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Inovação em Empresas em Destaque no Case 2022

Por 29/11/2022 08/11/2024 7 minutos

O rompimento da bolha das startups, os lay-offs variados e a crescente crise econômica não foram empecilhos para a realização do maior evento de startups e empreendedorismo da América Latina. A edição 2022 do Case aconteceu nos dias 17 e 18 de novembro, em São Paulo, e nossas pessoas de Produto, Marketing e Vendas estiveram por lá para gerar conexões e adquirir novos conhecimentos. 

Apesar de ser um evento focado em startups, o Case reúne também grandes empresas que buscam inspiração para fomentar a inovação em negócios tradicionais. Afinal, para se manter competitivo em um mercado de fintechs, healthtechs, edtechs, etc., é preciso abrir espaço para a tecnologia e para novos produtos e modelos de trabalho. 

Neste conteúdo, reunimos alguns insights que foram compartilhados por diferentes speakers sobre formas de promover inovação em empresas. Assim, você também pode se atualizar e inspirar. 

Superando Barreiras para Inovar

De acordo com Ricardo Sanfelice, Chief Customer, Data e Innovation Officer, e Roberto Jabali, Executive Diretor do Banco BV, na palestra Abrindo Caminhos nas Corporações, existem três barreiras para a inovação em grandes corporações. 

  1. A barreira cultural, visto que esses negócios são formados por pessoas acostumadas à hierarquia, projetos de escopo fechado e intolerância ao erro, por exemplo, que são diretrizes contrárias a práticas de inovação; 
  1. A barreira dos recursos, pois a inovação possui ciclos de trabalho mais longos e seu retorno não é tão previsível quanto o de projetos tradicionais; 
  1. E a barreira do processo, afinal, mesmo que a Cultura de Inovação esteja presente na empresa, se os processos forem burocráticos e dolorosos, a inovação não acontece. 

No Banco BV, para superar essas barreiras, foi criada uma área de Inovação que está dividida em diferentes frentes: Conexão, Marca e Conhecimento; Inovação Aberta; Núcleo de Inovação em Dados, Tendências e Emerging Techs e Limpa Trilhos. 

Jabali salientou que esse último, o Limpa Trilhos, está entre as mais importantes, porque seu time é responsável por retirar todos os impedimentos, bloqueios e burocracias dos processos tradicionais do banco. Dessa forma, ele torna-se mais ágil e passível de promover inovação – para ser efetivamente competitivo às fintechs. 

Sanfelice, por sua vez, lembrou que as áreas de Inovação existem para começar a transformação nas empresas, mas depois elas devem desaparecer. “Não é bom ter uma área de inovação porque parece que somente aquele núcleo precisa pensar e inovar. Quando a inovação já estiver na mentalidade de todas as pessoas, a necessidade de uma área como essa desaparece”. 

Ricardo Sanfelice e Roberto Jabali, na Plenária do Case 2022. Fonte: SoftDesign. 

Horizontes de Inovação

Outra forma de promover inovação em corporações é por meio de investimentos em novos negócios. Em 2021, as Corporate Venture Capital movimentaram mais de R$620 milhões no Brasil. Isso significa que esse é um mercado em expansão e pode ser uma boa opção para empresas que desejam abrir novos mercados. 

Gabriela Toribio e Rodrigo Gruner, da Wayra e Vivo Ventures, abordaram o tema na palestra Estratégia de Inovação e Venture Capital em Grandes Empresas. A Managing Director e o Innovation Director contaram que, para inovar, a companhia da Telefônica Brasil utiliza uma estratégia baseada em três horizontes de inovação. 

  • O Horizonte 1 tem como foco proteger e evoluir o core atual da empresa. Para isso, a área de Inovação trabalha na disseminação de uma Cultura de Inovação entre as pessoas colaboradoras, fomentando eventos de difusão de conhecimentos, hackathons e a implementação de processos ágeis. 
  • O Horizonte 2 está focado em novos modelos de negócios. A Vivo criou a aceleradora e incubadora Wayra para que novas iniciativas tenham a segurança inicial para se desenvolverem. Por meio dela, são realizados investimentos em startups e scale-ups pertencentes a áreas de interesse da empresa. 
  • O Horizonte 3, por fim, foca-se em novos negócios disruptivos. Participando do ecossistema de inovação com a Wayra, a empresa consegue identificar as ideias mais promissoras por meio de testes e experimentação. Esses negócios são evoluídos e podem acabar tornando-se novos produtos da Vivo. 

