
- Inovação
A análise preditiva usa estatística e algoritmos avançados para antecipar cenários futuros, permitindo uma tomada de decisão mais precisa e estratégica.
Com a evolução de tecnologias como Inteligência Artificial, Machine Learning e Big Data, essa abordagem se tornou essencial para empresas que buscam inovação e vantagem competitiva.
Se sua organização deseja otimizar processos, reduzir riscos e impulsionar resultados, entender a análise preditiva é fundamental.
A análise preditiva (predictive analysis) é uma metodologia que utiliza dados históricos para prever eventos futuros. Com base na relação entre variáveis, permite antever tendências, comportamentos de mercado e possíveis riscos.
A partir de uma profunda compreensão do que aconteceu, das causas e das relações entre os fatos, é possível traçar a probabilidade de um cenário vir a se repetir ou de algo novo ocorrer.
Para isso, a análise preditiva combina estatística (como a regressão linear) com computação avançada, como a Inteligência Artificial. O alto volume de dados disponíveis hoje, aliado à capacidade computacional moderna, torna essas previsões cada vez mais precisas e aplicáveis em diversos setores.
Para dar um exemplo prático, podemos citar a previsão de downloads de um app em um determinado mês do ano.
Outro bom exemplo é a previsão de demanda, que avalia o que um cliente vai querer comprar, com base no que já comprou, no que pessoas com comportamentos similares compram e em outros fatores.
O mercado da análise preditiva só cresce, afinal, é um dos recursos mais importantes para a transformação digital das empresas. Estima-se que em 2028 o mercado seja de 41 bilhões de dólares, um crescimento vertiginoso em relação aos 5,29 bilhões de 2020.
Para continuar aprofundando a explicação do conceito, vamos discutir os termos relacionados, como análises descritiva/diagnóstica/prescritiva, Big Data, mineração de dados, entre outros.
Quando falamos em análise de dados, há 4 grandes tipos que se destacam.
A análise descritiva diz respeito a apenas descrever o passado, em detalhes que ajudam na visualização. A análise diagnóstica busca entender as causas que explicam o que ocorreu no passado. Por sua vez, a análise preditiva funciona como uma predição com base nas outras análises. Já a análise prescritiva traça planos de ação para lidar com os cenários futuros.
Como esse post bem didático do Harvard Business School detalha, as análises diferem basicamente, pois buscam responder diferentes questões:
O Big Data refere-se ao imenso volume de dados estruturados e não estruturados gerados diariamente. A mineração de dados (Data Mining) extrai padrões valiosos desse conjunto, limpando e organizando informações para a modelagem preditiva.
O Machine Learning é a base da modelagem preditiva, pois treina algoritmos para reconhecer padrões e antecipar eventos. Pode ser supervisionado (com rótulos definidos) ou não supervisionado (aprendendo autonomamente a partir dos dados).
A análise preditiva traz vários benefícios para as empresas, por isso, é um tipo de abordagem que faz tanto sucesso no mercado e justifica tantos investimentos. Vejamos os principais:
As aplicações da análise preditiva são amplas e diversificadas, abrangendo desde inteligência de negócios (BI) até desenvolvimento de produtos digitais. Vamos conferir:
O processo técnico da análise preditiva envolve etapas como a coleta de dados, limpeza e preparação, criação dos algoritmos, validação dos modelos e interpretação dos resultados.
Veja, a seguir, o detalhamento de cada fase:
Aqui, são reunidos dados transacionais, logs de sistemas, entre outros. Empresas que possuem sistemas integrados, como ERPs, já têm uma boa base para essa etapa.
Nesse sentido, vale lembrar que dados estruturados (bancos SQL) e não estruturados (textos, imagens) devem ser integrados. Para isso, técnicas de ETL (Extract, Transform, Load) e conectores API ajudam a capturar dados de múltiplas origens sem comprometer a escalabilidade do pipeline.
