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Design Sprint no SoftDrops

Por 23/05/2019 28/10/2024 5 minutos

Inspirado em métodos ágeis e Design Thinking, o Design Sprint é uma metodologia criada e aperfeiçoada pelo designer Jake Knaap em 2012 – quando ele era funcionário da Google Ventures, um braço da empresa focado em testar e acelerar ideias que ainda estão em estágio inicial de desenvolvimento. O tema foi destaque no SoftDrops do dia 15 de abril, ministrado pela UX Designer Gabriela Sombrio.

Idealizar, testar e aprender

Gabriela explicou aos colegas que Design Sprint é uma metodologia que tem como objetivo criar e validar soluções para produtos/serviços em apenas cinco dias, pois transforma ideias em algo tangível e testável. Para aplicá-la, alguns aspectos devem ser definidos anteriormente, tais como: desafio, quanto maior for problema a ser resolvido, melhores serão os resultados; equipe, deve conter em torno de sete profissionais multidisciplinares, das áreas de design, desenvolvimento, produto e um representante do público-alvo; cronograma, previamente definido como cinco dias, mas pode variar de acordo com a necessidade da equipe; e espaço, é importante reservar um ambiente para a execução das atividades durante o período estabelecido.

Conforme a UX Designer, essa metodologia não segue o modelo convencional para o desenvolvimento de produtos e serviços. “O modelo tradicional consiste nas seguintes etapas: ideação, desenvolvimento, lançamento e aprendizado. No entanto, no Design Sprint somente as etapas de ideação e aprendizado são consideradas, minimizando gastos e esforços ao identificar falhas em projetos antes mesmo do lançamento”, explicou. Ou seja: no Design Sprint a solução não é desenvolvida. Com a análise do problema, será escolhida a solução mais adequada ao investimento (seja porque é a que traz maior retorno ou a que resolve o maior problema), e ela será apenas testada e validada. Ao final do processo, se tiver sido validada com sucesso, será encaminhada para posterior desenvolvimento e lançamento.

Apesar de ser uma metodologia voltada à inovação, existem situações específicas para as quais ela é mais indicada, tais como: startups em estágio inicial; projetos internos; ideias que ainda necessitam de amadurecimento; criar ou refinar um conceito e validar alguma hipótese.

Colocando em prática

O calendário de organização do Design Sprint se divide da seguinte forma:

Dia 1 (segunda-feira) – Entender: a tarefa é mapear o problema e escolher um ponto importante para focar. É o momento de criar fluxogramas a partir de perguntas e pensar no objetivo à longo prazo. Durante o dia, especialistas devem ser convidados para participar da construção do problema enquanto o time anota os pontos que se destacam; e no final do dia, será escolhido o problema a ser resolvido.

Dia 2 (terça-feira) – Desenhar: o objetivo é esboçar soluções num papel ao fazer um benchmarking com empresas concorrentes que possuam o produto ou serviço similar ao que se pretende desenvolver. Nesse dia, cada integrante trabalha de forma individual e após, apresenta a alternativa que achou mais interessante para então esboçá-la.

Dia 3 (quarta-feira) – Decidir: é a etapa para tomar decisões difíceis e transformar as ideias em hipóteses que possam ser testadas. Nela, todos os esboços criados são expostos para votação. Após serem escolhidos, um storyboard é criado para que o fluxo da jornada do usuário seja identificado e as lacunas presentes nele sejam preenchidas.

Dia 4 (quinta-feira) – Prototipar: esse dia é dedicado para a criação de um protótipo realista. Ele não será desenvolvido efetivamente e pode ser feito em ferramentas como KeyNote e PowerPoint, por exemplo. O importante é visualizá-lo como se fosse o produto final.

Dia 5 (sexta-feira) – Testar: a última etapa é focada em testar a ideia com cinco pessoas do público-alvo por meio de entrevistas e navegação no protótipo. Nela, os entrevistados devem falar suas percepções de forma intuitiva, a fim de gerar insights para a criação de um mapeamento dos erros e acertos. A partir da análise das entrevistas, o time define quais pontos tiveram sucesso ou falhas e decide o resultado do Design Sprint.

Possíveis desfechos

Segundo Gabriela, três diferentes cenários podem ser identificados ao final de um Design Sprint:

Falha eficiente – ideia não funciona e não compensa seguir adiante. O que também demonstra sucesso no Design Sprint, pois em 5 dias foi testada e descartada uma ideia que poderia ter custado meses de desenvolvimento;

Sucesso falho – a ideia funciona, mas alguns aspectos precisam ser revistos e aprimorados;

Vitória épica – solução tem êxito absoluto.

“Além disso, se o grupo decidiu testar duas hipóteses em conjunto ao invés de apenas uma, é possível que dois cenários ocorram ao mesmo tempo. A partir daí, o grupo identifica e escolhe os pontos fortes de cada uma das soluções e inicia um novo Design Sprint focado em apenas uma delas para aprimorar mais a solução, ou então para juntar as duas soluções em uma só, no caso de duas Falhas Eficientes”, comentou.

Foto do autor

Pâmela Seyffert

Content Marketing Analyst na SoftDesign. Jornalista (UCPEL) com MBA em Gestão Empresarial (UNISINOS) e mestrado em Comunicação Estratégica (Universidade Nova de Lisboa). Especialista em comunicação e criação de conteúdo.

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