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Dicionário da Startup

Por 26/05/2020 28/10/2024 4 minutos

Você tem uma ideia de um novo produto ou serviço digital. Já conversou com alguns amigos e está decidido a empreender, a criar uma startup. Mas, ao pesquisar, assistir a webinars ou participar de eventos sobre o tema, você se depara com uma série de termos novos. É para facilitar tal jornada de aprendizado do startupeiro que criamos esse Dicionário da Startup. Esperamos que, depois dele, você entenda um pouco mais sobre o universo das startups.

Termos básicos da startup

Startup: é uma empresa jovem ou recém-criada que apresenta grandes possibilidades de escala, e geralmente propõem algum tipo de inovação ou disrupção.

Inovação: é a criação de algo novo que é viável e capaz de gerar valor. Uma inovação pode ser um produto, processo, serviço, etc. Pode ser mais ou menos radical.

Disrupção: uma inovação radical é conhecida como disruptiva quando ela modifica a estrutura de um mercado, ou cria um mercado novo.

Hipótese: é uma afirmação que precisa ser testada, porque ainda não se sabe se é verdadeira. Ideias e pressupostos devem ser tratados como hipóteses.

Proposta de valor: é a oferta da startup para o mercado – aquilo que você promete e que deve convencer o cliente/usuário a adotar a sua solução para resolver algum problema.

Persona: cada persona é a representação de um usuário. Ela ajuda a manter em mente as dores e necessidades dos diferentes tipos de usuários de um mesmo produto.

Modelo de negócio: ele descreve a lógica de criação, entrega e captura de valor por parte de uma organização, determinando o modelo de relação com o mercado e sua captura de valor.

MVP: é o Mínimo Produto Viável, a menor versão de um produto que, mesmo que não totalmente pronto, pode ser usado para testar uma hipótese (aprender algo).

Pivotar: é o que você deve fazer quando uma hipótese é invalidada. Pivotar significa mudar o rumo, ou seja, rapidamente adaptar/modificar sua estratégia e seu produto.

Termos de investimento e indicadores

Investimento: é quando alguém coloca dinheiro na sua startup em troca da chance de ganhar junto com você no futuro, assumindo o risco de perder.

Bootstraping: é começar um negócio a partir dos recursos próprios e limitados dos sócios, sem o apoio de investidores.

Cash Burn: é a fase em que a startup está “queimando” dinheiro de investimento para testar a ideia e começar a crescer.

Cash Burn Rate: é a velocidade com a qual a startup consome o dinheiro para manter sua operação. Ex: ‘nosso burn rate é de R$50.000/mês’.

Runway: é o tempo restante considerando o dinheiro que você tem e o Cash Burn Rate. Ex: ‘Com nosso atual cash burn rate, ainda temos seis meses de runway’.

CAC: é o Custo de Aquisição do Cliente – representa quanto você gasta com marketing para cada cliente que você adiciona.

LTV: é a sigla para Lifetime Value, que é a receita total gerada por um cliente, ao longo do período que ele é cliente.

Churn Rate: é a taxa de usuários que cancelaram ou deixaram de ser clientes do seu produto.

Breakeven: é o ponto de equilíbrio, quando as suas receitas e despesas totais se equivalem. Ou seja, você termina de ‘retornar’ o investimento inicial.

Termos relacionados a modelos de negócios

Negócios de plataforma: são negócios em que o valor é gerado pela interação entre os usuários, que podem ser do mesmo tipo (telefone, Instragram), ou de tipos diferentes (Uber, Airbnb).

Negócios de pipeline: diferente das plataformas, os negócios de pipeline são mais tradicionais. Eles produzem algo e vendem. O valor é gerado pela empresa e oferecido no mercado.

SAAS: Software as a Service são softwares que são vendidos por assinatura ou por uso, e não como um produto único, de caixinha. É um tipo de negócio de pipeline.

Marketplace: é uma ‘feira’, ou seja, um lugar onde várias lojas podem vender seus produtos, pagando uma taxa para o gestor do marketplace. É um tipo de negócio de plataforma.

E-Commerce: também chamado de loja virtual ou loja online, é um site de vendas. É um tipo de negócio de pipeline.

Receita recorrente: é quando você tem um modelo de negócio que garante entrada estável de receita todo mês, como nos negócios de assinatura.

Taxa de transação: é outra opção de modelo de receita, quando a empresa recebe um percentual sobre cada transação, comum em modelos de plataforma.

Freemium: é uma estratégia muito comum em SAAS, onde o usuário ganha um período gratuito para conhecer o produto antes de comprar/assinar.

In-app ads: é uma estratégia de receita pela venda de espaço de propaganda. Requer muitos usuários e cliques para gerar uma receita relevante.


Com esse Dicionário da Startup, você já está mais familiarizado com os termos desse universo e pode começar a pensar, efetivamente, no seu produto ou serviço digital.

Foto do autor

Karina Hartmann

Karina é especialista em Inovação e Produtos Digitais, dedicando-se à concepção de novos negócios e soluções tanto para startups quanto para grandes empresas. Na SoftDesign, atua ainda como Líder em Product Management. Com mais de 15 anos atuando na área de Tecnologia, já desempenhou papéis variados, incluindo gerência de projetos, análise de sistemas, programação Java e melhoria de processos. É Mestre em Administração pela UFRGS, onde estudou métodos de desenvolvimento de produtos digitais inovadores. É Bacharel em Matemática Aplicada e possui pós-graduação em Governança de TI e Digital Business. Além disso, detém certificações CSM, PMP e CFPS.

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