Além disso, o uso de event-driven architectures, usando tecnologias como Apache Kafka, AWS SQS e Azure Service Bus, permite o streaming de dados em tempo real, dando mais dinamicidade e rapidez às previsões.
Remover inconsistências é essencial. Ferramentas como Python e R possuem bibliotecas específicas para isso, como pandas e dplyr. Nesta etapa da análise preditiva, o objetivo é garantir que os dados estejam no mesmo padrão de formatação para facilitar o processamento dos algoritmos.
Mas além de remover inconsistências, você precisará detectar vieses nos dados, que podem levar a previsões enviesadas. Nesse caso, técnicas como imputação de valores ausentes e normalização ajudam a garantir a qualidade da entrada.
Com Machine Learning, algoritmos analisam padrões nos dados históricos para estabelecer causas, relações e associações. Frameworks como TensorFlow e Scikit-learn são amplamente usados.
A escolha do modelo depende do problema. Por exemplo:
O AutoML (como o AutoML do Google) facilita a escolha do melhor algoritmo para um problema específico, acelerando experimentações, mesmo para Desenvolvedores com pouca experiência nesse tipo de modelagem.
Nesta fase da análise preditiva, os modelos são testados para garantir precisão. Métodos como validação cruzada ajudam a evitar o overfitting (quando o modelo se acostuma demais com os dados de treinamento e não consegue prever corretamente dados fora desse conjunto).
Os famosos testes A/B permitem testar modelos em cenários reais antes da implementação definitiva. Explicabilidade é outro fator essencial a considerar e, para isso, frameworks como SHAP (SHapley Additive exPlanations) ajudam a entender como um modelo chegou a determinada previsão, o que facilita auditorias e ajustes.
Por fim, os insights são traduzidos em ações práticas. Dashboards interativos, como os do Power BI, facilitam essa interpretação.
Mas é possível ir muito além dos dashboards. Se fizer a integração direta com sistemas de tomada de decisão via APIs, você consegue automatizar algumas ações com base nas previsões. Por exemplo, modelos preditivos podem alimentar regras de negócio adaptativas, onde o sistema ajusta promoções ou disparos de e-mail com base nas tendências de demanda.
Ao longo dessas etapas, o uso de ferramentas adequadas e uma equipe qualificada são indispensáveis para alcançar resultados precisos e realmente úteis.
Embora os benefícios sejam inegáveis, a análise preditiva apresenta desafios que exigem atenção.
Um dos mais comuns é o custo inicial elevado, uma vez que esse tipo de análise exige infraestrutura robusta e profissionais especializados.
Analisar dados em grande volume, por exemplo, requer grande poder computacional, com GPUs e TPUs à disposição.
Empresas menores podem enfrentar dificuldades para justificar esse investimento. Um ponto positivo é que as soluções em nuvem têm reduzido esse obstáculo.
Outro aspecto a ser considerado é a escassez de profissionais qualificados.
Cientistas de dados são indispensáveis para o sucesso da análise preditiva, mas ainda há um déficit desses profissionais no mercado.
Além disso, privacidade e segurança de dados são preocupações crescentes. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que empresas tenham cuidado redobrado ao lidar com informações sensíveis, garantindo conformidade legal.
Em suma, a análise preditiva oferece benefícios concretos, como redução de custos, otimização de processos e personalização de experiências dos usuários.
Aplicações práticas já estão presentes em BI, engenharia de software e marketing, provando sua versatilidade e relevância para negócios de diversos setores e portes.
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Veja, a seguir, as respostas para as principais dúvidas sobre análises preditivas.
A análise preditiva usa IA e dados históricos para prever eventos futuros e otimizar decisões empresariais.
Setores como financeiro, saúde, varejo, manufatura e tecnologia utilizam análise preditiva para otimizar decisões, reduzir custos e melhorar a experiência do usuário.
Ferramentas como Python (pandas, Scikit-learn), R, TensorFlow e Power BI ajudam a processar dados, construir modelos e gerar insights.
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