- Desenvolvimento de Software
O conceito AI First representa uma nova era nos negócios — uma revolução em que a Inteligência Artificial passa a ocupar o centro das decisões empresariais. Em vez de aplicá-la de forma pontual, organizações AI First reposicionam a tecnologia como pilar estratégico, orientando investimentos, talentos e cultura para um futuro guiado por dados e automação inteligente.
Essa mentalidade transforma a maneira como empresas competem e inovam. Decisões deixam de depender da intuição e passam a se basear em análises preditivas, algoritmos de aprendizado de máquina e insights em tempo real.
Inspirado em abordagens como Cloud First e Mobile First, o modelo AI First vai além da tecnologia. Ele exige uma mudança cultural profunda, em que a Inteligência Artificial se integra a todos os níveis da organização — da operação ao planejamento estratégico.
Empresas que adotam essa visão ganham agilidade, precisão e vantagem competitiva, respondendo mais rápido às mudanças do mercado e criando experiências personalizadas em escala.
O termo AI First surgiu com gigantes da tecnologia como Google e Microsoft, que passaram a desenvolver produtos e serviços tendo a Inteligência Artificial como elemento central da estratégia.
Ser uma empresa AI First significa pensar IA primeiro. Ou seja, tomar decisões, desenhar experiências e criar modelos de negócio orientados por dados, automação e aprendizado contínuo.
Diferente do conceito AI Enabled, em que a IA é aplicada apenas para otimizar processos específicos, o modelo AI First propõe reimaginar o negócio como um sistema inteligente, onde cada área opera conectada a insights e algoritmos.
Mais do que uma tendência tecnológica, o AI First representa uma nova forma de pensar e competir — em que a Inteligência Artificial deixa de ser um recurso e se torna parte da identidade organizacional, guiando inovação, eficiência e crescimento sustentável.
A Inteligência Artificial está remodelando o mercado com uma velocidade sem precedentes. Segundo o relatório State of AI in 2025, da McKinsey & Company, 78% das empresas entrevistadas afirmam utilizar IA em pelo menos uma função de negócios, um crescimento expressivo em relação aos 72% registrados no início de 2024 e aos 55% do ano anterior.
As áreas que mais utilizam a tecnologia são TI, marketing e vendas, seguidas por operações de serviços — com destaque para o aumento recente em TI, que saltou de 27% para 36% em apenas seis meses. Esses números mostram que a IA deixou de ser uma inovação opcional e se tornou um diferencial competitivo essencial.
No Brasil, uma pesquisa da IDC (2024) revela que 53% das organizações planejam investir em IA generativa até 2026, com foco em áreas como atendimento ao cliente, marketing e automação de processos. Isso demonstra que a transformação impulsionada pela IA não está restrita a grandes corporações globais — ela já é uma realidade em empresas de todos os portes e setores.
Adotar uma estratégia AI First transforma a maneira como as empresas operam, decidem e inovam. Ao colocar a Inteligência Artificial no centro da estratégia, as organizações alcançam ganhos expressivos em desempenho, agilidade e competitividade.
Veja os principais benefícios:
Para se tornar AI First, é necessário promover uma transformação cultural, reestruturar processos internos, investir em infraestrutura tecnológica robusta, desenvolver engenharia de dados avançada e integrar automação e IA para personalizar experiências.
A seguir, exploramos em detalhes os pilares dessa transformação.
Um dos primeiros passos é a mudança de mentalidade e de cultura. O AI First requer uma visão centrada em dados, tecnologia e sistemas analíticos que apoiem as decisões empresariais.
Ou seja, em vez de decidir com base em intuições ou dados limitados, é preciso construir uma base de conhecimento ampla e representativa.
Essa mudança cultural depende fortemente do engajamento da liderança, da capacitação dos times e de um alinhamento claro entre objetivos de negócio e possibilidades oferecidas pela IA.
A engenharia de dados é fundamental para construir a base sólida de uma empresa AI First. O primeiro passo é a coleta estruturada e organizada de dados, seguida por processos de limpeza, validação e transformação que garantem qualidade e confiabilidade.
Afinal, sem dados consistentes e representativos, os modelos de IA não conseguem gerar resultados confiáveis.
Também é crucial investir em pipelines de Machine Learning — escaláveis, flexíveis e monitorados — que automatizam fluxos desde a ingestão de dados até a implementação de modelos em produção.
A automação de processos é um pilar indispensável para empresas que aspiram se tornar AI First, pois redefine a execução de tarefas operacionais e estratégicas ao integrar inteligência diretamente nos fluxos de trabalho.
Quando isso acontece, em vez de depender de procedimentos manuais ou regras estáticas, a automação com IA permite que sistemas compreendam, adaptem e otimizem tarefas em tempo real.
A combinação de Robotic Process Automation (RPA) com modelos de IA amplia significativamente as capacidades de automação.
Enquanto o RPA lida com tarefas estruturadas, como transferência de dados entre sistemas, a IA adiciona camadas de inteligência — como o Processamento de Linguagem Natural (NLP) — para interpretar documentos não estruturados ou modelos preditivos para identificar padrões e tomar decisões automatizadas.
Por exemplo, no setor financeiro, atividades manuais como análise de faturas e conferência de pagamentos consomem horas de trabalho humano. Com a integração entre IA e RPA, algoritmos de NLP analisam faturas não estruturadas, extraem dados relevantes e verificam inconsistências, enquanto modelos preditivos identificam atrasos ou irregularidades com base em históricos de pagamento.
Quando falamos em experiência do usuário, a personalização é o diferencial que cria vínculos mais profundos e duradouros.
