O desenvolvimento de software é uma disciplina relativamente jovem. Em seu início, em meados da década de 1970, ela foi fortemente influenciada por práticas de outras áreas, como engenharia e manufatura. Nos últimos anos, entretanto, evoluímos no entendimento das suas peculiaridades e novas abordagens foram criadas para o desenvolvimento de software.
Por exemplo: nos primórdios os ‘especialistas’ coletavam os requisitos, depois se fechavam nos seus escritórios para programar por alguns meses e então, quando tudo estava pronto, o software era entregue. Com o tempo, aprendemos que produtos digitais precisam ser desenvolvidos de forma incremental, adaptativa e colaborativa, porque não é possível conhecer todos os requisitos no início do projeto. Entendemos que precisávamos trabalhar em ciclos com velocidade e flexibilidade, chegando assim às abordagens ágeis.
Outra evolução desses últimos anos foi compreender que o sucesso de um produto ou serviço digital não deve ser medido por sua capacidade de atender a um prazo e escopo. Seu êxito se dá devido a adoção do produto pelos usuários, pela capacidade do mesmo de resolver o problema a que se propõe, e pelos resultados que ele traz. E assim o desenvolvimento de software encontrou-se com outra disciplina: o design.
Antes de mais nada, é preciso salientar que o design não relaciona-se somente com a questão da estética: ele preocupa-se também com a função e a experiência. Assim, quando envolvemos os usuários no processo de criação de um produto digital, não estamos preocupados necessariamente em saber se eles acham o mesmo bonito, mas sim em entender questões como:
Ou seja quando falamos de design, estamos nos referindo a projetar o produto em seu aspecto funcional, para que ele esteja adequado a sua necessidade e uso.
Se nossa abordagem for o Design Thinking, responderemos a essas perguntas por meio de pesquisa com usuários e testes de protótipos.
Isto é, o envolvimento de usuários reais é um componente obrigatório no trabalho de design de um novo produto ou serviço digital.
Primeiro porque, como falamos anteriormente, este é um conceito relativamente novo na área de software, e muitos profissionais não foram treinados para isso. A pesquisa com usuários (user research) é uma área de conhecimento ampla e que exige estudo e preparação para conhecer suas técnicas possíveis.
Além disso, há o aspecto humano: interagir com os usuários é desafiador pois é preciso lidar com grupos de pessoas e acessar questões intensas, como opiniões e sentimentos.
E, por fim, as questões operacionais se impõem. Como selecionar pessoas para participar? Onde encontrá-las? Será preciso pagar pela participação delas? Quanto pagar? Como não influenciar os participantes? Qual a confiabilidade dos resultados obtidos?
Nossa sugestão, que é resultado da nossa experiência prática, envolve iniciar pela transformação da cultura e pela aplicação de treinamentos.
A partir daí, existem muitos recursos online para lhe ajudar, como os portais de conteúdo voltados a User Experience Design (UX Design), além de vários livros que apresentam técnicas e aprofundam o user research. Aqui na SoftDesign, nosso serviço de Concepção de produtos digitais é um exemplo da aplicação do Design Thinking para a criação de novos produtos. Também oferecemos o serviço de Consultoria em Design que usa esses mesmos conceitos, porém mais focado em UX e UI.
Entre em contato e vamos conversar sobre seus desafios de TI.
26 de setembro de 2024
16 de agosto de 2024