
- Qualidade e Testes
Na SoftDesign, acreditamos que qualidade é muito mais do que testar software: é entender profundamente como o trabalho de qualidade acontece, onde ele impacta, e como pode evoluir com consistência. Por isso, conduzimos uma consultoria interna em Agilidade e Práticas de Desenvolvimento na área de QA Engineering, aplicando uma abordagem de diagnóstico organizacional que hoje faz parte do nosso portfólio de serviços.
O objetivo foi claro: estruturar, evidenciar e melhorar o papel da qualidade, conectando práticas reais a riscos concretos — e propondo melhorias sustentáveis, baseadas em boas práticas de mercado.
A SoftDesign já trabalha com o papel de QA Engineer estruturado desde 2009. Desde lá já temos a figura desse profissional como alguém especializado e focado em testes e qualidade.
Porém, nesse período muitas mudanças no papel aconteceram, como a maior especialização em automação de testes, a inserção num contexto de times ágeis e o surgimento de novas ferramentas e práticas.
Nesse sentido, seguindo uma filosofia de melhoria contínua, de tempos em tempos surge a necessidade de reavaliar a maturidade dos processos para efetuar melhorias.
Percebemos que a área de Quality Assurance operava com alta diversidade de práticas, autonomia entre times e grande volume de entregas. Mas, mesmo com boa performance técnica, surgiam sinais claros de fragilidade:
Era o momento de pausar, escutar, entender e agir.
O processo começou com entrevistas individuais e análise de entregáveis para identificar as macroatividades que realmente compõem o papel de QA na prática. Dessa escuta, emergiram nove macroatividades, das quais, cinco foram consideradas críticas e selecionadas para diagnóstico aprofundado:
Cada atividade foi modelada com base em oito dimensões, permitindo identificar variações, fragilidades e potenciais riscos.
Cada macroatividade foi avaliada quanto à sua contribuição para os riscos mapeados na área. O cruzamento entre trabalho real e exposição revelou insights poderosos:
Macroatividade | Riscos aos quais contribui | Papel | Impacto |
Construção de plano de teste | Planejamento desalinhado, falta de versionamento, ausência de critérios de priorização | Causador / Contribuidor | Alto / Médio |
Execução de testes manuais | Execução sem automação, evidência manual, triagem inconsistente | Causador / Contribuidor | Alto / Médio |
Execução de melhorias de processo | Melhoria não sistematizada, falta de integração com áreas de Produto | Causador / Contribuidor | Alto / Médio |
Criação de scripts de automação | Falta de priorização para automação, controle disperso dos scripts, ausência de evidência automatizada | Contribuidor | Médio |
Levantamento e refinamento de requisitos | Ausência de critérios na priorização, envolvimento inconsistente dos papéis, técnicas informais sem reaproveitamento | Contribuidor | Médio |
Com base nas fragilidades detectadas, cada macroatividade recebeu um plano de melhoria com ações práticas, inspiradas em referências como ISTQB, ITIL, Kanban e Scrum. O resultado foi a projeção realista da redução de risco por ação. A tabela a seguir, demonstra parte deste resultado:
Risco | Probabilidade Antes | Probabilidade Após | Redução | Exemplo de Ação Aplicada |
Planejamento desalinhado com a Sprint | Alto | Baixo | ↓ 66% | Adotar Definition of Ready com plano de teste e ter visualização clara no Board |
Execução sem automação | Alto | Médio | ↓ 33% | Priorizar testes repetitivos e ter critérios bem definidos para decisão de automação |
Falta de controle de versão no plano ou scripts | Médio | Baixo | ↓ 50% | Migrar para campos nas issues do Jira que são versionadas |
Triagem de bugs sem critérios | Médio | Baixo | ↓ 50% | Inserir matriz de impacto × urgência no Jira |
Melhoria contínua informal | Alto | Baixo | ↓ 66% | Ritual quinzenal (Retrospectiva) + uso de Kaizen / PDCA |
Alinhamento fraco entre qualidade e produto | Médio | Baixo | ↓ 50% | Papéis fixos no refinamento e reuniões interdisciplinares |
Além do diagnóstico e das propostas de melhoria, a consultoria entregou:
O processo foi conduzido com escuta, método e foco em resultado — sem sobrecarregar o time, e entregando materiais reutilizáveis e aplicáveis ao dia a dia.
Essa consultoria pode ser aplicada a qualquer área técnica que:
Produto, Engenharia, Suporte, Sustentação — o modelo se adapta a cada realidade e entrega resultados concretos.
Na prática, a Consultoria em Agilidade e Práticas de Desenvolvimento da SoftDesign funciona em três etapas:
Se seu time técnico entrega, mas não é compreendido, ou se você sente os riscos crescendo sem clareza de onde agir, nossa Consultoria em Agilidade e Práticas de Desenvolvimento pode ser o ponto de virada.
Fale com nosso time por meio do formulário abaixo. Juntos, iremos ajudar a transformar o conhecimento tácito da sua equipe em estrutura, clareza e valor reconhecido.
Faça um diagnóstico aprofundado e conte com a gente para ajudar a implementar as melhorias que vão te levar para um próximo nível.
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