A IA analisa dados comportamentais e padrões de consumo para oferecer soluções e interações que realmente façam sentido para cada indivíduo.
Por meio de algoritmos de recomendação, sistemas de atendimento automatizados e chatbots com NLP, as empresas conseguem oferecer experiências sob medida, alcançando fidelidade e satisfação do usuário.
Desenvolver produtos digitais com uma abordagem AI First exige integração completa da IA desde o design até a entrega final.
Cada componente do produto é projetado considerando o suporte e a melhoria contínua proporcionada pela Inteligência Artificial.
Desde a criação de interfaces adaptativas até sistemas que aprendem com o comportamento dos usuários, a IA se torna a base de soluções que evoluem e se adaptam continuamente.
A revolução do desenvolvimento de software passa pela integração profunda da Inteligência Artificial em cada etapa do ciclo de vida dos produtos.
Atualmente, métodos tradicionais dão lugar a abordagens mais ágeis, em que Large Language Models (LLMs) e técnicas avançadas de Processamento de Linguagem Natural ajudam desde a concepção até a entrega final dos sistemas.
Uma das inovações mais significativas é o surgimento de plataformas no-code/low-code integradas à IA, que democratizam o desenvolvimento e permitem que profissionais criem soluções sofisticadas em tempo recorde.
Na SoftDesign, aplicamos Inteligência Artificial de ponta para acelerar todas as etapas do desenvolvimento de MVPs low-code. Essa integração da IA ao processo permite testar múltiplas ideias em poucas horas, em vez de semanas, alcançando até três vezes mais velocidade na entrega de soluções.
O impacto vai além da eficiência: reduz o time-to-market, permite validação com usuários reais desde as primeiras versões e possibilita a captura antecipada de valor para o negócio — transformando a IA em um diferencial estratégico que potencializa inovação e competitividade.

A Inteligência Artificial também redefine o ciclo de vida do desenvolvimento de software (SDLC), tornando cada etapa mais rápida, inteligente e eficiente.
Desde a concepção de um produto até sua manutenção em produção, a IA atua como um copiloto estratégico, apoiando tanto equipes técnicas quanto áreas de negócio.
Veja como essa transformação acontece na prática:
Ao integrar IA em todas as fases do ciclo de desenvolvimento, as empresas ganham velocidade, qualidade e inteligência contínua, transformando o processo de criação de software em um fluxo cada vez mais autônomo e estratégico.
O Nubank, ao se tornar AI First, mostra ao mercado que usará a IA como um pilar em todas as áreas, indo além da automação tradicional.
A abordagem de “copilotos em toda parte”, mencionada pelo CTO Vitor Olivier, indica a integração da IA em processos críticos, desde o suporte ao cliente até o desenvolvimento de software.
Como mostramos ao longo do conteúdo, esse movimento exige mudanças estruturais, como reorganização de times e consolidação de massa crítica em IA, reforçando a inovação como fator crucial para sua competitividade e eficiência.
Um dos destaques dessa transformação é a construção de um foundation model proprietário, voltado para segurança e personalização. Esse modelo permite detectar fraudes com base em dados não estruturados, como padrões de navegação no app e comportamento de compra.
Esse case ilustra bem como empresas AI First vão além de adotar soluções de IA em iniciativas isoladas. Elas desenvolvem internamente, com foco em processos críticos, para escalar eficiência, segurança e personalização.
Adotar uma estratégia AI First é apenas o primeiro passo. Para garantir que a transformação realmente gere valor, é essencial acompanhar métricas e indicadores de desempenho que reflitam tanto o impacto técnico quanto o estratégico da IA no negócio.
Entre os principais indicadores estão:
Monitorar esses indicadores é fundamental para mensurar a evolução da jornada AI First e ajustar continuamente as estratégias de adoção e expansão da tecnologia.
A transição para o modelo AI First oferece inúmeras oportunidades, mas também apresenta desafios que exigem planejamento, governança e visão de longo prazo.
Compreender esses obstáculos e adotar boas práticas é fundamental para garantir o sucesso da transformação digital.
Principais desafios e recomendações:
Superar esses desafios é o que diferencia empresas que apenas utilizam IA daquelas que vivem a cultura AI First — ética, adaptável e orientada a resultados.
Em suma, adotar uma abordagem AI First vai muito além de implementar novas tecnologias. É uma decisão estratégica que redefine como as empresas competem, inovam e crescem.
Os resultados são claros: redução de custos, decisões mais ágeis e precisas, experiências de usuário aprimoradas e inovação contínua.
No futuro próximo, organizações AI First serão as mais ágeis, resilientes e inovadoras, com decisões operacionais tomadas em tempo real e baseadas em inteligência contextual.
Empresas que iniciam essa jornada agora constroem não apenas sistemas inteligentes, mas também estruturas organizacionais inteligentes, preparadas para um mercado em constante transformação.
A SoftDesign apoia empresas nessa jornada, ajudando a planejar, desenvolver e escalar soluções de IA que impulsionam crescimento, eficiência e vantagem competitiva.
Converse com nossos especialistas em transformação digital e inicie sua jornada rumo a um futuro impulsionado por Inteligência Artificial.
A seguir, apresentamos respostas rápidas para as principais dúvidas sobre o conceito AI First.
É uma empresa que integra a Inteligência Artificial como pilar central em seus processos, decisões e desenvolvimento de produtos.
Comece revisando a cultura e a mentalidade. Além disso, invista também em automação, Personalização e em Experiência do Usuário.
Os quatro tipos são: IA reativa, IA com memória limitada, teoria da mente e autoconsciente, cada um com diferentes níveis de complexidade e capacidades.
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