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No-Code: vantagens e desafios

Por 27/05/2021 12/11/2024 5 minutos

Vivemos em um mundo com mudanças significativas e constantes no que envolve a tecnologia e os negócios. A capacidade de adaptar ideias e soluções para cenários é uma realidade que as empresas precisam lidar para manterem-se em um mercado competitivo.

As tecnologias evoluíram para apoiar essas alterações, por meio da criação de plataformas que agilizam os processos de desenvolvimento de software, como alternativa para ser apresentado um resultado capaz de corresponder às expectativas de maneira rápida e assertiva.

Uma dessas plataformas é o No-Code, que se assemelha muito ao Low-Code, abordado recentemente em um artigo do nosso blog. Apesar de estarem alinhadas por propósitos semelhantes, essas plataformas possuem diferenças na sua aplicabilidade e no público ao qual se destinam.

O Que é No-Code?

Em uma tradução literal, No-Code significa entregar uma aplicação inteiramente sem código, ou sem a necessidade de utilizar código e linguagem de programação. A ideia principal por trás do No-Code é desvincular a necessidade de um desenvolvedor ao realizar a concepção de um produto, deixando a manutenção mais fácil e acessível.

Trazendo a ideia de templates que podem ser escolhidos, fluxos que podem ser definidos e relatórios que podem ser personalizados por meio de uma interface intuitiva, o No-Code permite que pessoas que não possuem conhecimento em programação possam personalizar e definir de maneira rápida um sistema funcional.

No-Code X Low-Code

Enquanto o Low-Code diminui a necessidade da interferência de um desenvolvedor para a criação de um produto, o No-Code dispensa a utilização do desenvolvedor, deixando a criação a cargo de pessoas que não possuem conhecimento em desenvolvimento de software, mas sim em negócio, marketing e design.

Cada uma das plataformas possui um público-alvo diferente: o No-Code tem os usuários de negócio como alvo, já o Low-Code foca nos desenvolvedores, que podem criar aplicações interligadas de maneira mais rápida. Utilizando o No-Code, toda a parte técnica é abstraída e apesar de ainda ser aplicável para poucos casos, deixa a utilização mais fácil de usar.

Vantagens do No-Code

Produtividade para a equipe

Profissionais que conhecem as regras do negócio podem apoiar na criação do produto. Não é necessária a intervenção de um profissional da área de desenvolvimento de software para realizar ajustes na aplicação. Sendo assim, qualquer profissional pode colaborar com a concepção do produto.

Projetos adaptáveis

Adaptar mudanças e testar novas versões da aplicação é mais simples. Com regras claras e componentes prontos é possível alternar entre as diferentes opções de maneira rápida e testável.

Redução de custos

Com a utilização do No-Code, a necessidade do envolvimento de muitos profissionais é reduzida. Com isso, os custos para criar um produto funcional é menor e o tempo de resposta para validação também.

Autonomia para a empresa

Pela facilidade na utilização da plataforma, é possível que qualquer profissional possa realizar validações de ideias e testes, colocando em prática melhorias e alterações sem que seja necessário implantar um processo demorado para isso.

Desvantagens do No-Code

Nem tudo são flores nesse futuro que dispensa a intervenção dos desenvolvedores. Apesar de ser uma plataforma que abre possibilidades para que profissionais de outras áreas possam criar aplicações funcionais, o No-Code está limitado às funcionalidades implementadas pela plataforma.

Imagine que o No-Code permite a criação de um carro capaz de conduzir pela cidade, abrir os vidros e abastecer. Mas não podemos definir se as luzes vão apagar automaticamente ao desligarmos o veículo, se a tampa do combustível é interna ou se teremos faróis de neblina. Somos capazes de construir um carro que realiza apenas determinadas funções. Personalizações mais específicas necessitam da intervenção de um desenvolvedor, além do uso de uma outra plataforma que permita tais alterações.

O futuro está logo aqui

Segundo projeções da FutureScape, em 2021 o mercado de TI (durante e após a pandemia) terá que realizar entregas cada vez mais rápidas, com respostas a mudanças de requisitos e cenários. Além disso, terá que atender um público cada vez mais amplo. Essa projeção demonstra a necessidade de empresas adaptarem o seu negócio a um universo com diferentes oportunidades e desafios. Para isso, surgem novas ferramentas.

Nesse panorama, as tecnologias que aceleram os processos de concepção de produto se destacam e ganham relevância. O No-Code juntamente com o Low-Code surgem como ferramentas valiosas para apoiar esse cenário de mudança constante. Quando pensamos em formas de entregar resultados por meio de um esforço menor, estamos na verdade pensando em como adaptar soluções de maneira ágil e correta.

A pesquisa anual State of Agile do ano de 2020, informa que as empresas estão à procura de três principais objetivos ao buscarem novas metodologias: acelerar a entrega, gerenciar e priorizar as mudanças e aumentar a produtividade. Com isso em mente, podemos observar que as ferramentas que aceleram processos e mitigam os erros são uma tendência para o agora. Logo, o No-Code se enquadra perfeitamente nesse quesito.

Foto do autor

Diego Schmitt Figliero

Desenvolvedor de Software, com mais de 10 anos de experiência no desenvolvimento de soluções públicas e privadas. Cientista da Computação com MBA em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas.

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