforma digital, visto que serve para conectar pessoas com carros disponíveis (motoristas) a pessoas que precisam ir de um lugar a outro (passageiros). O Moodle também é, pois por meio dele professores e alunos se comunicam e realizam suas tarefas.

Dentro dessa ideia de possibilitar interações, plataformas podem conectar pessoas, mas também podem conectar softwares e hardwares, o que nos leva ao crescimento das APIs (interfaces de conexão direta entre softwares). Assim, uma plataforma geralmente é um ambiente que facilita o acesso a coisas (pessoas, softwares e hardwares) que seriam difíceis de acessar sem ela, também possibilitando a fácil conexão de novos elementos.

No universo das plataformas, usamos as mesmas tecnologias que para os sistemas, mas, como aqui o modelo de negócio geralmente prevê escala, existe a preferência pelas arquiteturas de microsserviços. Além disso, é preciso lembrar que uma plataforma geralmente é composta de muitas partes: aplicativos para os usuários; sistemas web para outros usuários e para back office; sistema back-end para concentrar as regras de negócio e armazenamento; e ainda APIs para facilitar a conexão de novos parceiros ou elementos à plataforma.

plataforma

Tudo é software

Como mencionamos, aplicativos, plataformas e sistemas são produtos digitais que tem como base softwares. Um software é uma sequência de códigos que são escritos para serem recebidos e decifrados pelos computadores e seus componentes, a fim de executar inúmeras tarefas.

Esses produtos digitais têm ganhado cada vez mais atenção das pessoas e empresas, pois são essenciais em estratégias de transformação digital. Afinal, em um mundo cada vez mais conectado, eles são os responsáveis por criar as conexões entre pessoas, softwares e hardwares, automatizar processos, facilitar atividades e resolver problemas.

Foto do autor

Micaela L. Rossetti

Estrategista Digital, especialista em Marketing Digital e Branding. É graduada em Jornalismo (UCS), Mestre em Comunicação Social (PUCRS) e tem MBA em Gestão de Projetos (PUCRS). Especialista em Growth Marketing, Search Engine Marketing, Inbound Marketing e Content Marketing.

Quer saber mais sobre
Design, Estratégia e Tecnologia?