Com essa estratégia, a companhia (que antigamente atuava somente no setor de telecomunicações) hoje possui produtos digitais como o Vida V, focado em saúde; o Vivo Anima, para educação corporativa; o Vivo Play, braço de entretenimento; o Casa Inteligente, que fornece serviços domésticos; o Vivo Pay e o Vivo Money, provedores de serviços financeiros; e o Vivo Shopping, marketplace da marca.  

Ainda, atualmente, a Vivo possui outras 26 startups ativas em carteira, que totalizam mais de R$ 2 milhões em investimento. Dessas, 50% geram negócios diretamente para a empresa, enquanto as outras atuam em mercados diversificados. 

Gabriela Toribio e Rodrigo Gruner, na Plenária do Case 2022. Fonte: SoftDesign.

Zona de Desempenho e Zona de Aprendizado

O Horizonte 1 de inovação, citado por Toribio e Gruner, é possível para qualquer empresa que deseja manter-se competitiva. Isso porque ele não se baseia em grandes investimentos ou na criação de novos negócios, mas está focado em promover uma Cultura de Inovação entre as pessoas colaboradoras. 

Mas como fazer isso? De acordo com Isabela Jabor, implementando uma Cultura de Aprendizado. A Founder & CEO da B.Nouns, na palestra Lifelong Learning e Cultura de Inovação, explicou que na maioria das organizações as pessoas estão focadas na Zona de Desempenho, que é o local onde todos produzem e geram resultados. Mas existe também uma Zona de Aprendizado, onde novas habilidades são desenvolvidas, que deveria receber igual dedicação.  

É justamente na transição entre essas duas zonas que a inovação acontece. Isso é o tão famoso lifelong learning: aprender, praticar, aprender novamente, praticar novamente. Porém, não basta aprender qualquer coisa, ou consumir todo o conteúdo disponível na internet: as escolhas em relação ao aprendizado devem ser conscientes. 

Jabor compartilhou que existem quatro pilares do aprendizado ao longo da vida: 

  1. Aprender a conhecer: explorar, reter e se abrir ao novo. 
  1. Aprender a fazer: prática, hábitos, atividades. 
  1. Aprender a conviver: lidar e trocar com o outro, aplicar a aprendizagem social. 
  1. Aprender a ser: autonomia, autoconhecimento para aprender. 

Isso significa que o aprendizado não pode ser passivo. Inovação requer conhecimento aplicável: habilidades, metodologias e ferramentas. É fornecendo esses últimos que uma empresa pode caminhar em direção às culturas de aprendizado e inovação. 

Ao final de sua fala, Jabor ainda completou: “para saber se a sua empresa tem Cultura de Inovação, pergunte as pessoas colaboradoras se elas aprenderam alguma coisa na última semana. Se a resposta for negativa, não há inovação na sua organização”. 

Isabela Jabor, em Palco do Case 2022. Fonte: SoftDesign.

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Nos últimos 25 anos, acompanhamos diversas organizações na busca por inovação. A própria SoftDesign precisou se reinventar ao longo do tempo, e nosso CEO Osmar. A. M. Pedrozo fala um pouco sobre isso nesta entrevista

É devido ao nosso processo de aprendizado, tanto o próprio quanto o que adquirimos ao acompanhar nossos clientes, que hoje somos especialistas na jornada de inovação de startups e empresas, da ideia ao resultado.  

Por meio dos pilares de design, estratégia e tecnologia, podemos apoiar a evolução do seu negócio com a Concepção, Experimentação e Desenvolvimento de produtos digitais; e também com Consultorias em Agilidade, Arquitetura de Software, Design, Marketing de Produto e Infra & Cloud; além do Outsourcing

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Micaela L. Rossetti

Estrategista Digital, especialista em Marketing Digital e Branding. É graduada em Jornalismo (UCS), Mestre em Comunicação Social (PUCRS) e tem MBA em Gestão de Projetos (PUCRS). Especialista em Growth Marketing, Search Engine Marketing, Inbound Marketing e Content Marketing.

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