- Desenvolvimento de Software
A Inteligência Artificial (IA) para o desenvolvimento de software é uma estratégia que ajuda times de engenharia a automatizar tarefas repetitivas, identificar potenciais bugs mais cedo, otimizar pipelines de CI/CD e até auxiliar na geração de código funcional em poucos segundos.
Ou seja: com esse tipo de recurso, sua organização consegue acelerar o time-to-market, elevar a produtividade e melhorar a previsibilidade das entregas com uma ferramenta que, definitivamente, já criou raízes no contexto de negócios.
A questão agora não é mais se devemos adotar IA, mas como. Ao longo deste artigo, exploraremos os fundamentos e as aplicações da IA para desenvolvimento de software, seus benefícios, riscos, desafios de governança e como as grandes empresas podem estruturar um roadmap de adoção com retorno real sobre o investimento (ROI).
Aplicar IA no desenvolvimento de software é uma resposta direta às demandas de velocidade, qualidade e inovação que caracterizam o mercado atual.
E a maioria já faz isso: 90% dos profissionais de tecnologia entrevistados em um relatório global disseram que usam IA em seu trabalho (14% a mais do que foi registrado no ano anterior).
Não faltam motivos para essa escolha. Afinal, a automação inteligente tem potencial para transformar cada etapa do SDLC, da análise de requisitos à produção.
Por falar em produtividade, nós sentimos isso na prática. A SoftDesign registrou números expressivos em projetos, com ganhos de produtividade de até 55%, velocidade superior em quatro vezes na criação de testes automatizados e três vezes mais velocidade na construção de soluções MVP.
Em parte, os resultados ocorrem porque a IA aprende com dados históricos, padrões de código e comportamentos operacionais. Com o tempo e com bons insumos, a ferramenta se torna capaz de identificar padrões que geralmente antecedem problemas e sugerir soluções automáticas.
E vale destacar: o uso de IA não se limita a gerar código, pois se estende à observabilidade inteligente, automação de testes, DevSecOps, AIOps e até à documentação de código legado, compondo um ecossistema tecnológico orientado por dados e performance.
Em vez de substituir profissionais, a Inteligência Artificial aumentou a capacidade de entrega dos times porque, agora, conseguem ser mais rápidos, assertivos e criativos.
E a SoftDesign vem aplicando IA em diferentes etapas do ciclo de vida de software, com resultados que comprovam esse impacto positivo. Veja como essa transformação se materializa na prática.
Ferramentas como GitHub Copilot, Tabnine e Amazon CodeWhisperer funcionam como copilotos inteligentes, capazes de compreender o contexto do projeto e sugerir trechos de código completos, documentações e até testes automatizados. Com o auxílio da IA, existe uma aceleração nos ciclos de entrega.
Além da produtividade, há uma mudança cultural profunda, o vibe coding. Nesse novo ambiente, o código é construído de forma colaborativa entre humano e IA, o que amplia a fluidez criativa e ajuda a reduzir erros comuns durante a implementação.
Na SoftDesign, o uso de assistentes de codificação já mostrou ganhos: times AI-augmented entregam MVPs até 3x mais rápido, com aumento consistente na qualidade do código e na satisfação dos envolvidos.
Tradicionalmente, os testes consomem uma parte considerável do tempo e dos recursos de desenvolvimento, e a IA muda esse cenário ao:
Para isso, modelos de Machine Learning analisam o histórico de falhas, priorizam casos de teste e até geram scripts automaticamente a partir de requisitos ou código-fonte.
Com isso, o retrabalho diminui e o time passa a ter feedbacks mais rápidos sobre a qualidade do software. Dessa maneira, dá para aplicar ajustes contínuos ao longo do processo, antecipar falhas críticas e elevar o padrão de qualidade das entregas.
Aqui, a IA atua como um agente que aprende com os ciclos de entrega e automatiza decisões, como a priorização de builds, identificação de falhas em deploys e alocação de recursos de infraestrutura. Essa automação inteligente traz três ganhos diretos:
Em vez de depender de scripts fixos, o pipeline pode se ajustar dinamicamente conforme o comportamento do sistema, reduzindo gargalos e falhas recorrentes na produção.
