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Publicado dia 26 de maio de 2020

Dicionário da Startup

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Dicionário da Startup

Você tem uma ideia de um novo produto ou serviço digital. Já conversou com alguns amigos e está decidido a empreender, a criar uma startup. Mas, ao pesquisar, assistir a webinars ou participar de eventos sobre o tema, você se depara com uma série de termos novos. É para facilitar tal jornada de aprendizado do startupeiro que criamos esse Dicionário da Startup. Esperamos que, depois dele, você entenda um pouco mais sobre o universo das startups.

Termos básicos da startup

Startup: é uma empresa jovem ou recém-criada que apresenta grandes possibilidades de escala, e geralmente propõem algum tipo de inovação ou disrupção.

Inovação: é a criação de algo novo que é viável e capaz de gerar valor. Uma inovação pode ser um produto, processo, serviço, etc. Pode ser mais ou menos radical.

Disrupção: uma inovação radical é conhecida como disruptiva quando ela modifica a estrutura de um mercado, ou cria um mercado novo.

Hipótese: é uma afirmação que precisa ser testada, porque ainda não se sabe se é verdadeira. Ideias e pressupostos devem ser tratados como hipóteses.

Proposta de valor: é a oferta da startup para o mercado – aquilo que você promete e que deve convencer o cliente/usuário a adotar a sua solução para resolver algum problema.

Persona: cada persona é a representação de um usuário. Ela ajuda a manter em mente as dores e necessidades dos diferentes tipos de usuários de um mesmo produto.

Modelo de negócio: ele descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização, determinando o modelo de relação com o mercado e sua captura de valor.

MVP: é o Mínimo Produto Viável, a menor versão de um produto que, mesmo que não totalmente pronto, pode ser usado para testar uma hipótese (aprender algo).

Pivotar: é o que você deve fazer quando uma hipótese é invalidada. Pivotar significa mudar o rumo, ou seja, rapidamente adaptar/modificar sua estratégia e seu produto.

Termos de investimento e indicadores

Investimento: é quando alguém coloca dinheiro na sua startup em troca da chance de ganhar junto com você no futuro, assumindo o risco de perder.

Bootstraping: é começar um negócio a partir dos recursos próprios e limitados dos sócios, sem o apoio de investidores.

Cash Burn: é a fase em que a startup está “queimando” dinheiro de investimento para testar a ideia e começar a crescer.

Cash Burn Rate: é a velocidade com a qual a startup consome o dinheiro para manter sua operação. Ex: ‘nosso burn rate é de R$50.000/mês’.

Runway: é o tempo restante considerando o dinheiro que você tem e o Cash Burn Rate. Ex: ‘Com nosso atual cash burn rate, ainda temos seis meses de runway’.

CAC: é o Custo de Aquisição do Cliente – representa quanto você gasta com marketing para cada cliente que você adiciona.

LTV: é a sigla para Lifetime Value, que é a receita total gerada por um cliente, ao longo do período que ele é cliente.

Churn Rate: é a taxa de usuários que cancelaram ou deixaram de ser clientes do seu produto.

Breakeven: é o ponto de equilíbrio, quando as suas receitas e despesas totais se equivalem. Ou seja, você termina de ‘retornar’ o investimento inicial.

Termos relacionados a modelos de negócios

Negócios de plataforma: são negócios em que o valor é gerado pela interação entre os usuários, que podem ser do mesmo tipo (telefone, Instragram), ou de tipos diferentes (Uber, Airbnb).

Negócios de pipeline: diferente das plataformas, os negócios de pipeline são mais tradicionais. Eles produzem algo e vendem. O valor é gerado pela empresa e oferecido no mercado.

SAAS: Software as a Service são softwares que são vendidos por assinatura ou por uso, e não como um produto único, de caixinha. É um tipo de negócio de pipeline.

Marketplace: é uma ‘feira’, ou seja, um lugar onde várias lojas podem vender seus produtos, pagando uma taxa para o gestor do marketplace. É um tipo de negócio de plataforma.

E-Commerce: também chamado de loja virtual ou loja online, é um site de vendas. É um tipo de negócio de pipeline.

Receita recorrente: é quando você tem um modelo de negócio que garante entrada estável de receita todo mês, como nos negócios de assinatura.

Taxa de transação: é outra opção de modelo de receita, quando a empresa recebe um percentual sobre cada transação, comum em modelos de plataforma.

Freemium: é uma estratégia muito comum em SAAS, onde o usuário ganha um período gratuito para conhecer o produto antes de comprar/assinar.

In-app ads: é uma estratégia de receita pela venda de espaço de propaganda. Requer muitos usuários e cliques para gerar uma receita relevante.


Com esse Dicionário da Startup, você já está mais familiarizado com os termos desse universo e pode começar a pensar, efetivamente, no seu produto ou serviço digital.

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Karina Hartmann

Karina trabalha na concepção de produtos digitais para startups e grandes empresas. Também já foi Gerente de Projetos, Analista de sistemas, Programadora Java, e já trabalhou com melhoria de processo. É Mestre em administração pela UFRGS, onde estudou métodos de desenvolvimento de produtos digitais inovadores. É Bacharel em Matemática aplicada e Pós-graduada em Governança de TI. Tem as certificações CSM, PMP, CFPS e CPRE-FL.

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