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Como Desenvolver Lideranças na Área de Tecnologia

Por 27/03/2023 28/10/2024 5 minutos

As empresas de tecnologia, nos últimos anos, têm o desafio não só de formar profissionais, mas também de atender expectativas em relação a qualidade de vida. Essa transformação exigiu das lideranças uma mudança de mindset: o olhar ampliou-se para além das atividades técnicas e se voltou para as pessoas e suas necessidades de bem-estar; e também para a criação de uma cultura que fortaleça a colaboração e o aprendizado contínuo. 

As lideranças atuais precisam estar aptas a promover um ambiente de trabalho seguro, propício ao desenvolvimento pessoal e profissional. Além disso, devem estar dispostas a aprender e a investir em seu autoconhecimento, independente dos anos que têm de experiência profissional. Tornar consciente suas limitações e pontos cegos pode ajudá-las a desempenhar seu papel na gestão e a enfrentar os desafios impostos pela constante transformação do mercado em que atuamos.  

A jornada de desenvolvimento das lideranças deve ser acompanhada de um trabalho que fortaleça suas habilidades comportamentais e a cultura que a empresa deseja cultivar. Impactar as pessoas de forma positiva, gerar influência a partir de suas ações, ensinar e motivar as pessoas a alcançarem bons resultados, é muito mais desafiante do que se imagina.   

Auto-observação e Consciência Social

Exercer a liderança vai além de ser responsável por processos, atividades ou gerir pessoas. É preciso estar pronto para lidar com suas emoções, saber separar o que é seu e o que é do outro, o profissional do pessoal, fazer leituras de cenários, observar, reconhecer seus limites, aceitar seus erros, entre outros.  

Por isso, todo o desenvolvimento se inicia na auto-observação. Isso significa que se deve começar olhando para dentro e entendendo como as emoções das lideranças afetam as pessoas que estão a sua volta.  

Uma forma eficaz de tornar essas percepções conscientes é realizar uma Avaliação 360°, onde as lideranças podem se autoavaliar e assim, comparar as suas visões com as das pessoas que estão sob sua gestão. Tal auto-observação ajuda a administrar melhor sentimentos, principalmente em situações estressantes, uma vez que as pessoas conseguem identificar o que estão sentindo e assim, refletir sobre a tomada de decisão de forma mais ponderada e assertiva.  

Após o olhar mais pessoal, o próximo passo do desenvolvimento das lideranças é olhar para fora, para o outro. A consciência social é necessária para que o líder possa efetivamente entender os sentimentos das pessoas de seu time, praticar a empatia e, assim, oferecer um ambiente de trabalho seguro, inspirador e que gere confiança. Lideranças que conseguem se auto-observar e praticar a consciência social são capazes de criar bons relacionamentos e vínculos, o que é um dos principais fatores para a satisfação no trabalho hoje. 

Planejamento e Acompanhamento

Concluídas as atividades de autoanálise, após entender seus desafios, é recomendado que as lideranças criem seus Planos de Desenvolvimento Individual – PDIs. Colocar no papel as atividades que precisam acontecer para que seus objetivos de desenvolvimento sejam atingidos é fundamental.  

Uma forma interessante de estruturar esse plano é criar um cronograma que contenha as metas e as ações a serem realizadas. Um acompanhamento com um coach ou em grupo também ajuda no processo de desenvolvimento de competências, na motivação e na reflexão para o alcance dos objetivos.  

Além do mais, espera-se que as lideranças sejam pessoas inspiradoras, que cuidam de si para que se tornem capazes de cuidar de outras pessoas. Abandonar a expectativa da busca por heróis e reconhecer que somos seres em desenvolvimento é parte do processo de mudança. As lideranças que pensam que estão prontas, correm o risco de ficar para trás. 

 Boas lideranças impactam positivamente o bem-estar corporativo. Entre as vantagens percebidas no trabalho realizado junto a elas estão os efeitos no clima de trabalho (que se torna mais agradável), o aumento do comprometimento dos times, a melhora na performance individual das pessoas e ainda na retenção de talentos – o que torna a empresa mais atrativa e competitiva no mercado.  

Uma boa liderança sabe que a jornada não termina com a conquista de um cargo e que ninguém sabe tanto que não possa aprender (e nem tão pouco que não possa ensinar). O que define uma boa liderança é sua capacidade de aprender, de se conhecer e se conectar com outras pessoas. Portanto, investir em autoconhecimento é o que de melhor uma empresa de tecnologia pode fazer pelas suas pessoas colaboradoras, e pelo seu sucesso.  

Vem pra Soft!

Na SoftDesign, temos orgulho do trabalho que desenvolvemos junto as lideranças, da nossa gestão horizontal baseada na confiança e no desenvolvimento de todas as pessoas que estão conosco. Nosso RCH (Recursos e Capital Humano) planeja para 2023 um trabalho dedicado ao desenvolvimento do time de gestão com muitas oportunidades de aprendizado, reflexões e auto-observação. 

Quer fazer parte uma empresa que investe em desenvolvimento para além do profissional? Então, não deixe de conferir nossas oportunidades na nossa página de carreira. 

Foto do autor

Márcia Borges Fortes

Head of People and Culture da Softdesign. Psicóloga Especialista em Design Estratégico pela Unisinos, Dinâmica dos Grupos pela SBDG e Avaliação Psicológica pela ESADE. Atua com foco no desenvolvimento humano, carreira e estratégia.

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