O conceito, inclusive, já faz parte do modelo de Squads AI-Augmented da SoftDesign, com times que utilizam IA para antecipar falhas recorrentes em builds, ajustar variáveis de configuração em tempo real e manter um fluxo de deploy contínuo e seguro.
O resultado é um processo mais resiliente, rápido e confiável, que sustenta o crescimento e a inovação dos produtos digitais corporativos.
A Inteligência Artificial atua de forma proativa na identificação de vulnerabilidades em códigos, dependências e configurações de infraestrutura, o que mitiga riscos antes mesmo que cheguem à fase de produção.
Assim, as ferramentas baseadas em IA conseguem analisar milhares de linhas de código em segundos, detectar padrões suspeitos e sugerir correções automáticas. Além disso, ajudam a priorizar vulnerabilidades com base no impacto potencial para o negócio.
É um valor e tanto para a governança de software, e o resultado é um pipeline mais seguro, previsível e resiliente.
Com o apoio da IA, o processo de criação de fluxos, dashboards ou aplicações completas se torna ainda mais intuitivo: os modelos generativos interpretam a intenção do usuário, sugerem estruturas lógicas e otimizam o código por trás da interface visual.
Isso acelera a prototipagem e reduz a dependência exclusiva de equipes técnicas. Nas grandes empresas, essa combinação entre IA + low-code/no-code cria um ecossistema colaborativo e estimula a inovação interna, sem perder governança e escalabilidade.
Gerir sistemas complexos em produção exige observabilidade inteligente, e a IA aplicada em AIOps (Artificial Intelligence for IT Operations) serve para utilizar o aprendizado de máquina e a análise preditiva para correlacionar métricas, logs e eventos.
Isso identifica automaticamente anomalias e suas causas raiz, ajuda a antecipar falhas prováveis e automatiza respostas. Além disso, gera insights que ajudam os times a otimizar custos, performance e disponibilidade. Ou seja, em vez de reagir a incidentes, as organizações passam a atuar de forma preditiva.
Códigos antigos, muitas vezes sem documentação, dificultam correções, evoluções e integrações. E os modelos treinados de IA podem interpretar o código-fonte e, em seguida, analisam sistemas complexos, geram documentação automática e criam resumos técnicos que explicam a lógica de funcionamento.
Essa inteligência também apoia a refatoração e a modernização de aplicações, reduzindo o tempo gasto com tarefas repetitivas e manuais.
Desde a fase de discovery até a sustentação em produção, agentes inteligentes oferecem suporte à tomada de decisão, análise de dados e automação de tarefas voltadas para o desenvolvimento de produtos.
A IA auxilia na priorização de funcionalidades, previsão de riscos, geração de cenários de teste e análise de feedbacks de usuários. Mas vale o reforço: o novo SDLC aumentado por IA não substitui o humano, mas amplifica a capacidade analítica e criativa dos times.
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Empresas que integram IA generativa em seu ciclo de desenvolvimento já observam aumento de produtividade entre 20% e 30%, podendo chegar a 40% ou 50% em atividades específicas, como geração de código e testes automatizados.
Na SoftDesign, métricas semelhantes foram alcançadas em projetos de clientes corporativos: ganhos de até 55% em produtividade, 3x mais velocidade no time to market de MVPs e 70% de aceleração na criação de testes de API.
Mas também existem benefícios qualitativos que elevam o ROI de forma sustentável, como:
Para calcular o ROI da IA em desenvolvimento de software, grandes empresas podem adotar métricas tangíveis de acompanhamento, como:
Ao mensurar esses indicadores, torna-se possível quantificar o impacto financeiro e operacional da transformação impulsionada pela IA. Mais do que automatizar tarefas, ela redefine a própria noção de eficiência e gera retorno estratégico em escala, fortalecendo a base tecnológica e o posicionamento competitivo das organizações.
A ampla adoção da Inteligência Artificial nas empresas brasileiras é uma realidade: oito em cada dez organizações já utilizam IA, No entanto, o mesmo estudo revela um desafio crítico: há falta de profissionais qualificados para garantir o uso ético, seguro e responsável dessa tecnologia.
Com isso, vale lembrar que a maturidade digital não depende apenas de investimento em ferramentas, mas de governança, capacitação e estratégia organizacional.
