- Agilidade
Quando eu comecei a trabalhar com tecnologia, há 28 anos, desenvolvíamos software por meio de um método denominado ‘cascata’: uma etapa era realizada após a outra, de forma sequencial. Cada fase era longa e produzia uma extensa documentação, cujo objetivo era sempre ‘prever’ e planejar em detalhes o produto (e sua posterior aceitação pelo usuário), assim como definir o cronograma e o escopo do projeto. A transformação digital das empresas se quer era discutida.
Havia ao menos dois grandes problemas nesse formato. O primeiro era a distância entre o usuário e o produto, pois as entregas eram realizadas em grandes pacotes de software que haviam sido construídos durante meses; e só então o cliente podia ver, usar e opinar sobre o que estava sendo desenvolvido.
O segundo problema envolvia as mudanças, pois o processo de modificar itens já entregues – ou mesmo o cronograma e o escopo planejados antecipadamente – dependia do contrato, da cultura e da hierarquia da empresa. Isso podia ocasionar lentidão e prejudicar a velocidade de atender rapidamente às novas necessidades do negócio, gerando retrabalho, frustração e insatisfação de todos os envolvidos.
Dentro de muitas empresas, o método ‘cascata’ resultou em projetos atrasados e acima do orçamento, produtos que os usuários não gostavam e equipes de TI sem nenhum prestígio, isoladas das demais áreas da organização. Alguns desses efeitos ainda podem ser percebidos hoje em dia, pois o desenvolvimento cascata ainda está por aí, espreitando os cubículos daqueles garotos que “estão construindo um sisteminha”.
As dificuldades causadas por esse modelo preditivo e sequencial foram as impulsionadoras para o surgimento e disseminação da cultura ágil de desenvolvimento de software. Essa cultura propõem uma série de processos, práticas e ferramentas para criar produtos digitais minimizando os riscos do desenvolvimento através de entregas frequentes e de feedback constante.
Os métodos ágeis buscam ser adaptativos ao invés de preditivos, ou seja, ser capaz de se adaptar àquilo que aprendemos e descobrimos no caminho é mais importante do que ter um plano detalhado – até porque o histórico nos mostra que os planos detalhados geralmente estão errados. O Scrum e o Kanban são exemplos que, mesmo tendo suas próprias ferramentas, são disciplinados e se preocupam com transparência, inspeção e adaptação.
Nesses métodos ágeis, a previsibilidade não é dada por planos, mas sim pelo acompanhamento de dados reais. Entre esses estão a cadência de entregas, que é contínua ou em sprints curtas; e o feedback dos usuários do produto.
Os métodos ágeis nos permitem criar um fluxo contínuo de entrega de valor onde podemos testar hipóteses, colher feedbacks e, assim, adaptar conforme aprendemos, entregando ao cliente cadência, redução do risco e previsibilidade. A comunicação entre as partes é frequente e transparente, e as pequenas entregas permitem que o aprendizado de todos seja integrado ao produto.
É por isso que um dos pilares da SoftDesign é a Agilidade. Ela facilita e organiza o processo de desenvolvimento de software, tornando-o experimental (da perspectiva do produto!) e proporcionando efetivamente a inovação. Afinal, se estamos buscando criar um produto inovador não podemos demorar meses para lançá-lo para, aí, começar a avaliar se ele possui fit de mercado, certo?
É por meio da inovação que empresas consolidadas atingem seu diferencial, lucros, e mantém a própria sobrevivência. É também por meio dela que startups se destacam, disseminam e crescem. É necessário inovar porque produtos, serviços e experiências são copiados; porque eles tornam-se irrelevantes; e porque o mercado muda constantemente.
Esse espaço de experimentação e rápido aprendizado – viabilizado pelos métodos ágeis – contribui para a transformação digital, que é a integração de tecnologia em todas as áreas de um negócio. Seu objetivo é alterar não somente o modus operandi do mesmo, mas também a entrega de valor aos clientes.
Seria impossível para a área de TI apoiar a transformação digital usando métodos antigos de trabalho: eles simplesmente não proporcionam a velocidade, a confiança e os resultados que os métodos ágeis entregam. Não é possível planejar em detalhes a inovação: é necessário experimentar e aprender – porém, não é possível experimentar de forma desordenada, é necessário um método com foco em entrega e resultado!
Ou seja, a jornada do ‘setor de TI’ na adoção da cultura ágil é um ponto crucial para apoiar empresas nas suas transformações digitais. Essa jornada é mais do que uma mudança de processos ou ferramentas; ela envolve mudanças em papéis, na forma de gerenciar e, o principal e mais difícil, mudança nos modelos mentais. A transformação digital é composta de modificações culturais que requerem que as pessoas desafiem continuamente o status quo, tenham liberdade para experimentar e estejam confortáveis com eventuais falhas.
É relevante aqui destacar que a verdadeira mudança não é somente sobre o que estamos desenvolvendo, um produto, serviço ou processo novo; ou sobre o que está sendo melhorado. É também sobre como fazemos esse desenvolvimento. Não adianta utilizarmos métodos que não favorecem o aprendizado sobre o produto e sobre a tecnologia para criarmos o novo ou atingirmos melhorias. É necessário um método que apoie a adaptação e entrega de valor contínua. É aquela máxima de que não adianta buscar resultados novos fazendo tudo do ‘jeito velho’.
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