A governança de IA envolve a criação de políticas claras sobre ética, vieses algorítmicos, segurança de dados, compliance e regulamentação: pilares para assegurar que as soluções entreguem valor sem comprometer a confiabilidade do produto ou a reputação da marca.
Além disso, práticas de auditoria contínua e explainable AI (IA explicável) ajudam a garantir transparência nas decisões automatizadas.
Para atingir um nível de maturidade sustentável, as empresas precisam trilhar um caminho evolutivo que passa por provas de conceito (PoCs), foco em escalabilidade e, por fim, a governança plena.
Esse percurso requer mudança cultural, formação técnica e envolvimento das lideranças, com o objetivo de transformar a IA em um ativo estratégico e não apenas em uma experimentação isolada.
Transformar o potencial da IA em resultados de negócio exige método. A SoftDesign apoia empresas nessa jornada por meio do seu serviço Data & AI, que estrutura um roadmap completo, desde o diagnóstico até a medição de impacto.
Veja como funciona:
O primeiro passo é compreender o estágio da empresa em relação à adoção de IA. Analisamos processos, dados disponíveis, competências técnicas e o grau de integração da IA com a estratégia de produto e tecnologia.
A partir desse diagnóstico, mapeamos as oportunidades com maior retorno potencial. Nossa ferramenta de casos de uso de IA ajuda líderes a priorizar iniciativas com base em valor estratégico, viabilidade técnica e ROI.
Com o contexto claro, definimos as soluções adequadas, sejam modelos preditivos, generativos ou agentes inteligentes, sempre considerando segurança, escalabilidade e governança de dados.
A IA deve estar integrada ao portfólio e ao roadmap de produto. Isso garante coerência entre inovação, experiência do usuário e objetivos de negócio.
Com base em PoCs validadas, escalamos as soluções, medimos resultados e consolidamos práticas de AIOps e governança. O foco é gerar eficiência sem perder o controle operacional e ético das entregas.
Utilizamos métricas como ciclo de entrega, taxa de defeitos, tempo médio de recuperação e custo de manutenção para mensurar o impacto da IA no ROI e retroalimentar a melhoria contínua.
O futuro do desenvolvimento já está sendo reescrito pela Inteligência Artificial, e existem previsões de que, até 2028, cerca de 75% dos engenheiros de software corporativos utilizarão assistentes de código com IA. Um dado que confirma a aceleração da automação e também aponta para uma transformação profunda nas competências e na liderança técnica das organizações.
Mas a inovação é crescente: as próximas ondas vão além da geração de código. Modelos de linguagem avançados (LLMs) e agentes autônomos estão começando a atuar em design de interfaces, priorização de backlog, análise de dados de uso e até decisões estratégicas de produto.
Com isso, a IA se torna um copiloto do ciclo completo de desenvolvimento, conectando engenharia, UX e negócios em uma mesma estrutura inteligente.
Para os líderes de tecnologia, isso significa repensar estruturas, papéis e processos. A gestão de times passará a exigir fluência em IA, governança ética e capacidade de equilibrar automação com criatividade humana.
Como vimos, a IA pode apoiar todas as etapas do desenvolvimento de software, mas para colher esses benefícios de forma sustentável, a visão estratégica deve ser a base do seu planejamento. Isso inclui avaliar a prontidão da organização, definir um primeiro piloto bem estruturado, medir resultados de forma contínua e, então, escalar as soluções que geram impacto real.
A transformação não é apenas técnica, portanto: é cultural, e envolve desenvolver competências, criar uma governança sólida e contar com um parceiro de tecnologia experiente.
Com a SoftDesign, reconhecida no ISG Provider Lens, sua empresa pode estruturar uma jornada de adoção de IA alinhada à estratégia de negócios e à realidade dos times de produto e engenharia.
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Aprenda mais sobre a IA para desenvolvimento de software nas perguntas e respostas abaixo.
Não há uma “melhor IA” única: tudo depende do seu objetivo. Ferramentas baseadas em LLMs, por exemplo, são excelentes para geração de código e suporte técnico. Já soluções de AIOps e MLOps se destacam na automação operacional e monitoramento.
A IA está presente em múltiplas frentes: geração e revisão de código, testes automatizados, segurança (DevSecOps), documentação de sistemas legados, suporte a decisões de produto e observabilidade.